21/01/2005 16h20 - Atualizado em
23/09/2015 09h32
Sesa identifica e controla surto de malária no Norte
A Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde identificou um surto de malária em Vila Valério. Com 28 casos registrados, o foco da doença foi em uma comunidade rural do município, no distrito de Córrego Paraisópolis.
Com uma ação rápida, os técnicos da Vigilância Ambiental lançaram um alerta na região e garantiram o controle da doença, que vem registrando casos por meio da busca ativa de suspeitos na região. Todos os doentes estão sob tratamento supervisionado em domicílio e são avaliados por médicos nas unidades de saúde do Norte do Estado.
A malária registrada em Vila Valério é considerada autóctone, ou seja, transmitida na região. De acordo com o mapeamento dos técnicos da Vigilância Ambiental, o possível introdutor da doença foi um morador de Rondônia, que veio ao Estado a passeio.
Durante o período do alerta, a Vigilância Ambiental Estadual e de Vila Valério tem procurado casos de pacientes que apresentem os seguintes sintomas: quadro febril acompanhado de calafrios, sudorese, dor de cabeça, dores no corpo, vômito e cansaço.
Ações
Técnicos têm realizado uma busca ativa, com visitas casa a casa e coletas de sangue dos suspeitos. Para o combate ao mosquito transmissor da malária, a prefeitura de Vila Valério tem borrifado inseticida nas residências da região de Córrego Paraisópolis.
Alguns dos infectados são moradores de Pinheiros, Pancas, São Domingos do Norte e São Mateus, mas a Vigilância Ambiental ressalta que a fonte ou local de infecção está em Córrego Paraisópolis, em Vila Valério. Quando os doentes passam por tratamento, a doença deixa de ter efeito.
A Vigilância Ambiental Estadual alerta ainda que as pessoas que estiveram em Vila Valério, no período de novembro de 2004 a janeiro deste ano, e apresentaram alguns dos sintomas descritos, devem procurar a unidade de saúde de seus municípios.
O que é a malária?
É uma doença infecciosa, causada por um parasita (protozoário), do gênero Plasmodium e transmitida de uma pessoa para outra, pela picada de um mosquito do gênero Anopheles que se infectou ao sugar o sangue de um doente. Além da transmissão natural, as pessoas podem se infectar por transfusão sangüínea.
Os sintomas da malária, também conhecida por maleita, impaludismo e tremedeira, não aparecem de imediato. Eles surgem após transcorrido o período de incubação, que é o tempo compreendido entre a penetração do parasita no organismo e o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas - entre oito e 30 dias no organismo. Após esse período, a pessoa começa a sentir os sintomas. O tratamento é feito com remédios e dura de dois a sete dias.
A doença é mais comum nos Estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. O Espírito Santo, inserido na região extra-amazônica, apresentou nos últimos oito anos uma média de 108 casos de malária/ano, na sua grande maioria classificados como importados.
Veja aqui a íntegra da entrevista coletiva sobre o surto controlado de Malária
Pergunta: Já existe informação de como a malária teria chegado no Espírito Santo e atingido esses moradores de Vila Valério e também de outros municípios do Norte do Espírito Santo?
Secretário: No Estado, nós temos a presença do mosquito e no passado, tivemos a transmissão natural da doença. A doença chegou ao Estado através de uma pessoa que veio de Rondônia para Vila Valério. Ela estava com a doença e como nós temos o mosquito, que é o vetor, essa doença foi transmitida a outras pessoas no total de 28 registros.
O primeiro caso foi identificado em outubro. Os outros surgiram na sequência. Todas as 28 pessoas foram tratadas. Além disso, foi feito o combate ao mosquito vetor, já que também houve um contágio com pessoas em outros municípios.
Foram feitas buscas caso a caso, busca ativa para a identificação de novos casos e todos os exames foram analisados em um laboratório que foi implantado no município pelo Lacen, para fazer a pesquisa da presença da doença no sangue dos suspeitos, para facilitar o diagnóstico.
