Os pais das crianças de seis meses a dois anos de idade que foram imunizadas contra a gripe durante a campanha de vacinação, devem retornar aos postos para que seus filhos tomem a segunda dose da vacina. A campanha foi encerrada no Estado no último dia 1º de junho.

Segundo a técnica do Programa de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde Martina Zanotti, neste ano, a imunização das crianças dessa faixa etária foi dividida em duas etapas. A primeira etapa ocorreu durante a campanha nacional, realizada entre 5 e 25 de maio e prorrogada no Espírito Santo até o dia 1º de junho.

“Todas as crianças que tomaram a dose da vacina pela primeira vez, devem fazer o reforço da dose em um intervalo mínimo de 30 dias, para garantir a proteção total contra a gripe”, explica Martina. Ela lembra que somente a primeira dose não garante 100% de proteção devido à imaturidade do sistema imunológico dessas crianças.

As vacinas estão disponíveis nos postos de saúde dos municípios. Martina lembra que as crianças que já tomaram a vacina no ano passado não precisam se submeter à dose de reforço.

Meta

O Espírito Santo superou a meta de imunização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, contemplando 85,7% do público-alvo. Ao todo, 451.301 pessoas receberam a dose, sendo 76.413 crianças de seis meses a um ano, representando 98,97% deste público no Estado.

A vacina é a forma mais eficaz de se proteger contra a gripe. A Campanha, já encerrada, é realizada anualmente com o objetivo de reduzir a mortalidade, as complicações e as internações hospitalares que ocorrem em consequência das infecções causadas pelo vírus da influenza na população mais vulnerável à doença. Assim como no ano passado, a vacina este ano imunizará contra três vírus da gripe, incluindo o da Influenza A (H1N1).



A doença

Influenza (gripe) é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios. O contágio ocorre de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou de forma indireta, pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.

Os vírus influenza subdividem-se em três tipos: A, B e C, sendo o tipo A o mais invasivo e que mais causa epidemias e pandemias. No Estado, não há registros de casos do tipo A neste ano.

A gripe pode se apresentar desde uma forma leve e de curta duração, até formas clinicamente graves e complicadas. Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, coriza, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dor muscular e de cabeça, com duração média de sete dias, podendo evoluir com complicações. O quadro do resfriado, geralmente, é brando, de evolução benigna, dura de dois a quatro dias e não costuma levar a complicações de maior gravidade.

A recomendação da Sesa é de que, aos primeiros sintomas, as pessoas procurem o serviço de saúde para avaliação médica, evitando, assim, a automedicação.

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