17/07/2012 09h20 - Atualizado em
23/09/2015 13h34
Sesa alerta para cuidados nas férias para evitar intoxicação de crianças

Neste período de férias, em que as crianças ficam mais tempo em casa, os cuidados dos pais devem ser redobrados. É nessa época que os riscos dos acidentes domésticos e de intoxicações acidentais aumentam. Produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos podem se tornar verdadeiras armadilhas para os pequenos em um momento de descuido da família e levar a sérios problemas de saúde.
Segundo dados do Centro de Atendimento Toxicológico da Secretaria de Estado da Saúde (Toxcen), a maioria das intoxicações acidentais ocorre em crianças menores de quatro anos de idade. Nesta idade, elas costumam colocar qualquer coisa na boca, não sabem ler se o produto é perigoso, são curiosas, imitam os adultos e encontram produtos tóxicos em todos os locais da casa, em lugares baixos como gavetas, na dispensa e em armários embaixo da pia da cozinha e banheiro.
Além dos menores, juntam-se irmãos, primos e amiguinhos e, em meio às brincadeiras, muitas vezes sem a supervisão de um adulto, as intoxicações ocorrem com maior facilidade. A coordenadora do Toxcen, Sony de Freitas Itho, explica que as intoxicações mais comuns atendidas pelo serviço são as causadas por medicamentos, seguidas pelas provocadas por animais peçonhentos e produtos de limpeza.
Ela lembra que a melhoria da apresentação dos produtos farmacêuticos deixou os remédios com mais cores, sabores e texturas, tornando-os mais atrativos, principalmente para crianças. “Quando os pais chamam o remédio de bala ou docinho para fazer o filho tomá-lo com mais facilidade acabam cometendo um grande erro, pois chamam mais ainda a atenção para o produto”, destaca Sony, que recomenda que os medicamentos sejam guardados fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças.
O mesmo vale para os produtos de limpeza e cosméticos, que não devem ficar à mostra. Os mais perigosos são os à base de soda cáustica, que podem causar queimaduras de grande gravidade e, dependendo do caso, levar à morte. Também se deve ter cautela ao utilizar embalagens como garrafas pet de refrigerante para guardar produtos de limpeza, sem nenhuma identificação. No caso dos medicamentos, os anticonvulsivantes, antidepressivos e inibidores de apetite são os que apresentam mais riscos.
Acidentes
Os pais devem suspeitar de intoxicação quando a criança passa a apresentar sinais como andar cambaleante, voz pastosa/mole, uso de palavras desconexas, lesões de queimaduras na boca ou ao redor, hálito diferente, sonolência fora do habitual, suor intenso ou saliva abundante.
Nestes casos, deve-se ligar imediatamente para o Toxcen – 0800 283 9904 – e informar o ocorrido, pois o atendimento pode ser iniciado ainda na residência ou resolvido pelo telefone mesmo. Para isso, é importante ter informações completas sobre o possível causador da intoxicação ou o produto em mãos. Além disso, enquanto liga para o Toxcen, os responsáveis devem manter a calma e deixar a criança em um local seguro e acompanhada.
Segundo Sony, mais de 50% dos casos atendidos são solucionados por telefone mesmo. Ela recomenda ainda que os pais não deem leite para as crianças nem forcem o vômito. “Pelo telefone o profissional do Toxcen irá prestar orientação e avaliar a necessidade de encaminhá-la ao hospital”, explica Sony.
No caso de picadas de animais peçonhentos, pode-se tentar capturar o animal de maneira segura e levá-lo ao hospital ou, se isso não for possível, fotografá-lo, para que o mesmo seja identificado e o paciente possa ser mais bem assistido pela equipe médica.
Produtos domésticos potencialmente tóxicos em casa:
Cozinha - Desentupidores, polidores, desengordurantes de fogões, desinfetantes, sabões, detergentes, saponáceos, gás de cozinha, plantas/ervas, inseticidas;
Área de Serviço - Solventes, tintas, alvejantes, inseticidas, raticidas, álcool, gás de cozinha, sabões para máquina de lavar, ceras;
Sala - Bebidas alcoólicas, plantas ornamentais, cigarro, limpadores, medicamentos;
Quartos - Inseticidas, naftalina, remédios, perfumes, maquilagens, cigarros;
Banheiro - Remédios, perfumes, cosméticos, talco, desodorizantes de ambiente, sabões;
Quintal - Produtos de jardinagem, fertilizantes, Inseticidas, herbicidas, raticidas.
Dicas de como prevenir acidentes domésticos:
- Mantenha todos os produtos em sua embalagem original, guarde-os em armários fechados, preferencialmente com chave e fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças de modo a não despertar sua curiosidade e manipulação. Guarde-os longe dos alimentos e dos medicamentos;
- Conheça todos os produtos que existem em sua casa, não armazene substâncias desnecessárias. Não guarde restos de medicamentos, produtos químicos velhos, vencidos e/ou sem rótulos;
- Fique sempre de olho nas crianças, principalmente quando estiverem muito quietas;
- Nunca dê as costas a uma criança quando ela tem ao seu alcance algum produto. Se o telefone ou a campainha tocar, leve a criança (ou o produto) com você;
- Nunca deixe produtos venenosos sem a devida atenção enquanto você os manipula, pois, em alguns segundos de desatenção, pode ocorrer uma intoxicação;
- Dê preferência a embalagens de segurança. Tampas de segurança não garantem que a criança não abra a embalagem, mas podem dificultar bastante, a tempo que alguém intervenha;
- Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças. Não estimule essa curiosidade;
- Quando adquirir um brinquedo para a criança, certifique-se que ele é atóxico, ou seja, não contém componentes tóxicos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Segundo dados do Centro de Atendimento Toxicológico da Secretaria de Estado da Saúde (Toxcen), a maioria das intoxicações acidentais ocorre em crianças menores de quatro anos de idade. Nesta idade, elas costumam colocar qualquer coisa na boca, não sabem ler se o produto é perigoso, são curiosas, imitam os adultos e encontram produtos tóxicos em todos os locais da casa, em lugares baixos como gavetas, na dispensa e em armários embaixo da pia da cozinha e banheiro.
