24/07/2012 12h55 - Atualizado em
23/09/2015 13h34
Sesa incentiva testagem e vacinação no Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais

Metade das pessoas que têm hepatites B e C não apresenta sintomas e, portanto, pode não saber que tem a doença e que pode transmiti-la para outras pessoas. Por isso, com a proximidade do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, lembrado neste sábado (28), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta a importância de fazer o teste e tomar as medidas de prevenção para evitar sua proliferação. No Espírito Santo, a data será marcada com ações de testagem, vacinação e orientação ao público.
Para aumentar o número de testes durante essa semana, a Sesa está disponibilizando aos municípios 34 mil testes rápidos de hepatites B e C. O procedimento é bastante simples, com a coleta de uma gota de sangue do dedo, e o teste pode ser feito nas unidades de saúde ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), ambos administrados pelos municípios.
Entre as ações programadas, no Terminal de Campo Grande, em Cariacica, o Programa Saúde Ponto a Ponto da Sesa, em parceria com a Prefeitura, realizará testes nesta quinta (26) e sexta-feira (27), das 15 às 19 horas, e no sábado (28), das 9 às 13 horas.
Segundo o coordenador do Programa Estadual de Hepatites da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Moacir Soprani, além dos testes, o foco da campanha deste ano é a vacinação contra hepatite B entre os jovens de até 29 anos e população vulnerável. Isso porque a cobertura vacinal capixaba está bem abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
Até os 14 anos, a cobertura vacinal entre os capixabas é excelente. Porém, a partir dos 15, o índice sofre uma grande queda, com cobertura de 76,7% para jovens de 15 a 19 anos, de 68,2% para os de 20 a 24 anos e de 76,9% para 25 a 29 anos, até fevereiro deste ano. “Para que possamos alcançar a meta de 95% precisamos conscientizar os jovens de que a vacinação é imprescindível”, alerta Soprani.
A vacina é oferecida nas unidades de saúde municipais, são três doses aplicadas no intervalo de seis meses, sem contraindicações (há não ser em casos de alergia aos componentes da vacina) e sem efeitos colaterais importantes.
A doença
As hepatites são infecções por vírus que acometem principalmente o fígado causando inflamação. Elas são divididas nos tipos A, B, C, D e E. A transmissão ocorre por meio de água e alimentos contaminados (tipos A e E), secreção ou sangue (B e C) e relação sexual (mais comum na B). O tipo D da doença só é possível na presença do B e não existe no Espírito Santo.
Apesar da diversidade, os sintomas, quando existem são semelhantes: cansaço, tontura, enjôo, febre, dor na região do fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática e câncer do fígado. Para se detalhar qual é o tipo da doença, é preciso fazer exames específicos, ofertados nas unidades de saúde municipais.
A hepatite B pode ser transmitida de mãe para filho e, por isso, é importante realizar exames durante a gravidez. Em crianças, a doença se manifesta de forma mais grave e a cura só ocorre em 10% dos casos, enquanto nos adultos chega a 95%. “Para aumentar as chances de cura, os bebês devem tomar a vacina com até 12 horas de vida além da imunoglobulina”, explica o coordenador.
Gravidade
Segundo Moacir Soprani, as hepatites B e a C são as mais graves por evoluírem para formas crônicas. Estima-se que 1,5% da população do Espírito Santo seja portadora de hepatite C, enquanto, de acordo com o último inquérito epidemiológico feito no Estado, 2% possuem o vírus da hepatite B.
Ainda assim, há subnotificação e, portanto, os registros podem não representar a realidade da doença no Estado. No caso da B, a prevenção é feita por meio da vacina, uso de preservativo e cuidado na manipulação de material contaminado. A vacina é gratuita para todas as pessoas abaixo de 30 anos e ainda para grupos de risco como portadores de hepatite C, HIV, anemia falciforme, hemofílicos, manicures, pedicuras, pessoas que receberam transfusão de sangue, entre outros.
As hepatites que evoluem para as formas crônicas têm tratamento e a eficácia da terapia está associada ao diagnóstico e do grau de acometimento em que se encontra o paciente. Por isso, quanto mais cedo for descoberta, melhor. A hepatite do tipo B geralmente evolui para cura espontânea. Já a do tipo C tem cura para metade dos pacientes. Com os novos medicamentos que deverão ser ofertados pelo Ministério da Saúde ainda este ano, essa cura deverá chegar a 80%.
