09/11/2011 09h08 - Atualizado em
23/09/2015 13h31
Sesa alerta para a importância da prevenção e cuidado com o diabetes
O diabetes é uma doença de evolução silenciosa, mas que, se não for tratada, leva a inúmeras complicações. Apesar de sua gravidade, o diabetes pode ser prevenido com hábitos saudáveis de vida. No entanto, um crescimento alarmante de novos casos - 500 por dia no Brasil – vem sendo registrado, o que preocupa as entidades de saúde.
Para chamar a atenção da população em todo o mundo para a importância da detecção precoce e para os cuidados com a saúde do diabético, será lembrado no próximo dia 14 de novembro o Dia Mundial do Diabetes. Visando dar maior visibilidade para a data, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Espírito Santo (SBEM-ES) realizam uma mobilização durante toda a semana.
A cor azul, definida mundialmente para representar a data, já pode ser vista na fachada da sede administrativa da Sesa. Monumentos famosos e prédios de vários países no mundo também se “vestirão” de azul. Segundo dados da Federação Internacional do Diabetes, mais de 300 milhões de pessoas já sofrem da doença no mundo. No Brasil, são cerca de 10 milhões e a SBEM-ES estima que cerca de 260 mil capixabas tenham o problema.
O presidente da SBEM-ES, Albermar Harrigan, alerta que o aumento da prevalência da doença se deve pela má qualidade de vida da população, causada, sobretudo, pelo sedentarismo, obesidade e tabagismo - hábitos que favorecem a manifestação do diabetes mellitus. “A maioria das pessoas que têm a doença não sente nada, já que a sua evolução é silenciosa”, explica Albermar.
Para se detectar a enfermidade, a recomendação dos profissionais da saúde é que os indivíduos com mais de 40 anos de idade ou mais jovens, e com fatores de risco, façam o rastreamento.
Para isso, são utilizados dois métodos. Um deles é a glicemia capilar (gota de sangue retirada da ponta do dedo), um exame mais simples, de fácil execução e baixo custo, que pode ser usado como preliminar, pois já indica a presença da doença. O diagnóstico preciso, no entanto, é confirmado por meio do exame de glicemia sérica (sangue). Ambos os testes são ofertados nas unidades básicas de saúde dos municípios.
Complicações
Se não for cuidada, a doença pode provocar complicações micro e macrovasculares para o organismo, podendo causar cegueira (retinopatia diabética), insuficiência renal e até mesmo necessidade de diálise (nefropatia diabética), perda da sensibilidade, principalmente dos membros inferiores (neuropatia diabética) e, o mais grave, problemas cardiovasculares, como infarto, derrame e trombose - que atualmente é considerada a principal causa de mortalidade em pessoas diabéticas.
“O problema é que 50% dos diabéticos sabem que têm a doença, mas não fazem nenhum tipo de tratamento”, alerta o médico. Dados da Sesa mostram que a enfermidade gerou no Espírito Santo 1.814 internações em 2008; 2.336 em 2009; 2.539 em 2010 e 1.581 de janeiro a agosto de 2011. Nos últimos seis anos, o número de óbitos passou de 797, em 2005, para 941 em 2010.
Tratamento
O tratamento do diabetes tipo dois é feito com medicamentos orais e, quando necessário, combinado com insulina. Além disso, é fundamental a mudança no estilo de vida, que inclui prática de exercícios físicos regularmente e dieta balanceada.
A endocrinologista da Sesa Sabrina Ribeiro França explica que aproximadamente 80% dos casos de diabetes são resolvidos na atenção básica, que também disponibiliza medicamentos para o seu tratamento, como a insulina e os comprimidos hipoglicemiantes. Hoje, a maioria das unidades municipais de saúde já conta com aparelhos de monitorização glicêmica (glicosímetros) para o autocontrole da doença, o que é fundamental no tratamento.
Tipos
O Diabetes Mellitus, popularmente conhecida como diabetes, é uma doença metabólica caracterizada por altos índices de glicose no sangue devido a uma disfunção na secreção da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por controlar a quantidade de glicose no nosso sangue.
Quando a insulina é incapaz de desempenhar esse controle, estabelece-se um quadro de hiperglicemia crônica (excesso de açúcar no sangue), que pode resultar em diversos problemas para a saúde.
O diabetes tipo um costuma se manifestar na infância e adolescência e
não pode ser prevenido. Ele surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena). Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável.
Já o tipo dois é mais frequente em adultos e se manifesta principalmente em pessoas na faixa etária em torno de 40 anos e com antecedente familiar. Fatores de risco como o sobrepeso e obesidade, a falta da prática de exercício físico (sedentarismo) e a alimentação inadequada podem contribuir para o seu aparecimento. Com o crescimento da obesidade infantil, cada vez mais crianças têm sido diagnosticadas com a doença.
