20/07/2009 05h51 - Atualizado em 23/09/2015 13h24

Sesa apresenta resultado de pesquisa sobre resíduo de agrotóxico em alimento em Seminário Nacional

O arroz, a cebola, o feijão e a manga vendidos no Estado podem ser consumidos sem preocupação pelo capixaba. Esta é a conclusão dos técnicos do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos do Espírito Santo (Para/ES), após realizar pesquisa sobre produtos agrícolas mais consumidos pelos brasileiros.

Entretanto, algumas amostras de abacaxi, repolho, uva e pimentão apresentaram índices insatisfatórios de resíduos de agrotóxicos. De 59 amostras estudadas, sete tiveram índices acima do indicado. Uma amostra é considerada insatisfatória quando ela possui ingrediente ativo (agrotóxico) acima do limite máximo permitido por lei.

Estes resultados foram obtidos a partir do acompanhamento feito ao longo do último ano. O Para/ES analisa 20 alimentos e é feito em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Gerência Especial de Vigilância Sanitária (Gevs), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde (MS). A partir deste ano serão incluídas mais três culturas no estudo: couve, beterraba e pepino.

O Para/ES 2008 vai ser apresentado durante o 7º Encontro de Fiscalização e Seminário Nacional sobre Agrotóxicos, que será realizado no Centro de Convenções de Vitória, de segunda (20) a sexta-feira (24), sob a coordenação do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

A coordenadora do Centro de Atendimento Toxicológico (Toxcen), Sony Itho, vai comandar uma mesa-redonda no evento, que vai abordar a “Avaliação de Risco do Uso de Agrotóxicos na Produção de Alimentos no Brasil”, a partir das 10h30 de quinta-feira (23).

Cuidados

Segundo Sony, os estudos a respeito dos males causados pelos agrotóxicos ainda são muito recentes, portanto não há uma definição sobre as doenças que podem ser acarretadas pelo uso ou consumo do agrotóxico. Porém, há alguns cuidados que podem ser tomados.

Sony explica que a grande maioria da agricultura no Brasil faz uso do agrotóxico desde a semente, portanto, os resíduos estão presentes nas células dos alimentos e não apenas na superfície. Ou seja, apenas lavar o alimento não é suficiente. Além disso, para cada tipo de alimento há um tipo de agrotóxico, que deve ser usado de acordo com os limites legais.

“Portanto, para evitar o consumo de um nível alto de apenas um tipo do agrotóxico, a pessoa deve procurar consumir verduras e frutas de forma variada. Em vez de comer alface todo dia, ela pode comer um tipo diferente de verdura a cada refeição, variando o máximo possível. Isso vai evitar o acúmulo do produto no organismo”, recomenda a coordenadora.

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