23/10/2012 14h42 - Atualizado em 23/09/2015 13h35

Serviço de Verificação de Óbitos celebra 10 anos de funcionamento

O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) completa dez anos de funcionamento em 2012 e para marcar a data foi realizada, na tarde desta terça-feira (23), no auditório do Hospital da Polícia Militar (HPM), uma cerimônia de aniversário que reuniu servidores do SVO. Durante o evento, profissionais do Serviço receberam homenagem pelas suas contribuições.

O subsecretário da Saúde, Geraldo Queiroz, ressaltou a importância do papel do órgão no esclarecimento de mortes não identificadas. “Do ponto de vista epidemiológico era uma necessidade extraordinária contar com um SVO, pois muitos óbitos no Estado não eram esclarecidos. Isso é importante porque a partir da criação do Serviço pode-se elaborar políticas adequadas de saúde pública”, disse.

Geraldo agradeceu a parceria com o HPM, onde o SVO funciona, e enalteceu o trabalho dos profissionais do Serviço. “Queria agradecer a parceria com a Polícia Militar durante todo esse tempo e destacar o empenho dos profissionais. Não existe empresa ou estabelecimento algum que funcione sem o esforço das pessoas. Apesar de todas as dificuldades, são elas que merecem os parabéns”, enfatizou.

A chefe do SVO, Marizete Lima Lopes Mendes, fez um discurso relembrando a atuação de todos aqueles que contribuíram e contribuem para o trabalho desempenhado pelo órgão. “Gostaria de prestar minhas homenagens àqueles que, de uma forma ou de outra, ajudaram na criação e implementação do Serviço de Verificação de Óbitos” lembrou.



Os profissionais SVO, Jane Santana Castello, Petrônio Nascimento de Luca e a sargento Regina Celeste Ferreira de Jesus foram agraciados com placas de homenagem. O evento contou com a presença do gerente da Vigilância em Saúde do Estado, Pedro Benevenuto, do representante do HPM, coronel Antônio Louzada, do chefe do Departamento Médico Legal (DML), Gervásio Scabelo, entre outros.

O SVO

O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) surgiu com o objetivo de investigar as causas de mortes declaradas como indeterminadas. De 2002 até hoje o trabalho realizado pelos médicos patologistas do SVO contribuiu para que o índice de falecimentos por causa desconhecida no Espírito Santo caísse de aproximadamente 30% para menos de 5%.

Antes do Serviço, todos os óbitos ocorridos no Estado eram liberados pelo DML. Entretanto, como esse órgão, ligado à Polícia Civil, é responsável pela investigação de mortes acidentais e violentas, ou suspeitas de uma ou outra (causas externas), os óbitos que aconteciam sem causa identificada não eram investigados.



“Não se fazia necropsia nesses casos antes da implantação do SVO. O corpo era liberado sem a certeza do que causou o óbito. Com a criação do Serviço, a mortalidade por causa natural passou a ser avaliada. O índice de mortes indeterminadas baixou drasticamente”, lembra a patologista da unidade, Jane Santana Castello, e uma das responsáveis pela criação do órgão.

Segundo ela, contar com esse tipo de informação é imprescindível para o aprimoramento da saúde pública. “É importante esclarecer a causa das mortes para que possam ser elaboradas ações a fim de evitar esses óbitos. Se há muita gente morrendo devido a problemas cardíacos, por exemplo, deve-se realizar ações para prevenir esse problema”, ressalta.

O Serviço foi inaugurado em 22 de outubro de 2002. Curiosamente, nos primeiros cinco dias funcionou como DML, mas depois voltou às suas atribuições. O projeto do SVO foi elaborado por Jane Santana Castello, em parceria com Theresa Cristina Cardoso Silva, responsável pela aquisição de equipamentos e material de consumo.

Atualmente, 14 médicos patologistas atuam no SVO, órgão administrado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e que funciona nas dependências do HPM. O Serviço realiza entre 2,5 e 3 mil exames de necropsia por ano, tendo o enfarto como maior causa de morte.

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