24/04/2012 08h06 - Atualizado em
23/09/2015 13h33
Sesa dá dicas para prevenir problemas do coração
As doenças do coração estão entre as principais causas de morte da população – no ano passado 1.842 pessoas morreram de enfarte no Espírito Santo, por exemplo. E o estilo de vida moderno é considerado o grande vilão. Atualmente o tema está muito mais ligado ao surgimento de novos tratamentos, enquanto pouca atenção é dada às medidas de prevenção. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) dá dicas para evitar problemas cardíacos.
“Antigamente o verbo era andar, agora é sentar”, resume o médico cardiologista da Sesa, Eliudem Galvão Lima. Segundo ele, a mudança do estilo de vida da população nos últimos anos culminou com o sedentarismo, tido, hoje, como o grande inimigo para manutenção de um coração saudável.
Em 2010 e 2011, mais de quatro mil pessoas morreram anualmente por causa de problemas dessa natureza. O enfarte agudo do miocárdio é o agravo mais comum nesse grupo de doenças, com cerca de 45% de ocorrências – foram mais de 1.800 óbitos por ano, no ano passado e retrasado.
“Associados ao sedentarismo, temos como principais fatores de risco a obesidade, o colesterol elevado, a hipertensão arterial, a diabetes, o alto nível de triglicerídeos alto e o baixo colesterol bom. Tudo isso é motivado pelos avanços tecnológicos. Essa evolução levou o homem a ficar mais sentado”, esclarece o cardiologista.
Como prevenir
De acordo com Eliudem Galvão, o sedentarismo reduz o bom colesterol (HDL), que é advindo, principalmente, das atividades físicas. Por isso, é recomendado que as pessoas se exercitem com regularidade, pelo menos três vezes por semana e por, no mínimo, 30 minutos. Ter atenção com o que comemos também é indicado.
“São atividades aeróbicas, como andar, correr e pedalar, que aumentam a captação de oxigênio pelo organismo. As atividades devem ser moderadas – como andar de 5 a 6 Km numa caminhada. Cientificamente está comprovado que se exercitar apenas duas vezes por semana não adianta”, ressalta.
Além disso, é preciso ter cuidado com a alimentação e diminuir a ingestão de sal e açúcar (veja orientações mais completas abaixo), evitar o álcool e o fumo, e controlar o estresse – que pode contribuir para a hipertensão arterial. Em resumo, é preciso desenvolver hábitos saudáveis de vida.
A partir dos 18 anos, a orientação do médico é que as pessoas procurem um profissional para iniciar o acompanhamento do colesterol, dos triglicerídeos e da glicose no organismo. Essas reavaliações devem ser feitas a cada dois anos. A partir dos 35 anos, se houver fator de risco (tabagismo, álcool, obesidade), é indicado teste ergométrico e o eletrocardiograma.
Homem x Mulher
As doenças cardiológicas, com destaque para o enfarte agudo do miocárdio – quando o coração para de funcionar por falta de irrigação sanguínea devido ao entupimento dos vasos – são mais comuns em homens. As mulheres são menos suscetíveis até a faixa etária de 45/50 anos devido à produção do estrogênio.
Esse hormônio, salienta Eliudem Galvão Lima, reduz a presença de colesterol ruim no organismo e é vasodilatador. Essas características impedem que as veias e artérias coronarianas sejam obstruídas pelo excesso de gordura. Entretanto, quando elas ultrapassam os 50 anos, há diminuição na produção do estrogênio, e o risco de enfarte acaba sendo igual ao dos homens.
Cada vez mais cedo
Antigamente, os problemas do coração eram mais prevalentes em pessoas idosas, com idade entre 60 e 70 anos. Mas o especialista ressalta que os hábitos de vida modernos fizeram com que estes agravos surgissem cada vez mais cedo.
“Hoje o jovem fuma, bebe e se alimenta inadequadamente, sem falar na obesidade. Isso gera doença cardíaca precoce, que passou a acometer pessoas com idade média de 30 anos. As mulheres, com jornada tripla de trabalho, também ficaram mais suscetíveis”, destaca.
O que comer
Carne: prefira carnes magras (coxão mole e duro, lagarto, patinho, músculo). Evite carnes gordas (picanha, cupim, costela e miúdos como língua, coração, fígado).
Aves: prefira peito de peru, chester sem pele. Evite aves com pele.
Peixes: prefira sardinha fresca, atum, pescada, truta, linguado, salmão, merluza. Evite frutos do mar como marisco, camarão, lagosta, lula.
Ovos: prefira clara de ovo. Evite gema de ovo, ovo de codorna.
Laticínios: prefira leite semidesnatado/desnatado, iogurte desnatado/light, margarina, creme de leite light; queijo branco, ricota ou cottage; requeijão e cream cheese light. Evite manteiga, queijos amarelos, capuccino.
Pães, cereais e massas: prefira pão integral/light/francês/sírio, biscoitos integrais, de água e sal, massas ao sugo, arroz integral. Evite pão doce/recheado/folhado/croissant, biscoitos recheados, wafer, massas com molho branco e gratinados, farinha refinadas.
Açúcares e doce: prefira adoçantes, barra de cereal light, gelatina ou pudim diet, frutas cozidas. Evite açúcar, mel, açúcar mascavo, bolos, tortas, doces, balas, sorvetes cremosos, chocolates, pudim, quindim.
Óleos e gorduras: prefira óleos vegetais (canola, soja, girassol e milho), azeite, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas, amendoim). Evite óleo de coco, de dendê, bacon, torresmo, maionese, patês.
