06/01/2010 22h06 - Atualizado em 23/09/2015 13h26

Sesa divulga número de atendimentos do Samu 192 em 2009: 89% das ligações são trotes ou pedidos de informações

Das 590.521 mil ligações recebidas pelo Samu 192 em 2009, 328.217 mil (56%) foram trotes e 197.051 (33%) foram pedidos de informação totalizando 89% de ligações indevidas. Os atendimentos médicos somaram 65.253 mil, que correspondem a 11% do total de chamadas. Os números divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que mesmo após três anos de funcionamento o Samu 192 continua sendo mal acionado. Vale lembrar: uma linha ocupada durante um trote pode significar um paciente sem atendimento.

“As ligações indevidas acabam ocupando nossas linhas telefônicas e isso pode trazer algumas dificuldades, como atraso no atendimento de quem realmente precisa do serviço”, afirma a coordenadora do Samu 192, Engre Beilke. Ela explica que o serviço atende os casos de emergência, que são os que podem promover um risco de morte para a pessoa ou de sequela irreparável.

Um outro problema apontado por ela é a dificuldade de algumas pessoas que acionam o serviço em repassar as informações necessárias. “Precisamos do apoio da população, que deve manter-se calma e passar o máximo de informações possível. Quanto mais calma a pessoa se mantiver, mais rápido chegará a ambulância, se o envio for necessário”, esclarece a coordenadora.

De acordo com Engre Beilke, se o familiar ou a pessoa que fez a ligação estiver muito nervoso, é recomendável que ele passe o telefone para alguém que esteja mais calmo e em condições de receber as primeiras orientações. Enquanto a ambulância é encaminhada ao local, o médico regulador continua a passar instruções para amparar a vítima.

Balanço

Das ligações direcionadas aos médicos, em aproximadamente 33.700 foi necessário o envio da ambulância. Os atendimentos por causas externas foram a maioria (45%), como queda, intoxicação, ferimentos por arma de fogo e por arma branca e acidente de trânsito. Este último, segundo Engre Beilke, vem em primeiro lugar na relação das causas externas, com 27% do total de atendimento. Destes, quase metade está relacionada a acidentes envolvendo motos, seguido de atropelamentos, colisões automobilísticas de carros e de bicicletas.

Os atendimentos clínicos adultos, como crise convulsiva, falta de ar severa, suspeita de acidente vascular cerebral (AVC) e de infarto, dentre outros, somaram 41% dos envios de ambulância. O restante foi de clínica pediátrica, urgência psiquiátrica e de atendimentos a gestantes em iminente trabalho de parto ou com sangramentos que pudessem comprometer a vida da mãe ou do bebê

O município que mais originou pedidos de regulação foi o de Serra (26%), seguido de Cariacica (23%). Já o número de ambulâncias deslocadas foi maior para a Serra (23%), em seguida, Capital, com 22% das remoções.

O Samu 192 conta, hoje, com 23 ambulâncias, sendo que três são reserva, e 330 funcionários, entre médicos, enfermeiros e socorristas. Todos os profissionais passam por treinamentos periódicos.

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