24/07/2013 07h28 - Atualizado em
23/09/2015 13h38
Sesa capacitará 200 profissionais sobre doação de órgãos para transplantes
Para aumentar o número de identificação de potenciais doadores de órgãos para transplantes, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promove no dia 03 de agosto uma capacitação voltada para médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais que atuam em hospitais e em Unidades Saúde da Família. O objetivo é ampliar a discussão sobre o tema e treinar profissionais nos protocolos que envolvem o processo de doação.
Ao todo são 200 vagas abertas. A capacitação é uma parceria com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e será realizada no auditório do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, das 08 às 17 horas. Interessados podem ligar para o telefone 3235-1028 ou 3227-4966.
Segundo o cirurgião da Sesa João Siqueira Neto, responsável técnico da Central de Captação, o treinamento é mais uma oportunidade para tirar as dúvidas dos profissionais de saúde sobre o tema, abordando questões como o diagnóstico de morte encefálica e manutenção do paciente, a legislação do transplante, fila de espera, como entrevistar o familiar, manutenção hemodinâmica do doador até a captação dos órgãos.
Para João Neto é importante que os profissionais das instituições hospitalares estejam preparados para identificar pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com lesão neurológica grave e em caso de morte encefálica darem início aos procedimentos que possam viabilizar a doação.
O cirurgião será um dos palestrantes, juntamente com duas profissionais da ABTO. Ele abordará a organização do Sistema Nacional de Transplante, que garante transparência e credibilidade a todo o processo, por meio da criação de um cadastro único de doadores e uma política que dita regra de como serão distribuídos os órgãos dentro do Estado e no País, além de normas para formação de equipes de captação e para habilitação de hospitais.
“O próprio paciente pode acompanhar online se está cadastrado e qual sua posição na lista de espera”, pontuou o médico. Esse acompanhamento é feito por meio do endereço eletrônico: http://snt.saude.gov.br/Links.aspx.
O médico acredita que a participação de profissionais de Unidades Saúde da Família na capacitação pode ajudar na ampliação da discussão junto às comunidades, já que eles têm vínculo com a população da região onde atuam.
Para João Neto, o esclarecimento sobre a importância do ato da doação e sobre o rigor das regras que envolvem o processo pode contribuir para reduzir as negativas familiares, hoje em torno de 40%. Ou seja, quatro em cada dez famílias de pacientes identificados com morte encefálica não concordam com a doação.
“As famílias precisam ser tranquilizadas. As captações só acontecem mediante autorização de pelo menos dois parentes. E um médico de confiança da família pode acompanhar o processo. Mas muitas vezes o que provoca a negativa é o fato dos parentes desconhecerem a vontade da pessoa de ser doadora. Por isso, é um assunto que é importante ser discutido também dentro de casa”, pontuou.
O cirurgião explica que órgãos como coração, rim, fígado e pâncreas só podem ser captados de doadores em morte encefálica. Já a córnea pode ser captada tanto de doadores em morte encefálica ou até seis horas após o óbito por parada cardiorrespiratória.
Transplantes
Nos primeiros seis meses deste ano, o Espírito Santo registrou 224 transplantes de órgãos e tecidos, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 215 transplantes. Órgãos como o rim, que apresenta o maior número de pessoas aguardando pelo procedimento, tiveram aumento de 50% no número de transplantes de doador vivo e cadáver. O de fígado também registrou aumento de 40% em relação ao número registrado no primeiro semestre de 2012.
Os números
Total de transplantes ano a ano:
2012 - 464
2011 - 416
2010 - 306
2009 - 261
2008 - 234
Lista de espera – julho
Córnea - 63
Coração - 05
Fígado - 27
Rim - 773
Total - 868
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Angela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Ao todo são 200 vagas abertas. A capacitação é uma parceria com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e será realizada no auditório do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, das 08 às 17 horas. Interessados podem ligar para o telefone 3235-1028 ou 3227-4966.
Segundo o cirurgião da Sesa João Siqueira Neto, responsável técnico da Central de Captação, o treinamento é mais uma oportunidade para tirar as dúvidas dos profissionais de saúde sobre o tema, abordando questões como o diagnóstico de morte encefálica e manutenção do paciente, a legislação do transplante, fila de espera, como entrevistar o familiar, manutenção hemodinâmica do doador até a captação dos órgãos.
Para João Neto é importante que os profissionais das instituições hospitalares estejam preparados para identificar pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com lesão neurológica grave e em caso de morte encefálica darem início aos procedimentos que possam viabilizar a doação.
O cirurgião será um dos palestrantes, juntamente com duas profissionais da ABTO. Ele abordará a organização do Sistema Nacional de Transplante, que garante transparência e credibilidade a todo o processo, por meio da criação de um cadastro único de doadores e uma política que dita regra de como serão distribuídos os órgãos dentro do Estado e no País, além de normas para formação de equipes de captação e para habilitação de hospitais.
“O próprio paciente pode acompanhar online se está cadastrado e qual sua posição na lista de espera”, pontuou o médico. Esse acompanhamento é feito por meio do endereço eletrônico: http://snt.saude.gov.br/Links.aspx.
O médico acredita que a participação de profissionais de Unidades Saúde da Família na capacitação pode ajudar na ampliação da discussão junto às comunidades, já que eles têm vínculo com a população da região onde atuam.
Para João Neto, o esclarecimento sobre a importância do ato da doação e sobre o rigor das regras que envolvem o processo pode contribuir para reduzir as negativas familiares, hoje em torno de 40%. Ou seja, quatro em cada dez famílias de pacientes identificados com morte encefálica não concordam com a doação.
“As famílias precisam ser tranquilizadas. As captações só acontecem mediante autorização de pelo menos dois parentes. E um médico de confiança da família pode acompanhar o processo. Mas muitas vezes o que provoca a negativa é o fato dos parentes desconhecerem a vontade da pessoa de ser doadora. Por isso, é um assunto que é importante ser discutido também dentro de casa”, pontuou.
O cirurgião explica que órgãos como coração, rim, fígado e pâncreas só podem ser captados de doadores em morte encefálica. Já a córnea pode ser captada tanto de doadores em morte encefálica ou até seis horas após o óbito por parada cardiorrespiratória.
Transplantes
Nos primeiros seis meses deste ano, o Espírito Santo registrou 224 transplantes de órgãos e tecidos, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 215 transplantes. Órgãos como o rim, que apresenta o maior número de pessoas aguardando pelo procedimento, tiveram aumento de 50% no número de transplantes de doador vivo e cadáver. O de fígado também registrou aumento de 40% em relação ao número registrado no primeiro semestre de 2012.
Os números
Total de transplantes ano a ano:
2012 - 464
2011 - 416
2010 - 306
2009 - 261
2008 - 234
Lista de espera – julho
Córnea - 63
Coração - 05
Fígado - 27
Rim - 773
Total - 868
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Angela Siqueira
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
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