Sesa alerta para fumo passivo
Um estudo usado pelo Programa de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer (Coestapp), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), aponta que esse tipo de tabagista apresenta 30% a mais de chances de desenvolver câncer de pulmão e uma probabilidade 23% maior de ter doenças cardíacas, se comparada às pessoas que não têm contato com a fumaça do cigarro.
Segundo a Lei Federal 9294 de 1996, é proibido fumar em ambientes fechados de uso coletivo. Entretanto, de acordo com a coordenadora do Coestapp, Cremilda Silva, os fumantes ainda insistem em burlar a legislação devido a dois fatores. Um deles se relaciona ao fato de que o ato de fumar é culturalmente aceito e as pessoas se sentem no direito de fazê-lo, onde quer que estejam.
Nicotina
O outro motivo está intimamente relacionado ao elevado grau de dependência causado pela nicotina, um dos muitos produtos nocivos à saúde encontrados no cigarro. Um fumante que trabalha no décimo andar de um prédio não deixará o edifício todas as vezes que sentir vontade de fumar. Ele sempre arruma um “jeitinho” para aliviar a necessidade no próprio local de trabalho.

Cremilda Silva diz que constantemente recebe queixas de pessoas que não sabem agir quando um fumante não respeita o ambiente onde trabalha ou vive. Segundo ela, os homens são os campeões das reclamações. “Um senhor me mandou um e-mail porque não sabia o que fazer com o vizinho, que fumava na janela, e a fumaça acabava entrando pela janela da casa do reclamante” esclarece.
Embora seja proibido fumar em ambientes fechados, os estabelecimentos devem sinalizar o impedimento com placas ou cartazes que devem ficar às vistas do público. A orientação é que, caso alguém se sinta incomodado, a reclamação deve ser dirigida à gerência do local, que é obrigada a ter conhecimento da legislação. Por isso, a Sesa realiza oficinas para esclarecer o assunto junto aos órgãos e sindicatos dos profissionais de diversas áreas.
Os males causados pelo cigarro
A fumaça dos derivados do tabaco (cigarros, charutos ou cachimbos) é cancerígena. Um tabagista traga 4.700 substâncias tóxicas, das quais 400 são exaladas da ponta do fumo diretamente para o ambiente. Como estas substâncias não passam pelo filtro, a concentração da fumaça é muito maior. A amônia, por exemplo, usada para desinfetar pisos, azulejos e privadas, sai com uma concentração 791 vezes maior do que se fosse tragada.
Além disso, a fumaça “pura” pode causar irritação nos olhos, tosse, problemas alérgicos e dor de cabeça. O fumante passivo também tem a capacidade respiratória diminuída e pode desenvolver câncer de pulmão, asma, doenças cardiovasculares, arteriosclerose e sofrer infarto do miocárdio. As crianças podem ser vítimas de bronquite, pneumonia, infecção de ouvido e síndrome da morte súbita infantil.
Segundo a OMS, o único jeito seguro para reduzir os riscos à saúde trazidos pelo fumo passivo é a proibição do tabaco em recintos fechados, justamente o que foi possibilitado pela Lei 9294 de 1996.
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