O acesso ao diagnóstico e o tratamento é feito na unidade de saúde do município. O Estado conta com serviços de referência para hepatites B e C nos Hospitais Infantil de Vitória, Santa Casa de Misericórdia de Vitória e Hucam, e nos CTAs de Linhares, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim e Colatina.
Casos de hepatites virais confirmados no Espírito Santo:
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Alessandra Fornazier/Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Para aumentar o número de testes durante essa semana, a Sesa está disponibilizando aos municípios 34 mil testes rápidos de hepatites B e C. O procedimento é bastante simples, com a coleta de uma gota de sangue do dedo, e o teste pode ser feito nas unidades de saúde ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), ambos administrados pelos municípios.
Entre as ações programadas, no Terminal de Campo Grande, em Cariacica, o Programa Saúde Ponto a Ponto da Sesa, em parceria com a Prefeitura, realizará testes nesta quinta (26) e sexta-feira (27), das 15 às 19 horas, e no sábado (28), das 9 às 13 horas.
Segundo o coordenador do Programa Estadual de Hepatites da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Moacir Soprani, além dos testes, o foco da campanha deste ano é a vacinação contra hepatite B entre os jovens de até 29 anos e população vulnerável. Isso porque a cobertura vacinal capixaba está bem abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
Até os 14 anos, a cobertura vacinal entre os capixabas é excelente. Porém, a partir dos 15, o índice sofre uma grande queda, com cobertura de 76,7% para jovens de 15 a 19 anos, de 68,2% para os de 20 a 24 anos e de 76,9% para 25 a 29 anos, até fevereiro deste ano. “Para que possamos alcançar a meta de 95% precisamos conscientizar os jovens de que a vacinação é imprescindível”, alerta Soprani.
A vacina é oferecida nas unidades de saúde municipais, são três doses aplicadas no intervalo de seis meses, sem contraindicações (há não ser em casos de alergia aos componentes da vacina) e sem efeitos colaterais importantes.
A doença
As hepatites são infecções por vírus que acometem principalmente o fígado causando inflamação. Elas são divididas nos tipos A, B, C, D e E. A transmissão ocorre por meio de água e alimentos contaminados (tipos A e E), secreção ou sangue (B e C) e relação sexual (mais comum na B). O tipo D da doença só é possível na presença do B e não existe no Espírito Santo.
Apesar da diversidade, os sintomas, quando existem são semelhantes: cansaço, tontura, enjôo, febre, dor na região do fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática e câncer do fígado. Para se detalhar qual é o tipo da doença, é preciso fazer exames específicos, ofertados nas unidades de saúde municipais.
A hepatite B pode ser transmitida de mãe para filho e, por isso, é importante realizar exames durante a gravidez. Em crianças, a doença se manifesta de forma mais grave e a cura só ocorre em 10% dos casos, enquanto nos adultos chega a 95%. “Para aumentar as chances de cura, os bebês devem tomar a vacina com até 12 horas de vida além da imunoglobulina”, explica o coordenador.
Gravidade
Segundo Moacir Soprani, as hepatites B e a C são as mais graves por evoluírem para formas crônicas. Estima-se que 1,5% da população do Espírito Santo seja portadora de hepatite C, enquanto, de acordo com o último inquérito epidemiológico feito no Estado, 2% possuem o vírus da hepatite B.
Ainda assim, há subnotificação e, portanto, os registros podem não representar a realidade da doença no Estado. No caso da B, a prevenção é feita por meio da vacina, uso de preservativo e cuidado na manipulação de material contaminado. A vacina é gratuita para todas as pessoas abaixo de 30 anos e ainda para grupos de risco como portadores de hepatite C, HIV, anemia falciforme, hemofílicos, manicures, pedicuras, pessoas que receberam transfusão de sangue, entre outros.
As hepatites que evoluem para as formas crônicas têm tratamento e a eficácia da terapia está associada ao diagnóstico e do grau de acometimento em que se encontra o paciente. Por isso, quanto mais cedo for descoberta, melhor. A hepatite do tipo B geralmente evolui para cura espontânea. Já a do tipo C tem cura para metade dos pacientes. Com os novos medicamentos que deverão ser ofertados pelo Ministério da Saúde ainda este ano, essa cura deverá chegar a 80%.
O acesso ao diagnóstico e o tratamento é feito na unidade de saúde do município. O Estado conta com serviços de referência para hepatites B e C nos Hospitais Infantil de Vitória, Santa Casa de Misericórdia de Vitória e Hucam, e nos CTAs de Linhares, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim e Colatina.
Casos de hepatites virais confirmados no Espírito Santo:
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Alessandra Fornazier/Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
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