28/04/2008 05h56 - Atualizado em 23/09/2015 13h20

Sesa dá dicas sobre cuidados com doenças respiratórias

Todos os anos, o período que compreende entre os meses de março e outubro é o mais problemático para o desenvolvimento de doenças respiratórias nas crianças capixabas. As causas são variadas e as mães devem estar atentas às maneiras de evitar esse tipo de enfermidade que, em sua maioria, é representado por resfriados, gripes, amidalites, rinites, sinusites, otites, bronquilites, pneumonias e asmas.

De acordo com a responsável pelo Ambulatório de Asma do Serviço de Pneumologia do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (Hinsg), em Vitória, Sara Lopes Valentim, embora não se saiba o porquê, o público infantil atendido na instituição cresce a partir de março, enquanto que nos demais estados brasileiros esse aumento só é percebido a partir de maio.

Os problemas respiratórios podem ser causados por vírus, bactérias ou por alergia. Mas, segundo a especialista, eles são desencadeados por inúmeros fatores, tais como a mudança climática, a poluição (fumaça externa e ambiente, principalmente, o cigarro) e cheiros fortes (como perfumes).

A médica Sara Lopes Valentim chama atenção ainda para ambientes climatizados inadequadamente (com aparelhos de ar-condicionado e ventiladores mal limpos) e espaços com mofo e poeira. Além disso, muitas crianças são acometidas pelas enfermidades por terem contato direto com animais com pêlo, como cães e gatos.

Os sintomas

Os principais sintomas das doenças respiratórias são febre, dor no corpo e de garganta, coriza (nariz escorrendo), obstrução nasal (nariz entupido), tosse, queda do estado geral (desânimo) e perda de apetite.

As manifestações podem durar de três a sete dias, ou mais, se houver complicação. Segundo a especialista, Sara Lopes Valentim, o médico deve ser procurado a partir do momento que a febre for alta e contínua (por mais de 48 ou 72 horas), e quando as crianças tiverem o estado geral comprometido e com dificuldades de respiração.

Dor no peito, tosse, cianoses (lábios e extremidades arroxeadas) e respiração rápida, mesmo sem febre, também são sinais que os responsáveis devem observar para procurar ajuda médica. “É importante que as mães não se desesperem nos primeiros dois dias de febre. Os pais ou cuidadores devem observar as crianças antes de procurar o atendimento”, explica Sara Lopes Valentim.

Como evitar

Para diminuir a incidência das doenças respiratórias, a Drª. Sara Lopes Valentim recomenda uma série de ações que podem ser colocadas em prática no dia-a-dia dos pais e cuidadores. As dicas também valem para pessoas idosas que, assim como as crianças, têm o sistema imunológico mais vulnerável.

É importante que o público infantil seja hidratado corretamente, uma vez que os meninos e meninas muitas vez esquecem de beber água. Além disso, a alimentação deve ser adequada e composta de frutas, verduras, carnes e isenta produtos que têm conservantes e corantes (catchup, salsicha de cachorro-quente, balas e chicletes).

O cuidado com o espaço físico também não pode ser esquecido. Ambientes com tapetes, carpetes, cortinas de pano, almofadas e bichos de pelúcia devem ser evitados. Cobrir os estofados (como camas e sofás, que ao longo do tempo acumulam sujeira) com material sintético impermeável ajuda na remoção da poeira. Lavar as narinas com soro fisiológico também é recomendável.

A Drª. Sara Lopes Valentim lembra que evitar aglomerações, como shoppings centers, que são climatizados por aparelhos de ar-condicionado centrais, também é uma medida de prevenção importante, sobretudo, para os idosos e crianças alérgicas, os que mais sofrem com problemas respiratórios.

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