18/12/2006 07h50 - Atualizado em 23/09/2015 09h41

Sesa e Defesa Civil anunciam ações preventivas para vítimas de enchentes no Estado

Durante a entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (15), em seu gabinete, o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tose, e o coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Fronzio Calheira, anunciaram as ações preventivas para evitar que as vítimas das enchentes sejam contaminadas com as doenças características das chuvas, como leptospirose e febre tifóide.

A Sesa iniciou os contatos com os municípios mais castigados pela chuva, com o objetivo de buscar informações sobre a quantidade de medicamentos e soros antiofídicos para auxiliar os casos que apresentem necessidade de tratamento. Além disso, foi enviado um ofício para cada Vigilância Ambiental com informações básicas de controle e prevenção dos registros de enchente.

O secretário Anselmo Tose destacou a importância do trabalho de prevenção dos problemas. “Estamos preocupados com toda esta situação. Para tanto, estamos enviando um kit com informações de combate às doenças características, como leptospirose, febre tifóide, hepatite A e diarréia”.

O coronel Fronzio Calheira deu um recado preocupante. “Estamos no início da temporada de chuvas. Temos um aviso de que possivelmente teremos chuva hoje ou amanhã (sexta e sábado – dias 15 e 16/12) em algum ponto do Estado. Ainda poderemos ter mais problemas. Mas é importante destacar que esta ação da Secretaria da Saúde pode nos ajudar a preservar vidas. O que muitos dos afetados pelas enchentes esquecem é que os danos materiais podem ser substituídos, mas o cuidado com a saúde não pode ser negligenciado”.


Ofício

Segue o texto do ofício enviado:

“Considerando as intensas chuvas que acontecem em vários municípios do Estado, vimos solicitar de Vossa Senhoria a implementação de medidas ambientais e epidemiológicas que visem a prevenção e controle de doenças de transmissão hídrica.

Freqüentemente as enchentes contaminam as redes públicas de abastecimento, devido a entrada de água poluída nos pontos de vazamento da rede. Com isso, há a interrupção temporária das atividades das estações de tratamento. Como o consumo de água é uma necessidade básica, muitas vezes, a população acaba utilizando água contaminada, expondo-se ao risco de diarréia, cólera, febre tifóide, hepatites A e E e Leptospirose.

A cólera e as demais doenças diarréicas agudas têm período de incubação curto, variando de algumas horas a até 5 dias. O período de incubação da febre tifóide é, em média, de 15 dias, hepatites A e E é de 30 dias e leptospirose de 7 a 14 dias. Essas doenças surgem como conseqüência tardia das inundações.

Para tanto, estamos recomendando a adoção das seguintes medidas:

- Ação conjunta com as Concessionárias de Abastecimento de Água do Município, no sentido da garantia do fornecimento de água potável à população, solicitando dados do controle de qualidade da água e informações sobre eventuais problemas acarretados pelas chuvas;
- Distribuição e orientações quanto ao uso de Hipoclorito de Sódio a 2,5%, a população que não dispõe de água tratada, conforme orientações contidas no folder do Vigiágua;
- Orientação para que a população não utilize água de poço, fontes e minas, que foram invadidas por água de enchente; não utilizarem água sem tratamento prévio por meio de fervura ou uso de Hipoclorito de Sódio a 2,5%;
- Aos que tiveram suas casas inundadas por águas de enchente, para que ao baixar as águas e retornarem às casas, procederem a desinfecção de paredes, pisos e utensílios, conforme orientações em anexo;
- Orientações para que evitem contato com água empoçada, banhos em rios e lagoas;
- Orientações quanto à higienização dos alimentos, principalmente frutas, legumes e verduras;
- A equipe do Vigiágua deve estar atenta e intensificar as ações educativas e de monitoramento da qualidade da água para consumo humano;
- Verificar estoque de SRO – Soro de Reidratação Oral nas Unidades de Saúde.”

Informações à Imprensa:
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Texto: Gustavo Tenório
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