25/04/2012 13h56 - Atualizado em 23/09/2015 13h33

Sesa destaca cuidados com a hipertensão no dia nacional de prevenção e combate à doença

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, nesta quinta-feira (26), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta contra os perigos desta doença silenciosa. Na maioria das vezes, a pressão alta, como é popularmente conhecida, só recebe a devida atenção dos pacientes quando em estágio avançado. De 2008 a 2011, uma média de 2.400 pacientes foram internados anualmente em leitos da rede pública do Espírito Santo.

A hipertensão arterial é caracterizada pela elevação anormal e mantida da pressão sanguínea nos vasos. “É uma doença multifatorial, ou seja, causada por diversos fatores, alguns controláveis, como alimentação, tabagismo e obesidade, e outros não, como idade, sexo e hereditariedade”, ressalta o cardiologista da Sesa, Eliudem Galvão Lima.

Fatores

De acordo com o médico, quanto mais velhos ficamos, mais suscetíveis estamos à pressão alta, uma vez que os vasos sanguíneos tornam-se mais rígidos. Por isso, a prevalência da hipertensão aumenta em maiores de 40 anos. Além disso, os homens são mais acometidos pelo mal. Há ainda a questão genética. “Filhos de pais hipertensos têm 50% de chance de desenvolvê-la”, diz.

Embora seja impossível controlarmos nossa idade, escolher nosso sexo e a herança genética, o especialista ressalta a importância que deve ser dada a fatores de risco como tabagismo, estresse, obesidade, sedentarismo, diabetes e alimentação inadequada. Nesse caso, diminuindo a ingestão de sal.

“O sal é o grande vilão porque retém líquido no organismo e aumenta o volume sanguíneo, contribuindo para o surgimento da hipertensão. Normalmente o indicado é o consumo diário de 3g a 5g de sal – correspondente a uma colher de chá – incluindo todas as refeições. Temos que criar o hábito de tirar o saleiro da mesa”, explica Eliudem.

Na opinião do cardiologista, o maior fator de risco para a pressão alta é o sedentarismo, por isso a importância da prática de exercícios físicos pelo menos três vezes por semana, por no mínimo 30 minutos. “A partir dos 18 anos a orientação é que o acompanhamento médico seja feito a cada dois anos. Depois dos 35 anos, para os homens, essa frequência deve ser de anual, assim como para as mulheres, depois dos 45 anos”, acrescenta.

Silenciosa

Segundo o médico, como a hipertensão é uma doença silenciosa, quanto antes for descoberta, melhor será o tratamento e menor o impacto na saúde. “A hipertensão é assintomática, por isso é chamada de inimigo silencioso, pois a maioria não sabe que tem. O único jeito é aferindo-se a pressão. Se o resultado for constante em 14/9, já é considerada alta”.

“Caso contrário, a doença pode atuar como uma bola de neve, lesando órgãos como rins, coração, sistema nervoso central, vasos e o coração. Quando detectada na fase inicial, o tratamento adotado pode ser não medicamentoso, consistindo-se apenas na mudança do estilo de vida”, conclui o especialista.

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