12/12/2007 06h27 - Atualizado em 23/09/2015 13h19

Sesa apresenta modelo de diagnóstico pós-enchente aos municípios

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), por meio do Núcleo de Vigilância Ambiental (NVA), iniciou nesta terça-feira (11) o I Seminário Estadual de Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Decorrentes dos Desastres Naturais (Vigidesastres). O evento prossegue nesta quarta-feira (12), no Hotel Praia Sol, em Nova Almeida, Serra.

Nesta terça-feira (11) a Sesa apresentou o modelo de diagnóstico municipal pós-enchente. O documento, que foi entregue às referências técnicas municipais, vai auxiliar o Estado na construção de um banco de dados sobre os reflexos das enchentes no serviço de saúde de cada cidade.

“Os municípios que registrarem situações de enchente terão que enviar o diagnóstico para nós. Ele terá informações sobre abrigos, estoque de medicamentos, danos materiais e o levantamento das ações realizadas pelo município durante o desastre”, explicou a coordenadora do Programa Estadual de Vigidesastres, Ana Cristina Gouvêa. Os dados também permitirão à Sesa direcionar as próximas capacitações do programa.

Ana Gouvêa ressaltou, ainda, a importância dos municípios se planejarem para o período de enchentes, considerado, entre os desastres naturais, o que mais tem impacto sobre a saúde da população. As doenças mais comuns no pós-enchente são: leptospirose, dengue, hepatite A e E e gastroenterite aguda.

Riscos para a saúde

Os desastres naturais, como as secas, os deslizamentos de terra e as tempestades, estão cada vez mais freqüentes e calamitosos. As conseqüências são pessoas desalojadas e o aumento do risco de transmissão de várias doenças como cólera, leptospirose, hepatite ‘A’ e febre tifóide, que podem se tornar um sério problema de saúde pública.

“Em casos de desastres naturais como enchentes, a água potável se mistura com a de esgoto e os microorganismos se multiplicam muito rapidamente”, informa Ana Cristina Gouvêa.

Segundo a coordenadora do Programa, as medidas de prevenção são importantes para evitar que aconteçam epidemias. “O problema é que, no caso de grandes catástrofes, nem sempre se tem acesso à água potável ou alimentos seguros, e isso aumenta as chances de infecção”, disse. A idéia é que os municípios estejam preparados para enfrentar esse tipo de situação.


Confira a programação:

Dia 12 - Quarta-feira

8 horas às 8h40 – Palestra: GEAF – Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica
Palestrante: GEAF/SESA

8h40 às 9h20 – Palestra: PECD – Programa Estadual de Controle da Dengue
Palestrante: Gabriela Gabriel de Almeida

9h20 às 9h30 – Debate

9h30 às 9h50 – Intervalo

9h50 às 11 horas – Palestra: Leptospirose
Palestrante: Maxweel Marchito de Freitas – SES-ES

11 horas às 11h40 – Palestra: DTHA – Doenças de Transmissão Hídrica e por Alimentos
Palestrante: Marize Prata Pravato – SEMUS Serra

11h40 – Debate

12 horas – Almoço

13h30 às 15 horas – Palestra: Defesa Civil ES
Palestrante: Coronel Duarte

15h às 15h30min – Intervalo

15h30 às 16h20 – Palestra: Defesa Civil ES
Palestrante: Coronel Duarte

16h20 – Debate

17 horas – Encerramento

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Texto: Manuella Siqueira / Rovena Storch
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