Sintomas do diabetes:
- sede intensa
- vontade freqüente de urinar
- fome inexplicável
- cansaço
- tonturas
- perda de peso repentina
- dificuldade de cicatrização de ferimentos
- pele seca
- sensação de formigamento nas mãos e nos pés
- visão embaçada
- infecções frequentes
- falta de concentração e de interesse em atividades rotineiras
- vômito e dores de estomago (frequentemente confundidas com gripe)
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Fabricio Fernandes/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Para chamar a atenção da população em todo o mundo para a importância da detecção precoce e para os cuidados com a saúde do diabético, será lembrado no próximo dia 14 de novembro o Dia Mundial do Diabetes. Visando dar maior visibilidade para a data, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Espírito Santo (SBEM-ES) realizam uma mobilização durante toda a semana.
A cor azul, definida mundialmente para representar a data, já pode ser vista na fachada da sede administrativa da Sesa. Monumentos famosos e prédios de vários países no mundo também se “vestirão” de azul. Segundo dados da Federação Internacional do Diabetes, mais de 300 milhões de pessoas já sofrem da doença no mundo. No Brasil, são cerca de 10 milhões e a SBEM-ES estima que cerca de 260 mil capixabas tenham o problema.
O presidente da SBEM-ES, Albermar Harrigan, alerta que o aumento da prevalência da doença se deve pela má qualidade de vida da população, causada, sobretudo, pelo sedentarismo, obesidade e tabagismo - hábitos que favorecem a manifestação do diabetes mellitus. “A maioria das pessoas que têm a doença não sente nada, já que a sua evolução é silenciosa”, explica Albermar.
Para se detectar a enfermidade, a recomendação dos profissionais da saúde é que os indivíduos com mais de 40 anos de idade ou mais jovens, e com fatores de risco, façam o rastreamento.
Para isso, são utilizados dois métodos. Um deles é a glicemia capilar (gota de sangue retirada da ponta do dedo), um exame mais simples, de fácil execução e baixo custo, que pode ser usado como preliminar, pois já indica a presença da doença. O diagnóstico preciso, no entanto, é confirmado por meio do exame de glicemia sérica (sangue). Ambos os testes são ofertados nas unidades básicas de saúde dos municípios.
Complicações
Se não for cuidada, a doença pode provocar complicações micro e macrovasculares para o organismo, podendo causar cegueira (retinopatia diabética), insuficiência renal e até mesmo necessidade de diálise (nefropatia diabética), perda da sensibilidade, principalmente dos membros inferiores (neuropatia diabética) e, o mais grave, problemas cardiovasculares, como infarto, derrame e trombose - que atualmente é considerada a principal causa de mortalidade em pessoas diabéticas.
“O problema é que 50% dos diabéticos sabem que têm a doença, mas não fazem nenhum tipo de tratamento”, alerta o médico. Dados da Sesa mostram que a enfermidade gerou no Espírito Santo 1.814 internações em 2008; 2.336 em 2009; 2.539 em 2010 e 1.581 de janeiro a agosto de 2011. Nos últimos seis anos, o número de óbitos passou de 797, em 2005, para 941 em 2010.
Tratamento
O tratamento do diabetes tipo dois é feito com medicamentos orais e, quando necessário, combinado com insulina. Além disso, é fundamental a mudança no estilo de vida, que inclui prática de exercícios físicos regularmente e dieta balanceada.
A endocrinologista da Sesa Sabrina Ribeiro França explica que aproximadamente 80% dos casos de diabetes são resolvidos na atenção básica, que também disponibiliza medicamentos para o seu tratamento, como a insulina e os comprimidos hipoglicemiantes. Hoje, a maioria das unidades municipais de saúde já conta com aparelhos de monitorização glicêmica (glicosímetros) para o autocontrole da doença, o que é fundamental no tratamento.
Tipos
O Diabetes Mellitus, popularmente conhecida como diabetes, é uma doença metabólica caracterizada por altos índices de glicose no sangue devido a uma disfunção na secreção da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por controlar a quantidade de glicose no nosso sangue.
Quando a insulina é incapaz de desempenhar esse controle, estabelece-se um quadro de hiperglicemia crônica (excesso de açúcar no sangue), que pode resultar em diversos problemas para a saúde.
O diabetes tipo um costuma se manifestar na infância e adolescência e
não pode ser prevenido. Ele surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena). Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável.
Já o tipo dois é mais frequente em adultos e se manifesta principalmente em pessoas na faixa etária em torno de 40 anos e com antecedente familiar. Fatores de risco como o sobrepeso e obesidade, a falta da prática de exercício físico (sedentarismo) e a alimentação inadequada podem contribuir para o seu aparecimento. Com o crescimento da obesidade infantil, cada vez mais crianças têm sido diagnosticadas com a doença.
Sintomas do diabetes:
- sede intensa
- vontade freqüente de urinar
- fome inexplicável
- cansaço
- tonturas
- perda de peso repentina
- dificuldade de cicatrização de ferimentos
- pele seca
- sensação de formigamento nas mãos e nos pés
- visão embaçada
- infecções frequentes
- falta de concentração e de interesse em atividades rotineiras
- vômito e dores de estomago (frequentemente confundidas com gripe)
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Texto: Alessandra Fornazier
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