16/05/2008 13h46 - Atualizado em 23/09/2015 13h20

Sesa apóia ato em comemoração ao Dia Internacional do Celíaco neste domingo (18)

Será realizada neste domingo (18), a partir das 9 horas, a V Caminhada do Dia Internacional do Celíaco, na Praia da Costa, em Vila Velha. O evento conta com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que, em breve, espera formar uma coordenação que atue como referência técnica da doença no Estado. Para isso, a Sesa trabalha em parceria com a Associação dos Celíacos do Espírito Santo (Aceles).

Embora o Dia Internacional do Celíaco seja comemorado no dia 15 de maio (última quinta-feira), um dos propósitos da caminhada é chamar a atenção das pessoas para essa enfermidade, que é causada por uma intolerância ao glúten. Apesar de antiga, ela é pouco conhecida pelos profissionais de saúde e população.

“A doença celíaca é uma das doenças auto-imunes mais subdiagnosticadas no mundo. No Brasil, apenas 20% dos diagnósticos são corretos”, afirma a nutricionista da Sesa, Ana Cristina Soares, que encabeça os trabalhos para formar a referência estadual.

Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa da Universidade de Brasília (Unb) indicou que de cada 271 brasileiros, 1 tem a doença celíaca. Não há um estudo que indique a quantidade de celíacos capixabas, mas se essa proporção for regionalizada, o número pode ser grande.

Por ser uma enfermidade com características multifatoriais, ou seja, cujos sintomas se assemelham a várias outras moléstias, ela é tratada equivocadamente. O resultado disso é que muitos celíacos não sabem que são acometidos pela doença em todo o País e no Espírito Santo.

Esse é um dos principais fatores que motiva a criação de um programa de referência. Segundo Ana Cristina Soares, houve uma demanda para criar um centro de referência porque, embora não haja números detalhados, estima-se que a prevalência seja grande também entre os capixabas.

A doença celíaca

O glúten é uma proteína que está presente na aveia, na cevada, no centeio e, sobretudo, no trigo. O celíaco tem uma intolerância permanente ao glúten e, portanto, o tratamento da doença se atém ao não consumo dos alimentos que não contenham o componente.

Dependendo do grau de sensibilidade, até mesmo outros produtos não alimentícios que levam o glúten na composição podem trazer prejuízos à saúde dos celíacos. É o caso de itens de limpeza cosméticos e medicamentos.

No entanto são os alimentos que geram problemas mais graves, como diarréia, emagrecimento, retardo de crescimento, vômitos, anemia, prisão de ventre, irritabilidade, falta de apetite e distensão abdominal. O não tratamento do problema pode levar à morte.

A dificuldade dos celíacos é conviver com as restrições relacionadas à dieta. Por isso, no Brasil, há uma legislação que reconhece a obrigatoriedade de informar em todos os alimentos industrializados a presença ou não de glúten. De acordo com a nutricionista e membro do corpo técnico da Aceles, Lucélia Costa, a Lei 10.674 de 2003 é um ato pioneiro no mundo inteiro.

O diagnóstico da enfermidade é feito por meio de exames de sangue. Geralmente ela se manifesta em crianças até um ano de idade a partir do momento em que incluem na refeição alimentos compostos por glúten.

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