25/01/2010 06h47 - Atualizado em 23/09/2015 13h26

Sesa capacita técnicos estaduais e municipais para formação de grupo de investigação de surtos de doenças

Com o objetivo de montar uma equipe apta a investigar e controlar surtos de doenças no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza, nesta semana, o Curso Básico de Investigação de Surtos. O evento terá a participação de 40 profissionais – técnicos da Saúde e da Defesa Sanitária Animal de municípios e do Estado – e de convidados do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e das secretarias de Saúde dos estados do Rio de Janeiro e de Pernambuco.

Segundo o coordenador da Sesa, Gilton Almada, o grupo formado a partir do curso terá a responsabilidade de realizar investigações de surto em todo o Estado. Os técnicos também serão multiplicadores e deverão oferecer treinamento para as suas equipes locais sobre o conhecimento adquirido nas palestras e nos testes e estudos de campo realizados durante.

Ao final do curso, os técnicos estarão aptos a reconhecer e confirmar a existência de um surto ou de epidemia; conhecer os passos de uma investigação; descrever o surto em tempo, lugar e pessoas; gerar hipóteses plausíveis que expliquem o surto; decidir e delinear o tipo de estudo analítico a ser conduzido na investigação; identificar o problema e tomar medidas adequadas de controle e prevenção; e elaborar relatório de encerramento da investigação e divulgar os resultados.

Gilton Almada explica que os surtos se caracterizam pelo aumento do número de casos além do estimado e são geralmente vinculados a uma fonte comum de localização.

“Frequentemente observam-se elevações do número de casos de certas doenças sem conhecimento da motivação desse aumento. Muitas pessoas são acometidas e nem sempre há uma causa comum evidente. Dessa forma, a equipe de vigilância necessita investigar, em bases científicas, para identificar a causa e tomar medidas de controle do surto e prevenção de novos casos”, informa o coordenador da Sesa.

Ele reitera a importância deste tipo de investigação e comenta que isso se deve à necessidade de se interromper a fonte de transmissão e eliminar o risco de a doença se disseminar para outras pessoas, reduzir a gravidade do problema e estabelecer medidas de controle e de prevenção de futuros surtos.

O curso será realizado nesta semana – entre os dias 25 e 29 – na Universidade de Vila Velha, das 8h30 às 18h30.


Programação:


- Segunda-feira (25)

08h30 – Abertura
08h45 – Palestra: Rede em Saúde: Integração entre atenção primária e vigilância em saúde
09h15 - Pré-teste em epidemiologia de campo
09h45 – Intervalo
10 horas – Aula 1: Passos da investigação de surtos
12 horas – Almoço
13h30 - Trabalho em grupo – Atividade 1

- Terça-feira (26)

08h30 – Aula 2: Epidemiologia descritiva básica. Descrição por pessoa tempo e lugar
11 horas – Aula 3: Definição de caso
12 horas – Almoço
13h30 - Trabalho em grupo – Atividade 2: Introdução do trabalho de campo

- Quarta-feira (27)

08h30 – Aula 4: Diagnóstico laboratorial e noções de biossegurança
09h15 – Aula 5: Apresentação de relatório utilizando data show
10 horas - Aula 06: Desenhos de estudo
12 horas – Intervalo
13h30 - Trabalho em grupo – Atividade 2: Preparo para o trabalho de campo

- Quinta-feira (28)

08h30 - Trabalho em grupo – Atividade 2: Execução do trabalho de campo
12 horas – Almoço
13h30 - Trabalho em grupo – Atividade 2: Execução do trabalho de campo

- Sexta-feira (29)

08h30 - Aula 07: Identificação de aglomerados espaciais em um surto
09h10 – Palestra: Rede Estadual e Municipal de Alerta e Respostas às Emergências de Saúde Pública
10 horas - Aula 08: Regulamento Sanitário Internacional e a Rede CIEVS
12 horas – Almoço
13h30 - Aula 09: Comunicação de risco
14h30 - Apresentação do trabalho em grupo – Atividade 2
16h45 - Avaliação: Pós-teste
17h30 – Encerramento

Informações à Imprensa:
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Texto: Fernanda Porcaro
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