Além dos menores, juntam-se irmãos, primos e amiguinhos e, em meio às brincadeiras, muitas vezes sem a supervisão de um adulto, as intoxicações ocorrem com maior facilidade. A coordenadora do Toxcen, Sony de Freitas Itho, explica que as intoxicações mais comuns atendidas pelo serviço são as causadas por medicamentos, seguidas pelas provocadas por animais peçonhentos e produtos de limpeza.
Ela lembra que a melhoria da apresentação dos produtos farmacêuticos deixou os remédios com mais cores, sabores e texturas, tornando-os mais atrativos, principalmente para crianças. “Quando os pais chamam o remédio de bala ou docinho para fazer o filho tomá-lo com mais facilidade acabam cometendo um grande erro, pois chamam mais ainda a atenção para o produto”, destaca Sony, que recomenda que os medicamentos sejam guardados fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças.
O mesmo vale para os produtos de limpeza e cosméticos, que não devem ficar à mostra. Os mais perigosos são os à base de soda cáustica, que podem causar queimaduras de grande gravidade e, dependendo do caso, levar à morte. Também se deve ter cautela ao utilizar embalagens como garrafas pet de refrigerante para guardar produtos de limpeza, sem nenhuma identificação. No caso dos medicamentos, os anticonvulsivantes, antidepressivos e inibidores de apetite são os que apresentam mais riscos.
Acidentes
Os pais devem suspeitar de intoxicação quando a criança passa a apresentar sinais como andar cambaleante, voz pastosa/mole, uso de palavras desconexas, lesões de queimaduras na boca ou ao redor, hálito diferente, sonolência fora do habitual, suor intenso ou saliva abundante.
Nestes casos, deve-se ligar imediatamente para o Toxcen – 0800 283 9904 – e informar o ocorrido, pois o atendimento pode ser iniciado ainda na residência ou resolvido pelo telefone mesmo. Para isso, é importante ter informações completas sobre o possível causador da intoxicação ou o produto em mãos. Além disso, enquanto liga para o Toxcen, os responsáveis devem manter a calma e deixar a criança em um local seguro e acompanhada.
Segundo Sony, mais de 50% dos casos atendidos são solucionados por telefone mesmo. Ela recomenda ainda que os pais não deem leite para as crianças nem forcem o vômito. “Pelo telefone o profissional do Toxcen irá prestar orientação e avaliar a necessidade de encaminhá-la ao hospital”, explica Sony.
No caso de picadas de animais peçonhentos, pode-se tentar capturar o animal de maneira segura e levá-lo ao hospital ou, se isso não for possível, fotografá-lo, para que o mesmo seja identificado e o paciente possa ser mais bem assistido pela equipe médica.
Produtos domésticos potencialmente tóxicos em casa:
Cozinha - Desentupidores, polidores, desengordurantes de fogões, desinfetantes, sabões, detergentes, saponáceos, gás de cozinha, plantas/ervas, inseticidas;
Área de Serviço - Solventes, tintas, alvejantes, inseticidas, raticidas, álcool, gás de cozinha, sabões para máquina de lavar, ceras;
Sala - Bebidas alcoólicas, plantas ornamentais, cigarro, limpadores, medicamentos;
Quartos - Inseticidas, naftalina, remédios, perfumes, maquilagens, cigarros;
Banheiro - Remédios, perfumes, cosméticos, talco, desodorizantes de ambiente, sabões;
Quintal - Produtos de jardinagem, fertilizantes, Inseticidas, herbicidas, raticidas.
Dicas de como prevenir acidentes domésticos:
- Mantenha todos os produtos em sua embalagem original, guarde-os em armários fechados, preferencialmente com chave e fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças de modo a não despertar sua curiosidade e manipulação. Guarde-os longe dos alimentos e dos medicamentos;
- Conheça todos os produtos que existem em sua casa, não armazene substâncias desnecessárias. Não guarde restos de medicamentos, produtos químicos velhos, vencidos e/ou sem rótulos;
- Fique sempre de olho nas crianças, principalmente quando estiverem muito quietas;
- Nunca dê as costas a uma criança quando ela tem ao seu alcance algum produto. Se o telefone ou a campainha tocar, leve a criança (ou o produto) com você;
- Nunca deixe produtos venenosos sem a devida atenção enquanto você os manipula, pois, em alguns segundos de desatenção, pode ocorrer uma intoxicação;
- Dê preferência a embalagens de segurança. Tampas de segurança não garantem que a criança não abra a embalagem, mas podem dificultar bastante, a tempo que alguém intervenha;
- Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças. Não estimule essa curiosidade;
- Quando adquirir um brinquedo para a criança, certifique-se que ele é atóxico, ou seja, não contém componentes tóxicos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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