09/03/2005 15h43 - Atualizado em 23/09/2015 09h32

Sesa monitora casos de leptospirose

A Coordenação de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) tem monitorado o avanço da leptospirose no Espírito Santo. Foram registrados de janeiro até agora, 90 casos da doença, com 13 confirmações. Em 2004, foram 976 casos registrados, com 13 óbitos. 126 ocorrências foram confirmadas por meio de exame laboratorial.

Os municípios que têm causado preocupação são Santa Teresa, com 16 notificações; Vitória com oito; Cariacica com nove registros; Vila Velha com seis casos e João Neiva tem cinco casos suspeitos.

A Sesa tem trabalhado em duas frentes para combater a doença. A primeira é a distribuição de medicamentos enviados pelo Ministério da Saúde para tratar os residentes dos municípios afetados pela chuva. A segunda é o uso da informação para evitar novos casos.

A secretaria de Saúde do Estado começou, nesta segunda-feira, a distribuir mais de 240 mil comprimidos divididos entre 27 tipos de medicamentos, entre antibióticos, antinflamatórios, analgésicos, antitérmicos, antiparasitários, anti-hipertensivos, antiasmáticos, soros para hidratação e para o tratamento da água.

Os 21 municípios do estado que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública, como é o caso de João Neiva. Vão receber os medicamentos. A distribuição está sendo feita pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) e o primeiro município a retirar os remédios foi Guaçui.

Além disso, um material educativo com informações sobre a leptospirose estará sendo entregue à população. Uma equipe de técnicos da Sesa está envolvida nesse trabalho.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa grave, causada por uma bactéria, Leptospira, eliminada principalmente pela urina dos ratos, que pode sobreviver em locais úmidos (mala, água, margens de córrego).

A transmissão se dá pelo contato com água ou lama contaminadas com urina de animais infectados e também pode ocorrer pela ingestão de alimentos, medicamentos e a água de beber contaminados.

Os surtos da doença costumam ocorrer quando as águas das chuvas ainda estão baixando ou quando as pessoas retornam às suas residências e procedem à limpeza das casas.

O período de incubação varia, em média, de 7 a 14 dias e os sintomas são variados, podendo ocorrer vômitos, dor de cabeça, calafrios, febre alta, fraqueza, dores musculares, principalmente na barriga da perna, coloração amarelada da pele, tosse, sangramentos na pele e insuficiência renal.

“É importante que, logo que surjam os sintomas, após o contato com águas de enchente ou esgoto, procurar a Unidade de Saúde mais próxima da residência”, alertou Luiz Cláudio.

Cuidados

Em tempos de enchentes, alguns cuidados são importantes:
• Lave chão, paredes, objetos caseiros e roupas atingidas pela enchente com sabão e água sanitária (1 copo de água sanitária para 1 balde de 20 litros de água);
• Todos os alimentos e remédios que foram molhados deverão ser jogados fora;
• Se a caixa d’água foi invadida, não use esta água antes da desinfecção do reservatório, usando a solução de 1 litro de água sanitária para cada 1000 litros de água.

Informações à Imprensa:
Informações Adicionais:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Gustavo Tenório/ Clarissa Scárdua/ Deyvison Longui
Tels: 31372378 / 31372315 / 99698271
asscom@saude.es.gov.br
Esta e outras matérias estão disponíveis no site www.es.gov.br
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard