29/07/2008 11h42 - Atualizado em
23/09/2015 13h21
Sesa confirma caso de nova micobactéria, mas não há surto
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou um novo caso de infecção causada por micobactéria de crescimento rápido. A contaminação, que ocorreu em uma clínica particular da Grande Vitória após uma lipoenxertia*, é de uma espécie diferente do microorganismo identificado como causador do surto de 2007, que se desenvolvia, sobretudo, a partir de videocirurgias.
A notificação do caso chegou à Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) no último dia 02 e é referente a uma cirurgia realizada no dia 01 de maio deste ano. A confirmação foi feita no dia 14 de julho, após uma análise realizada pelo Laboratório Central (Lacen).
A classificação da espécie foi feita pelo Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A entidade identificou o novo tipo como Mycobacterium abscessus do grupo 1, diferentemente da bactéria que se manifestou nos casos de 2007: a Mycobacterium massiliense, que pertence ao grupo 2.
Após a confirmação, a Gerência de Vigilância em Saúde (GEVS) da Sesa desencadeou uma série de ações para investigação e controle do novo caso. No dia 15, a Vigilância Sanitária Estadual suspendeu os serviços de lipoenxertia e lipoaspiração da clínica onde ocorreu o caso.
No dia 16, a equipe da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) da Sesa acompanhou um procedimento cirúrgico na instituição e inspecionou a Central de Materiais Esterilizados (CME) para verificar os procedimentos de limpeza e esterilização dos materiais.
No dia 18 de julho, foi feita uma apreensão cautelar dos materiais cirúrgicos (cânulas) utilizados no procedimento da clínica. No dia 22, foram recolhidas amostras das cânulas para análise no Lacen e no NDI.
Ainda no dia 22, juntamente com a Anvisa, a Vigilância Sanitária Estadual visitou um hospital privado da Grande Vitória. Também nesse local foram constatados resíduos visíveis a olho nu na parte interna das cânulas. A partir dessa verificação, nos três dias seguintes, as ações de investigação foram intensificadas.
Ao todo, desde o início dessas fiscalizações, 17 instituições da Região Metropolitana de Vitória que realizam cirurgia plástica passaram por investigação. Foram encontradas cânulas com resíduos em sete estabelecimentos, onde os serviços foram suspensos e recolhidas amostras do equipamento cirúrgico para análise do Lacen. O Laboratório Central estabeleceu um protocolo específico para exames de todas as amostras de cânulas recolhidas e está fazendo estudos para descobrir se existe foco de microorganismos nocivos nos equipamentos.
Desde a última sexta-feira (25), a Vigilância está enviando a todos os hospitais e clínicas que realizam lipoescultura um comunicado que exige a apresentação, até o dia 30 de agosto, dos seus protocolos de limpeza e esterilização (disponível no site da Sesa, www.saude.es.gov.br). As cirurgias plásticas dos sete estabelecimentos só poderão voltar a ser realizadas após aquisição de novos equipamentos, a apresentação do protocolo e análise pela Sesa.
*Através de pequenas incisões, em torno de 0,5 cm, realizadas em locais de difícil visibilidade, aspira-se a gordura excessiva, podendo esta ser aproveitada para ser injetada em regiões do corpo que necessitem de preenchimento, como por exemplo, as depressões na pele.
Este procedimento é chamado de lipoenxertia e é muito utilizado para suavizar pequenas rugas ou sulcos na face ou qualquer região do corpo que necessite de preenchimento.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Ana Paula Costa/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
A notificação do caso chegou à Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) no último dia 02 e é referente a uma cirurgia realizada no dia 01 de maio deste ano. A confirmação foi feita no dia 14 de julho, após uma análise realizada pelo Laboratório Central (Lacen).
A classificação da espécie foi feita pelo Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A entidade identificou o novo tipo como Mycobacterium abscessus do grupo 1, diferentemente da bactéria que se manifestou nos casos de 2007: a Mycobacterium massiliense, que pertence ao grupo 2.
Após a confirmação, a Gerência de Vigilância em Saúde (GEVS) da Sesa desencadeou uma série de ações para investigação e controle do novo caso. No dia 15, a Vigilância Sanitária Estadual suspendeu os serviços de lipoenxertia e lipoaspiração da clínica onde ocorreu o caso.
No dia 16, a equipe da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) da Sesa acompanhou um procedimento cirúrgico na instituição e inspecionou a Central de Materiais Esterilizados (CME) para verificar os procedimentos de limpeza e esterilização dos materiais.
No dia 18 de julho, foi feita uma apreensão cautelar dos materiais cirúrgicos (cânulas) utilizados no procedimento da clínica. No dia 22, foram recolhidas amostras das cânulas para análise no Lacen e no NDI.
Ainda no dia 22, juntamente com a Anvisa, a Vigilância Sanitária Estadual visitou um hospital privado da Grande Vitória. Também nesse local foram constatados resíduos visíveis a olho nu na parte interna das cânulas. A partir dessa verificação, nos três dias seguintes, as ações de investigação foram intensificadas.
Ao todo, desde o início dessas fiscalizações, 17 instituições da Região Metropolitana de Vitória que realizam cirurgia plástica passaram por investigação. Foram encontradas cânulas com resíduos em sete estabelecimentos, onde os serviços foram suspensos e recolhidas amostras do equipamento cirúrgico para análise do Lacen. O Laboratório Central estabeleceu um protocolo específico para exames de todas as amostras de cânulas recolhidas e está fazendo estudos para descobrir se existe foco de microorganismos nocivos nos equipamentos.
Desde a última sexta-feira (25), a Vigilância está enviando a todos os hospitais e clínicas que realizam lipoescultura um comunicado que exige a apresentação, até o dia 30 de agosto, dos seus protocolos de limpeza e esterilização (disponível no site da Sesa, www.saude.es.gov.br). As cirurgias plásticas dos sete estabelecimentos só poderão voltar a ser realizadas após aquisição de novos equipamentos, a apresentação do protocolo e análise pela Sesa.
*Através de pequenas incisões, em torno de 0,5 cm, realizadas em locais de difícil visibilidade, aspira-se a gordura excessiva, podendo esta ser aproveitada para ser injetada em regiões do corpo que necessitem de preenchimento, como por exemplo, as depressões na pele.
Este procedimento é chamado de lipoenxertia e é muito utilizado para suavizar pequenas rugas ou sulcos na face ou qualquer região do corpo que necessite de preenchimento.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Ana Paula Costa/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
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