Tudo o que precisou ser feito, foi feito, e nós não só tratamos os doentes, mas, como também, interrompemos o ciclo de transmissão da doença.
Pergunta: Existe a preocupação de que novos casos apareçam não só no Norte, mas também na Grande Vitória?
Secretário: A preocupação sempre existe, já que tem uma linha natural de deslocamento de pessoas do Norte do Estado para o Norte do País e pessoas que estão no Norte do Brasil, que moravam aqui, e que porventura venham visitar seus parentes e conhecidos. Então, isso é uma vigilância constante que nós temos, como disse no início, nós temos a presença, em todo o território capixaba do Anopheles, que é o mosquito transmissor dessa doença.
Pergunta: A Secretaria pretende então enviar para os municípios um alerta?
Secretário: Isso já está sendo feito, aliás, já foi feito. Nós vamos reforçar esse trabalho para que todos fiquem atentos e prevenidos, pois os sintomas são inespecíficos. Mas, há de se pensar em malária, quando também se tem sintomas de uma doença viral comum, como febre, calafrios, vômitos, dor de cabeça, dor no corpo, febre intermitente, em determinado momento do dia a pessoa tem sudorese.
Nesse caso, tem de estar atento, porque pode ser um caso de malária. Mas, pela identificação feita em Vila Valério, a partir da busca ativa, este problema que aconteceu se resume aos 28 casos, mas é preciso ficar atento.
Pergunta: Este surto está controlado?
Secretário: Já está absolutamente controlado, resolvido, já que a identificação com a busca ativa foi feita em várias casas e, em alguns distritos, em algumas centenas de casas, exatamente buscando pessoas que poderiam ter esses sintomas.
Então está absolutamente controlado, mas não custa nada ficar atento e pensar no problema. Queremos garantir que em qualquer situação a pessoa possa se tratar e, além disso, garantir a permanência do combate ao vetor para diminuir a infestação do mosquito. Porque, se não tivermos o mosquito e nem tivermos um doente infectado, nós não teremos a infecção da doença.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório/ Clarissa Scárdua/Deyvison Longui
Tels.: 31372378 / 31372315 / 99698271
asscom@saude.es.gov.br
Esta e outras matérias estão disponíveis no site www.es.gov.br
Com uma ação rápida, os técnicos da Vigilância Ambiental lançaram um alerta na região e garantiram o controle da doença, que vem registrando casos por meio da busca ativa de suspeitos na região. Todos os doentes estão sob tratamento supervisionado em domicílio e são avaliados por médicos nas unidades de saúde do Norte do Estado.
A malária registrada em Vila Valério é considerada autóctone, ou seja, transmitida na região. De acordo com o mapeamento dos técnicos da Vigilância Ambiental, o possível introdutor da doença foi um morador de Rondônia, que veio ao Estado a passeio.
Durante o período do alerta, a Vigilância Ambiental Estadual e de Vila Valério tem procurado casos de pacientes que apresentem os seguintes sintomas: quadro febril acompanhado de calafrios, sudorese, dor de cabeça, dores no corpo, vômito e cansaço.
Ações
Técnicos têm realizado uma busca ativa, com visitas casa a casa e coletas de sangue dos suspeitos. Para o combate ao mosquito transmissor da malária, a prefeitura de Vila Valério tem borrifado inseticida nas residências da região de Córrego Paraisópolis.
Alguns dos infectados são moradores de Pinheiros, Pancas, São Domingos do Norte e São Mateus, mas a Vigilância Ambiental ressalta que a fonte ou local de infecção está em Córrego Paraisópolis, em Vila Valério. Quando os doentes passam por tratamento, a doença deixa de ter efeito.
A Vigilância Ambiental Estadual alerta ainda que as pessoas que estiveram em Vila Valério, no período de novembro de 2004 a janeiro deste ano, e apresentaram alguns dos sintomas descritos, devem procurar a unidade de saúde de seus municípios.
O que é a malária?