Bebida: prefira água de coco, chás, sucos naturais, sucos artificiais sem açúcar, refrigerantes diet/light. Evite refrigerantes, sucos artificiais e bebidas alcoólicas.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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“Antigamente o verbo era andar, agora é sentar”, resume o médico cardiologista da Sesa, Eliudem Galvão Lima. Segundo ele, a mudança do estilo de vida da população nos últimos anos culminou com o sedentarismo, tido, hoje, como o grande inimigo para manutenção de um coração saudável.
Em 2010 e 2011, mais de quatro mil pessoas morreram anualmente por causa de problemas dessa natureza. O enfarte agudo do miocárdio é o agravo mais comum nesse grupo de doenças, com cerca de 45% de ocorrências – foram mais de 1.800 óbitos por ano, no ano passado e retrasado.
“Associados ao sedentarismo, temos como principais fatores de risco a obesidade, o colesterol elevado, a hipertensão arterial, a diabetes, o alto nível de triglicerídeos alto e o baixo colesterol bom. Tudo isso é motivado pelos avanços tecnológicos. Essa evolução levou o homem a ficar mais sentado”, esclarece o cardiologista.
Como prevenir
De acordo com Eliudem Galvão, o sedentarismo reduz o bom colesterol (HDL), que é advindo, principalmente, das atividades físicas. Por isso, é recomendado que as pessoas se exercitem com regularidade, pelo menos três vezes por semana e por, no mínimo, 30 minutos. Ter atenção com o que comemos também é indicado.
“São atividades aeróbicas, como andar, correr e pedalar, que aumentam a captação de oxigênio pelo organismo. As atividades devem ser moderadas – como andar de 5 a 6 Km numa caminhada. Cientificamente está comprovado que se exercitar apenas duas vezes por semana não adianta”, ressalta.
Além disso, é preciso ter cuidado com a alimentação e diminuir a ingestão de sal e açúcar (veja orientações mais completas abaixo), evitar o álcool e o fumo, e controlar o estresse – que pode contribuir para a hipertensão arterial. Em resumo, é preciso desenvolver hábitos saudáveis de vida.
A partir dos 18 anos, a orientação do médico é que as pessoas procurem um profissional para iniciar o acompanhamento do colesterol, dos triglicerídeos e da glicose no organismo. Essas reavaliações devem ser feitas a cada dois anos. A partir dos 35 anos, se houver fator de risco (tabagismo, álcool, obesidade), é indicado teste ergométrico e o eletrocardiograma.
Homem x Mulher
As doenças cardiológicas, com destaque para o enfarte agudo do miocárdio – quando o coração para de funcionar por falta de irrigação sanguínea devido ao entupimento dos vasos – são mais comuns em homens. As mulheres são menos suscetíveis até a faixa etária de 45/50 anos devido à produção do estrogênio.
Esse hormônio, salienta Eliudem Galvão Lima, reduz a presença de colesterol ruim no organismo e é vasodilatador. Essas características impedem que as veias e artérias coronarianas sejam obstruídas pelo excesso de gordura. Entretanto, quando elas ultrapassam os 50 anos, há diminuição na produção do estrogênio, e o risco de enfarte acaba sendo igual ao dos homens.
Cada vez mais cedo
Antigamente, os problemas do coração eram mais prevalentes em pessoas idosas, com idade entre 60 e 70 anos. Mas o especialista ressalta que os hábitos de vida modernos fizeram com que estes agravos surgissem cada vez mais cedo.
“Hoje o jovem fuma, bebe e se alimenta inadequadamente, sem falar na obesidade. Isso gera doença cardíaca precoce, que passou a acometer pessoas com idade média de 30 anos. As mulheres, com jornada tripla de trabalho, também ficaram mais suscetíveis”, destaca.
O que comer
Carne: prefira carnes magras (coxão mole e duro, lagarto, patinho, músculo). Evite carnes gordas (picanha, cupim, costela e miúdos como língua, coração, fígado).
Aves: prefira peito de peru, chester sem pele. Evite aves com pele.
Peixes: prefira sardinha fresca, atum, pescada, truta, linguado, salmão, merluza. Evite frutos do mar como marisco, camarão, lagosta, lula.
Ovos: prefira clara de ovo. Evite gema de ovo, ovo de codorna.
Laticínios: prefira leite semidesnatado/desnatado, iogurte desnatado/light, margarina, creme de leite light; queijo branco, ricota ou cottage; requeijão e cream cheese light. Evite manteiga, queijos amarelos, capuccino.
Pães, cereais e massas: prefira pão integral/light/francês/sírio, biscoitos integrais, de água e sal, massas ao sugo, arroz integral. Evite pão doce/recheado/folhado/croissant, biscoitos recheados, wafer, massas com molho branco e gratinados, farinha refinadas.
Açúcares e doce: prefira adoçantes, barra de cereal light, gelatina ou pudim diet, frutas cozidas. Evite açúcar, mel, açúcar mascavo, bolos, tortas, doces, balas, sorvetes cremosos, chocolates, pudim, quindim.
Óleos e gorduras: prefira óleos vegetais (canola, soja, girassol e milho), azeite, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas, amendoim). Evite óleo de coco, de dendê, bacon, torresmo, maionese, patês.
Bebida: prefira água de coco, chás, sucos naturais, sucos artificiais sem açúcar, refrigerantes diet/light. Evite refrigerantes, sucos artificiais e bebidas alcoólicas.
Informações à Imprensa:
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Texto: Marcos Bonn
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