28/05/2007 06h15 - Atualizado em 23/09/2015 09h44

Sesa assina convênio com a Ufes para investigar Malária Símia

Um convênio de cooperação entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) permitirá a realização de estudo e investigação sobre a Malária Símia em primatas da espécie Guariba, conhecido como ‘macaco barbado’, na Mata Atlântica do Espírito Santo.

O documento, assinado, na última semana, pelo secretário Anselmo Tose e pelo reitor Rubens Sergio Rasselli, promove a cooperação entre os dois órgãos e possibilitará a identificação das espécies que infectam os macacos da região e o conhecimento da origem da doença, além dos fatores de risco envolvidos na transmissão da malária.

Três excursões estão programadas para acontecer nos municípios de Santa Teresa e Santa Maria de Jetibá, áreas de maior prevalência de malária humana na região e que também tem a maior diversidade de espécies de macacos. Nestas excursões, a equipe de técnicos dos dois órgãos vai coletar sangue de 10 espécimes do primata Guariba.





A equipe será composta por um biólogo, um técnico especializado no uso de arma com dardos tranqüilizantes e um veterinário. Os macacos serão alvejados com dardos anestésicos e, na queda serão protegidos por uma rede.

Após a imobilização do macaco será feita a coleta de sangue e em seguida o animal será solto na floresta. Cada excursão terá a duração de 10 dias.

Segundo o professor Crispim Cerutti Junior, do Departamento de Medicina Social da Ufes e coordenador do projeto, “o conhecimento adquirido com o estudo da malária que incide nos primatas inferiores permitirá a compreensão mais abrangente daquela que ocorre em seres humanos, possibilitando, assim, abordagens mais efetivas para o seu controle”.

A pesquisa permitirá um posicionamento adequado da Vigilância Ambiental da Sesa, tanto logístico quanto orçamentário, no que diz respeito às prioridades de controle da malária no Estado.







Os resultados dos estudos também servirão para a avaliação de uma possível conexão entre os casos de Malária Símia e aqueles que ocorrem em seres humanos.

Embora 99% dos casos incidentes de malária estejam localizados na Região Amazônica, a doença extra-Amazônica ocorre em duas situações: introdução por pessoas doentes oriundas da Amazônia e casos autóctones residuais, ou seja, naqueles em que são naturais de seu próprio ambiente.

Todos os anos, o Espírito Santo registra cerca de 100 casos de malária em seu território, sendo entre 10 e 30 autóctones. Nesse caso, a malária é desprovida de gravidade, sem tendência de comportamento de surto.

A malária autóctone está relacionada a bolsões preservados de Mata Atlântica. Ela é identificada, sempre em baixa freqüência, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina.



Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Waldson Menezes
Tels.: (27) 3137-2378 / 2307
asscom@saude.es.gov.br
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard