09/08/2012 08h58 - Atualizado em 23/09/2015 13h34

Sesa e municípios participam de oficina para implantação de Projeto Melhor em Casa

O Espírito Santo é o primeiro estado do país a reunir municípios elegíveis ao Projeto Melhor em Casa, do Ministério da Saúde (MS), para participar de uma oficina de trabalho que auxiliará sua implantação. A 1ª Oficina de Atenção Domiciliar do SUS foi aberta na manhã desta quinta-feira (09) pelo secretário de Estado da Saúde Tadeu Marino e prossegue durante a tarde no auditório do Conselho Regional de Medicina (CMR). O objetivo da reunião é esclarecer dúvidas sobre o projeto federal e formatar um plano de trabalho a ser encaminhado ao MS para recebimento de recursos.

Participam da oficina, ministrada pela técnica da Coordenação Geral de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, Mariana Borges Dias, representantes de 12 municípios capixabas, de hospitais, superintendências regionais de saúde, coordenação da Urgência e Emergência e técnicos da Sesa.

Durante a abertura da reunião, o secretário Tadeu Marino enfatizou a importância da implantação deste projeto para os hospitais, que terão seus leitos otimizados, já que muitas vezes são utilizados de forma prolongada por pacientes já estabilizados, e também para os pacientes, que receberão atendimento humanizado em suas próprias residências.

“É importante que tenhamos esse trabalho aqui no Estado, já que há uma carência de leitos clínicos e muitos poderiam ser desocupados, com esses pacientes sendo assistidos em casa. Já temos uma experiência positiva nesse sentido com o Programa de Atenção Domiciliar (PID) do Dório Silva, Antonio Bezerra de Faria e Roberto Silvares”, disse o secretário. Ele lembrou ainda que o envelhecimento da população, o aumento do número de pacientes crônicos e das vítimas de acidentes de trânsito têm trazido uma sobrecarga aos hospitais.

O projeto

A técnica do Ministério da Saúde, Mariana Borges Dias, explicou que a oficina é um “pontapé” inicial para a formatação conjunta do projeto no Espírito Santo, criado pela Portaria 2.029, que prevê ampliação a assistência a pacientes do SUS. No período da manhã, ela explicou detalhes do projeto federal e, à tarde, cada município deverá construir um plano de trabalho para a implantação do serviço.



O serviço oferecido pelo Melhor em Casa será substitutivo ou complementar à internação hospitalar e ao atendimento ambulatorial, com foco na assistência humanizada e integrado às redes de atenção disponíveis. Pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, por exemplo, poderão ser cuidados pelo Serviço de Atenção Domiciliar.

“A hospitalização é importante, mas quando ela é prolongada, priva a pessoa de ter seu espaço identificante e conviver com sua família. A missão do hospital é resolver problemas agudos, traumas, intensivos, ou seja, aqueles não sejam crônicos. A atenção domiciliar é uma das que mais cresce no mundo e que vem recebendo maior investimento na área de saúde”, afirmou Mariana.

O serviço será organizado em Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (Emad) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (Emap), que darão suporte às Emads, quando necessário. Cada Emad deverá atender, em média, a uma população de 60 habitantes e também poderá contar com o auxílio de profissionais que atuam no Saúde da Família. As equipes serão compostas por até dois médicos, até dois enfermeiros, um fisioterapeuta ou um assistente social e quatro auxiliares/técnicos de enfermagem.

Serão financiados 80% dos custos de cada Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar. Por mês, serão garantidos R$ 34.560,00 para o custeio das Emads, recursos que serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais ou estaduais de saúde.



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