26/07/2011 08h50 - Atualizado em
23/09/2015 13h30
Sesa concentra esforços para vacinar jovens contra hepatite B

Embora seja maior do que a média do Brasil, a cobertura vacinal contra a hepatite B no Espírito Santo ainda está abaixo da meta mínima preconizada pelo Ministério da Saúde (MS), de 95%. Estimular a procura pela imunização, sobretudo dos jovens, é um dos objetivos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta quinta-feira (28), Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.
“A vacinação é o item mais importante na prevenção da hepatite B, tirando a questão do preservativo, por isso estamos centrando nela”, ressalta o coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Hepatites da Sesa, Moacir Soprani. Até os 14 anos de idade a cobertura vacinal é excelente entre os capixabas, mas, daí para frente o índice sofre uma queda.
Segundo o infectologista da Sesa, o problema está nas faixas etárias de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos, que apresentam cobertura de 75,9% e 67%, respectivamente, abaixo do índice geral do Espírito Santo, de 87,5% (dados até maio de 2011). Para que a meta mínima do MS seja alcançada, concentrar os esforços na conscientização dos jovens é imprescindível.
Riscos
Não se sabe o porquê dos baixos percentuais de imunização deste público. A transição da fase infantil para adulta, inerente ao surgimento de um comportamento mais autônomo pode ser uma das explicações. Para o médico, as crianças são mais vacinadas porque há a preocupação dos pais em relação à saúde do filho. Mas quando se tornam maiores, este cuidado, que deve partir da própria pessoa, não vai adiante.
Entretanto, motivos não faltam. O principal meio de transmissão da hepatite B é via relação sexual. A ampliação gradativa do público-alvo que recebe a vacina vem ao encontro da prevenção de pessoas entre 15 e 24, consideradas mais ativas sexualmente. “É uma idade que tem o risco maior. Vacinar na infância é melhor, mas se não foi, deve ser priorizado”, diz Soprani.
A vacina é oferecida nas unidades de saúde municipais, são três doses aplicadas no intervalo de seis meses, sem contraindicações (há não ser em casos de alergia aos componentes da vacina) e sem efeitos colaterais importantes. Pode ocorrer leve dor no local da aplicação. “Previne contra uma doença grave e silenciosa, que pode se manifestar em até 30 anos e causar câncer no fígado”, detalha o especialista.
Hepatites virais
São infecções do fígado causadas por vírus representados por vários tipos: A, B, C, D e E. A transmissão ocorre por meio de água e alimentos contaminados (tipos A e E), sangue (B e C) e relação sexual (mais comum na B). O tipo D da doença só é possível na presença do B e não existe no Espírito Santo.
Apesar da diversidade, os sintomas são semelhantes: cansaço, tontura, enjôo, febre, dor na região do fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática e câncer do fígado. Para se detalhar qual é o tipo da doença, é preciso fazer exames específicos, ofertados nas unidades de saúde municipais.
As hepatites que evoluem para as formas crônicas têm tratamento e a eficácia da terapia está associada ao diagnóstico e do grau de acometimento em que se encontra o paciente. Por isso, quanto mais cedo for descoberta, melhor. A hepatite do tipo B geralmente evolui para cura espontânea. Aqueles casos (5% a 10%) que permanecem doentes terão que usar medicamentos para controle por período indefinido.
A hepatite C tem cura, possui tratamento específico por período determinado, em geral, de seis meses a um ano. No Espírito Santo, estima-se que a prevalência da hepatite B seja de 2%.
Prevenção
- Mulheres grávidas podem passar o vírus da hepatite B para o bebê. Devem ser vacinadas no período de gestação a partir do primeiro trimestre. Vacina-se o recém-nascido nas primeiras 12 horas de nascimento;
- Quem recebeu transfusão de sangue antes de 1993 pode ter hepatite C;
- Não compartilhe agulhas nem seringas;
- Exija material esterilizado ou descartável em serviços de saúde, salões de beleza, se fizer tatuagem ou se colocar piercieng;
- Use camisinha.