É uma doença infecciosa, causada por um parasita (protozoário), do gênero Plasmodium e transmitida de uma pessoa para outra, pela picada de um mosquito do gênero Anopheles que se infectou ao sugar o sangue de um doente. Além da transmissão natural, as pessoas podem se infectar por transfusão sangüínea.
Os sintomas da malária, também conhecida por maleita, impaludismo e tremedeira, não aparecem de imediato. Eles surgem após transcorrido o período de incubação, que é o tempo compreendido entre a penetração do parasita no organismo e o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas - entre oito e 30 dias no organismo. Após esse período, a pessoa começa a sentir os sintomas. O tratamento é feito com remédios e dura de dois a sete dias.
A doença é mais comum nos Estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. O Espírito Santo, inserido na região extra-amazônica, apresentou nos últimos oito anos uma média de 108 casos de malária/ano, na sua grande maioria classificados como importados.
Veja aqui a íntegra da entrevista coletiva sobre o surto controlado de Malária
Pergunta: Já existe informação de como a malária teria chegado no Espírito Santo e atingido esses moradores de Vila Valério e também de outros municípios do Norte do Espírito Santo?
Secretário: No Estado, nós temos a presença do mosquito e no passado, tivemos a transmissão natural da doença. A doença chegou ao Estado através de uma pessoa que veio de Rondônia para Vila Valério. Ela estava com a doença e como nós temos o mosquito, que é o vetor, essa doença foi transmitida a outras pessoas no total de 28 registros.
O primeiro caso foi identificado em outubro. Os outros surgiram na sequência. Todas as 28 pessoas foram tratadas. Além disso, foi feito o combate ao mosquito vetor, já que também houve um contágio com pessoas em outros municípios.
Foram feitas buscas caso a caso, busca ativa para a identificação de novos casos e todos os exames foram analisados em um laboratório que foi implantado no município pelo Lacen, para fazer a pesquisa da presença da doença no sangue dos suspeitos, para facilitar o diagnóstico.
Tudo o que precisou ser feito, foi feito, e nós não só tratamos os doentes, mas, como também, interrompemos o ciclo de transmissão da doença.
Pergunta: Existe a preocupação de que novos casos apareçam não só no Norte, mas também na Grande Vitória?
Secretário: A preocupação sempre existe, já que tem uma linha natural de deslocamento de pessoas do Norte do Estado para o Norte do País e pessoas que estão no Norte do Brasil, que moravam aqui, e que porventura venham visitar seus parentes e conhecidos. Então, isso é uma vigilância constante que nós temos, como disse no início, nós temos a presença, em todo o território capixaba do Anopheles, que é o mosquito transmissor dessa doença.
Pergunta: A Secretaria pretende então enviar para os municípios um alerta?
Secretário: Isso já está sendo feito, aliás, já foi feito. Nós vamos reforçar esse trabalho para que todos fiquem atentos e prevenidos, pois os sintomas são inespecíficos. Mas, há de se pensar em malária, quando também se tem sintomas de uma doença viral comum, como febre, calafrios, vômitos, dor de cabeça, dor no corpo, febre intermitente, em determinado momento do dia a pessoa tem sudorese.
Nesse caso, tem de estar atento, porque pode ser um caso de malária. Mas, pela identificação feita em Vila Valério, a partir da busca ativa, este problema que aconteceu se resume aos 28 casos, mas é preciso ficar atento.
Pergunta: Este surto está controlado?
Secretário: Já está absolutamente controlado, resolvido, já que a identificação com a busca ativa foi feita em várias casas e, em alguns distritos, em algumas centenas de casas, exatamente buscando pessoas que poderiam ter esses sintomas.
Então está absolutamente controlado, mas não custa nada ficar atento e pensar no problema. Queremos garantir que em qualquer situação a pessoa possa se tratar e, além disso, garantir a permanência do combate ao vetor para diminuir a infestação do mosquito. Porque, se não tivermos o mosquito e nem tivermos um doente infectado, nós não teremos a infecção da doença.
Informações à Imprensa:
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Gustavo Tenório/ Clarissa Scárdua/Deyvison Longui
Tels.: 31372378 / 31372315 / 99698271
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