14/11/2008 07h26 - Atualizado em 23/09/2015 13h22

Sesa destaca importância da detecção precoce da doença no Dia Mundial do Diabetes nesta sexta (14)

Nesta sexta-feira (14) é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, uma doença muitas vezes assintomática e geralmente descoberta em fase avançada. Estima-se que cerca da metade das pessoas que têm diabetes tipo 2, a mais freqüente, não sabe de sua existência. Por isso a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta a importância da detecção precoce da doença.

O Diabetes Mellitus, popularmente conhecida como diabetes, é uma doença metabólica caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue devido a uma disfunção na secreção da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas responsável por controlar a quantidade de glicose no nosso sangue.

Quando a insulina é incapaz de desempenhar esse controle, estabelece-se um quadro de hiperglicemia crônica (excesso de açúcar no sangue), que pode resultar em diversos problemas para a saúde, com destaque para insuficiência renal crônica, enfarte, acidente vascular cerebral (AVC), cegueira e amputação de membros, problemas que podem ser evitados por meio do exame de detecção da doença.

Outras conseqüências

Além de prejuízos para a saúde, o diabetes também traz conseqüências sociais e econômicas. Estima-se que sejam gastos até 15% dos recursos nacionais com essa enfermidade, cujo índice de prevalência é de 11% entre os brasileiros na faixa etária dos 40 anos de idade ou mais, segundo o Ministério da Saúde (MS).

No Espírito Santo, a prevalência de suspeitos com diabetes segue a tendência nacional, com cerca de 11,8%, de acordo com o último levantamento realizado pelo MS, por meio da Sesa, em 2001.

Além disso, os dados mais atuais mostram que em 2006 e 2007, a enfermidade gerou mais de 3.700 internações em hospitais públicos e um gasto de aproximadamente R$ 1,5 milhão do Estado (veja tabela abaixo). Nos últimos seis anos, o número de óbitos passou de 490, em 1999, para 797, em 2005.

Esse aumento pode ser corroborado pela análise do coeficiente de mortalidade, que passou de 16,8 (1999) para 23,4 (2005). Esse coeficiente representa informações mais fiéis, já que leva em consideração em seus cálculos a variação da população.

Se nada for feito, o número de mortes causadas pela enfermidade continuará em curva ascendente. Tal problema já foi identificado pela Sesa que, a fim de evitar o avanço do diabetes e de outros agravos não transmissíveis, lançou, no mês passado, a Campanha Atitudes Saudáveis.

Doença evitável

Os custos sócio-econômicos ganham contornos ainda maiores se considerarmos que esse agravo pode, na maioria das vezes, ser evitado, sobretudo, o diabetes tipo 2, que tem prevalência maior e está relacionada ao estilo de vida.

Esse tipo da doença se manifesta principalmente em pessoas na faixa etária em torno de 40 anos e com antecedente familiar. Fatores de risco como o sobrepeso e obesidade (com destaque para a obesidade central, a famosa “barriguinha”), a falta da prática de exercício físico (sedentarismo) e a alimentação inadequada podem contribuir para o aparecimento do diabetes tipo 2.

Portanto, a prevenção desta enfermidade está relacionada à adoção de hábitos de vida saudáveis, muitas vezes difíceis de mudar e que incluem a diminuição da ingestão de alimentos com alto teor de açúcar e gordurosos (principalmente as gorduras saturadas), bem como de bebidas alcoólicas. Exercitar-se com regularidade também não deve ser esquecido, já que a glicose atua como combustível dos músculos.

A recomendação dos profissionais da saúde é que os indivíduos com mais de 40 anos de idade meçam a quantidade de glicose no sangue. Para isso são utilizados dois métodos: a glicemia capilar, um exame mais simples e preliminar, que pode indicar a presença da doença. O diagnóstico no entanto é dado por meio do exame de glicemia sérica. Ambos os testes são ofertados nas unidades básicas de saúde dos municípios.

Sintomas

Os sintomas clássicos do diabetes são aumento da sede, da fome, da freqüência urinária, além de emagrecimento e cansaço. No diabetes tipo 1, esses sinais são mais abruptos, o que pode facilitar o diagnóstico. Entretanto, quando se fala em diabetes tipo 2, os sintomas podem ficar muito tempo sem se manifestar o que, conseqüentemente, torna seu diagnóstico mais difícil.

Cerca de 80% dos casos de diabetes são resolvidos na atenção básica, que também disponibiliza medicamentos para o seu tratamento, como a insulina e os comprimidos hipoglicemiantes.

Mais informações no anexo.

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