15/02/2011 06h36 - Atualizado em 23/09/2015 13h29

Sesa disponibiliza mais de 700 mil camisinhas para o Carnaval 2011

Mais de 700 mil preservativos serão repassados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para serem distribuídos pelos municípios durante o Carnaval deste ano. As prefeituras terão até o próximo dia 20 para retirar o material na sede da Secretaria.

Além das camisinhas destinadas ao Carnaval, os municípios receberão outras 550 mil referentes à cota mensal para ações sistemáticas de prevenção, totalizando 1,25 milhão de camisinhas entregues pela Sesa em fevereiro. O objetivo é ajudar a população a se prevenir das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), como a Aids, a sífilis e a gonorreia, que só podem ser evitadas com segurança por meio do uso de preservativos.

A coordenadora do Programa de DST/Aids da Sesa, Sandra Fagundes, alerta que nessa época do ano as pessoas ficam mais vulneráveis ao vírus HIV, por isso, é preciso intensificar as ações de prevenção. “O Carnaval é uma época em que algumas pessoas se liberam mais e costumam beber muito, deixando de se prevenir, expondo-se ao risco de contrair essas doenças”, explica.

Alvo da campanha

As adolescentes e jovens, dos 15 aos 24 anos, são o foco prioritário no trabalho preventivo da Aids, segundo orientação do Ministério da Saúde. Estudos apontam para o crescimento do número de mulheres nessa faixa etária infectadas pelo HIV. “Dados comportamentais em nível nacional mostram que as jovens, de todas as classes sociais, nessa faixa etária, têm mais parceiros casuais e quanto mais parceiros, maior a vulnerabilidade”, explica Fagundes.

A iniciação sexual é cada vez mais precoce e acontece sem proteção. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em 2010 mostrou que 40% dos jovens brasileiros declararam não usar preservativos. A coordenadora ressalta que é preciso adquirir a cultura do uso e da manutenção do preservativo. “Muitas jovens usam camisinha nos primeiros meses de namoro e depois deixam de usar, acreditando que o ‘amor imuniza”, alerta.

Diagnóstico precoce

Como parte da estratégia de prevenção, a Sesa está veiculando uma campanha de mídia para o Carnaval. As peças de TV e rádio dão dicas de prevenção e reforçam ainda a importância do diagnóstico precoce por meio dos testes realizados gratuitamente nas unidades de saúde.

A Secretaria quer incentivar a utilização do teste rápido para detecção do vírus HIV. “Quanto mais cedo a pessoa descobre, mais rápido vai se tratar para evitar novas infecções, com mais chances de qualidade de vida”, ressalta Sandra Fagundes. Além disso, como a doença pode demorar até 10 anos para se “manifestar”, a pessoa infectada que não realiza os testes pode passar anos transmitindo o vírus a outras.

Disponível na rede pública de saúde, o teste confirma o diagnóstico em até 25 minutos, enquanto o método convencional pode levar até um mês para ficar pronto. A agilidade melhora o atendimento realizado nos centros de testagem, já que muitas pessoas não retornam aos mesmos para saber o resultado do exame.

O Brasil tem 30 anos de epidemia de Aids e, com o avanço dos tratamentos, como os medicamentos antirretrovirais, as mortes diminuíram. Por isso, as pessoas tendem a confiar na eficácia dos tratamentos e descuidar da prevenção, como alerta a coordenadora da Sesa. “As pessoas não vêem mais tantas mortes, mas a Aids é uma doença fatal e as pessoas infectadas devem se tratar nos nossos serviços de atendimento especializados”, conclui.

Informações à Imprensa:
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