Sesa assina convênio com a Ufes para investigar Malária Símia
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O documento, assinado, na última semana, pelo secretário Anselmo Tose e pelo reitor Rubens Sergio Rasselli, promove a cooperação entre os dois órgãos e possibilitará a identificação das espécies que infectam os macacos da região e o conhecimento da origem da doença, além dos fatores de risco envolvidos na transmissão da malária.
Três excursões estão programadas para acontecer nos municípios de Santa Teresa e Santa Maria de Jetibá, áreas de maior prevalência de malária humana na região e que também tem a maior diversidade de espécies de macacos. Nestas excursões, a equipe de técnicos dos dois órgãos vai coletar sangue de 10 espécimes do primata Guariba.
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A equipe será composta por um biólogo, um técnico especializado no uso de arma com dardos tranqüilizantes e um veterinário. Os macacos serão alvejados com dardos anestésicos e, na queda serão protegidos por uma rede.
Após a imobilização do macaco será feita a coleta de sangue e em seguida o animal será solto na floresta. Cada excursão terá a duração de 10 dias.
Segundo o professor Crispim Cerutti Junior, do Departamento de Medicina Social da Ufes e coordenador do projeto, “o conhecimento adquirido com o estudo da malária que incide nos primatas inferiores permitirá a compreensão mais abrangente daquela que ocorre em seres humanos, possibilitando, assim, abordagens mais efetivas para o seu controle”.
A pesquisa permitirá um posicionamento adequado da Vigilância Ambiental da Sesa, tanto logístico quanto orçamentário, no que diz respeito às prioridades de controle da malária no Estado.
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Os resultados dos estudos também servirão para a avaliação de uma possível conexão entre os casos de Malária Símia e aqueles que ocorrem em seres humanos.
Embora 99% dos casos incidentes de malária estejam localizados na Região Amazônica, a doença extra-Amazônica ocorre em duas situações: introdução por pessoas doentes oriundas da Amazônia e casos autóctones residuais, ou seja, naqueles em que são naturais de seu próprio ambiente.
Todos os anos, o Espírito Santo registra cerca de 100 casos de malária em seu território, sendo entre 10 e 30 autóctones. Nesse caso, a malária é desprovida de gravidade, sem tendência de comportamento de surto.
A malária autóctone está relacionada a bolsões preservados de Mata Atlântica. Ela é identificada, sempre em baixa freqüência, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina.
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Texto: Waldson Menezes
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