11/07/2011 07h53 - Atualizado em 23/09/2015 13h30

Sesa compra serviço de assistência domiciliar que beneficiará pacientes com apnéia obstrutiva do sono

A Secretaria de Estado Saúde (Sesa) assinará nesta segunda-feira (11), às 14 horas, na Superintendência Regional de Vitória, um contrato para a aquisição de prestação de serviços de assistência domiciliar para aproximadamente 700 pessoas que sofrem de apneia obstrutiva do sono, doença pulmonar obstrutiva crônica e outras patologias respiratórias.

O contrato prevê o fornecimento de aparelhos CPAP e Bipap, acessórios (máscara de silicone, suporte e traquéia) e umidificadores para os aparelhos.

O CPAP, cuja sigla em inglês significa Pressão Positiva Contínua na Via Aérea, é um equipamento eletrônico que, ligado por uma máscara ao nariz do paciente, insufla um ar que desobstrui a garganta auxiliando na respiração. Se adquirido na iniciativa privada, um aparelho como esse custaria aproximadamente R$ 2 mil ao paciente.

Já no Bipap, utilizado principalmente por pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), o sistema de emissão de ar é duplo, com níveis de pressão para a inspiração e a expiração. Para usar esse equipamento, é necessário que o paciente tenha respiração espontânea, sem nenhuma demanda assistida ou controlada por aparelho. O Bipap pode custar até R$ 8 mil e salvar a vida de pessoas com DPOC que, sem esse recurso, não conseguem eliminar o gás carbônico.

A aquisição desses serviços pela Sesa foi feita via pregão por registro de preços, o que possibilitou uma economia de 92% no valor total do serviço, que terá validade de um ano. De acordo com a estimativa de mercado, a prestação de serviço de instalação e monitoramento de 605 equipamentos CPAC e 95 Bipap, além do uso de 250 umidificadores, custariam R$ 313 mil aos cofres públicos. Porém, após disputa por pregão eletrônico, esse valor foi reduzido para apenas R$ 20,8 mil.

Apneia

Ronco durante a noite e sonolência durante o dia. Estes dois sintomas corriqueiros, quando associados, podem significar a ocorrência de apneia obstrutiva do sono.

Esta síndrome, quando grave, aumenta o risco de ocorrência de diversas doenças cardiovasculares. Para esses casos, a Sesa oferece tratamento gratuito por meio do Programa de Apneia Obstrutiva do Sono Grave, o primeiro criado no Brasil para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a coordenadora do Programa, a pneumologista Roberta Barcellos Couto, a apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução parcial ou completa da via aérea superior durante o sono.

“Quando dormimos, os músculos relaxam, inclusive os da garganta. Acontece que, em algumas pessoas, este relaxamento é maior, ocasionando o ronco e pausas recorrentes da respiração durante o sono”, explica a médica, especialista em medicina do sono.

As paradas respiratórias fazem com que a pessoa acorde a todo o momento, gerando um sono fragmentado e, por isso, de baixa qualidade, fazendo com que ela se sinta cansada durante o dia todo. Dor de cabeça e indisposição geral também são queixas comuns nesses pacientes. Com a queda de oxigênio no sangue causada pela síndrome, o coração acaba trabalhando mais durante o sono, aumentando a pressão sanguínea, podendo acarretar, a longo prazo, pressão alta, infarto, arritmia, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e até diabetes.

A síndrome não tem cura, mas há vários tipos de tratamento dependendo da gravidade de cada caso. Para os mais leves, por exemplo, são recomendados exercícios de fonoaudiologia. Já para os pacientes que apresentam casos graves é necessário fazer uso do CPAP, oferecidos gratuitamente aos pacientes do Programa da Sesa. Atualmente, 300 pacientes do programa usam o equipamento e são acompanhados por profissionais.

Doença Pulmonar

Pessoas que apresentam dificuldade de respiração, falta de ar ou insuficiência respiratória podem ser portadoras de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, também conhecida como enfisema pulmonar.

Essa é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração. Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos. Pacientes com a confirmação da doença recebem tratamento e acompanhamento por uma equipe multidisciplinar do Programa de Atenção à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, do CRE Metropolitano.

Para ter acesso aos tratamentos nos programas, o paciente deve ser encaminhado pelo médico de unidade básica de saúde ou de consultório particular com a indicação de uso de CPAP e Bipap.. Se os critérios para o uso do aparelho forem preenchidos, o paciente é então incluído nos programas.

Serviço

Programa de Apneia Obstrutiva do Sono Grave e Programa de Atenção à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
CRE Metropolitano
Rod. BR 262, Jardim América, Cariacica
Funcionam de segunda a sexta-feira, das 07 às 16 horas
Tel.: 3388-4490

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