Casos e hepatite B confirmados
2009 - 1.023
2010 - 509
Casos de hepatites virais notificados
2009 - 2.839
2010 - 1.261
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges|Raquel d’Ávila|Alessandra Fornazier|Marcos Bonn
(27) 3137-2307|3137-2378|9969-8271|9943-2776|9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
“A vacinação é o item mais importante na prevenção da hepatite B, tirando a questão do preservativo, por isso estamos centrando nela”, ressalta o coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Hepatites da Sesa, Moacir Soprani. Até os 14 anos de idade a cobertura vacinal é excelente entre os capixabas, mas, daí para frente o índice sofre uma queda.
Segundo o infectologista da Sesa, o problema está nas faixas etárias de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos, que apresentam cobertura de 75,9% e 67%, respectivamente, abaixo do índice geral do Espírito Santo, de 87,5% (dados até maio de 2011). Para que a meta mínima do MS seja alcançada, concentrar os esforços na conscientização dos jovens é imprescindível.
Riscos
Não se sabe o porquê dos baixos percentuais de imunização deste público. A transição da fase infantil para adulta, inerente ao surgimento de um comportamento mais autônomo pode ser uma das explicações. Para o médico, as crianças são mais vacinadas porque há a preocupação dos pais em relação à saúde do filho. Mas quando se tornam maiores, este cuidado, que deve partir da própria pessoa, não vai adiante.
Entretanto, motivos não faltam. O principal meio de transmissão da hepatite B é via relação sexual. A ampliação gradativa do público-alvo que recebe a vacina vem ao encontro da prevenção de pessoas entre 15 e 24, consideradas mais ativas sexualmente. “É uma idade que tem o risco maior. Vacinar na infância é melhor, mas se não foi, deve ser priorizado”, diz Soprani.
A vacina é oferecida nas unidades de saúde municipais, são três doses aplicadas no intervalo de seis meses, sem contraindicações (há não ser em casos de alergia aos componentes da vacina) e sem efeitos colaterais importantes. Pode ocorrer leve dor no local da aplicação. “Previne contra uma doença grave e silenciosa, que pode se manifestar em até 30 anos e causar câncer no fígado”, detalha o especialista.
Hepatites virais
São infecções do fígado causadas por vírus representados por vários tipos: A, B, C, D e E. A transmissão ocorre por meio de água e alimentos contaminados (tipos A e E), sangue (B e C) e relação sexual (mais comum na B). O tipo D da doença só é possível na presença do B e não existe no Espírito Santo.
Apesar da diversidade, os sintomas são semelhantes: cansaço, tontura, enjôo, febre, dor na região do fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática e câncer do fígado. Para se detalhar qual é o tipo da doença, é preciso fazer exames específicos, ofertados nas unidades de saúde municipais.
As hepatites que evoluem para as formas crônicas têm tratamento e a eficácia da terapia está associada ao diagnóstico e do grau de acometimento em que se encontra o paciente. Por isso, quanto mais cedo for descoberta, melhor. A hepatite do tipo B geralmente evolui para cura espontânea. Aqueles casos (5% a 10%) que permanecem doentes terão que usar medicamentos para controle por período indefinido.
A hepatite C tem cura, possui tratamento específico por período determinado, em geral, de seis meses a um ano. No Espírito Santo, estima-se que a prevalência da hepatite B seja de 2%.
Prevenção
- Mulheres grávidas podem passar o vírus da hepatite B para o bebê. Devem ser vacinadas no período de gestação a partir do primeiro trimestre. Vacina-se o recém-nascido nas primeiras 12 horas de nascimento;
- Quem recebeu transfusão de sangue antes de 1993 pode ter hepatite C;
- Não compartilhe agulhas nem seringas;
- Exija material esterilizado ou descartável em serviços de saúde, salões de beleza, se fizer tatuagem ou se colocar piercieng;
- Use camisinha.
Casos e hepatite B confirmados
2009 - 1.023
2010 - 509
Casos de hepatites virais notificados
2009 - 2.839
2010 - 1.261
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges|Raquel d’Ávila|Alessandra Fornazier|Marcos Bonn
(27) 3137-2307|3137-2378|9969-8271|9943-2776|9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br