26/01/2007 14h31 - Atualizado em 23/09/2015 09h41

Seminário sobre doenças febris hemorrágicas é realizado em Colatina

A Superintendência Regional de Saúde de Colatina, por meio do Núcleo de Vigilância em Saúde e em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizaram na quinta-feira (25) o I Seminário de Doenças Febris Hemorrágicas e Vigilância em Saúde Frente às Inundações, no auditório do Sanear, em Colatina.

Durante a enchente que todo o Espírito Santo enfrentou em dezembro de 2006, os municípios de Itaguaçu e São Mateus foram os mais afetados. Em Itaguaçu, chegou a ser decretada situação de emergência no município.

“Idealizamos o projeto por conta das fortes chuvas que assolaram a Região Noroeste do Estado. Estamos preocupados com as conseqüências das inundações para a saúde e queremos alertar a população”, afirmou a chefe do Núcleo de Vigilância em Saúde de Colatina, Kesia Margoto Caliari.

Participaram 80 profissionais entre referências das secretarias de Saúde dos municípios da microrregião de Colatina, das Vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária, Farmácia Básica, Imunização e Atenção Básica e, ainda, representantes municipais da Defesa Civil.

Leptospirose

A leptospirose é a doença que mais preocupa em casos de inundações. Ela é infecciosa grave, causada por uma bactéria – a Leptospira – eliminada principalmente pela urina dos ratos, e que pode sobreviver em locais úmidos (água e margens de córrego).

A transmissão se dá pelo contato com água ou lama contaminadas pela urina de animais infectados e também pode ocorrer pela ingestão de alimentos, medicamentos e a água de beber contaminados.

O período de incubação varia, em média, de 7 a 14 dias e os sintomas são variados, podendo ocorrer vômitos, dor de cabeça, calafrios, febre alta, fraqueza, dores musculares, principalmente na barriga da perna, coloração amarelada da pele, tosse, sangramentos na pele e insuficiência renal.

Em tempos de enchentes, alguns cuidados são importantes, como lavar chão, paredes, objetos caseiros e roupas atingidas pela enchente com sabão e água sanitária (um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água), além de eliminar todos os alimentos e remédios que foram molhados.

Dengue

Outra doença que preocupa depois das inundações é a dengue. Os principais sintomas de dengue clássica são dor de cabeça, dor nos olhos, febre muito alta (passando até de 40 graus), dor nos músculos e nas juntas, manchas avermelhadas por todo o corpo, falta de apetite e fraqueza.

Os sintomas da dengue hemorrágica são todos os da dengue clássica com acréscimo de vômito, dores abdominais e desmaios.

A população pode ajudar no controle, seguindo regras básicas, como retirar a água dos pratos de vasos de plantas ou de xaxins e das bromélias ou plantas que acumulem líquido; fechar bem os sacos de lixo; e deixar sempre fechados os ralos de cozinha, banheiro, sauna e ducha.

Informações à Imprensa:
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Texto: Daniele Bolonha
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