15/08/2008 12h38 - Atualizado em 23/09/2015 13h21

Sesa confirma sexto caso de infecção por micobactéria

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou, nesta sexta-feira (15), mais um caso de infecção causada por micobactéria. A contaminação também teve origem na Clínica Kuster, em Vila Velha, após procedimentos de implante de prótese mamária, lipoaspiração e abdominoplastia.

As seis pacientes com infecção confirmada, até o momento, realizaram as cirurgias nos meses de abril, maio e junho. O material biológico de outras 17 pessoas estão em análise no Laboratório Central (Lacen) da Sesa.

A classificação da espécie, feita pelo Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), identificou o grupo de micobactéria em dois casos como Mycobacterium abscessus do grupo 1. Os outros quatro ainda estão em análise. Essa investigação complementar é importante para determinar a forma de tratamento.

Suspensão

A suspensão dos procedimentos de lipoaspiração e lipoenxertia no Espírito Santo foi publicada no Diário Oficial (DIO) no dia 08 de agosto. A medida foi tomada em comum acordo entre a Sesa, o Ministério Público Estadual (MPE), a SBCP-ES e o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Espírito Santo (Sindhes).

A volta da realização dessas cirurgias está condicionada à apresentação dos protocolos de limpeza e esterilização e à aprovação dos mesmos pela Sesa, além da compra de cânulas novas. O prazo final de entrega é o dia 30 de agosto. Nos estabelecimentos onde foram encontradas cânulas com resíduos e nos que houve caso confirmado do surto em 2007, a retomada das cirurgias só acontecerá após a inspeção da Vigilância Sanitária.

Histórico

A notificação do primeiro caso chegou à Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) no último dia 02 julho e a confirmação foi feita no dia 14 de julho, após análise realizada pelo Lacen. A classificação da espécie realizada pelo NDI da Ufes identificou o novo tipo como Mycobacterium abscessus do tipo 1. No surto de 2007, controlado em agosto do mesmo ano, a bactéria que se manifestou foi a Mycobacterium massiliense, que pertence ao tipo 2.

Nas ações de investigação, foram encontradas cânulas com resíduos em nove estabelecimentos, onde os serviços foram suspensos e recolhidas amostras do equipamento cirúrgico para análise do Lacen. O Laboratório Central estabeleceu um protocolo específico para exames de todas as amostras de cânulas recolhidas e está fazendo estudos para descobrir se existe foco de microorganismos nos equipamentos.

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Texto: Raquel d’ Ávila
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