06/08/2008 11h33 - Atualizado em 23/09/2015 13h21

Sesa, MPE e cirurgiões plásticos decidem por suspensão da lipoaspiração e lipoenxertia em todo o Estado

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), o Ministério Público Estadual (MPE), a Sociedade Brasileira dos Cirurgiões Plásticos, Regional Espírito Santo (SBCP-ES) e o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Espírito Santo (Sindhes) decidiram pela suspensão dos serviços de lipoaspiração e lipoenxertia em todo o Espírito Santo.

A decisão, anunciada na manhã desta quarta-feira (06), foi tomada após reunião entre as instituições na noite desta terça-feira (05). A medida é de caráter preventivo e visa a garantir a saúde pública, a tranqüilidade da população e o direito do consumidor.

Para o secretário da Saúde, Anselmo Tozi, a ação representa o compromisso da Sesa com a população. Tozi explicou que desde o ano passado, quando surgiram as primeiras notificações, a Secretaria vem executando todos os procedimentos necessários para preservar a saúde individual e coletiva dos capixabas.

Segundo Anselmo Tozi, a medida, que começa a valer a partir desta quarta-feira (06), foi tomada em comum acordo após conversas com os órgãos competentes e em função dos dois acontecimentos distintos relativos à micobactéria: os registros de 2007 e o novo caso da espécie diferente do microorganismo confirmado neste ano.

De acordo com Tozi, fica mantida a determinação anterior da Sesa de que os hospitais e clínicas que realizam os procedimentos apresentem, até o dia 30 de agosto, seus protocolos de limpeza e esterilização. A liberação dos estabelecimentos para voltar a fazer cirurgias está condicionada à apresentação dos documentos e comprovação da compra de instrumental novo.

Fiscalizações

Ao todo, desde o início das fiscalizações (que começaram dia 18 de julho), até esta terça-feira (05), 41 instituições da Região Metropolitana de Vitória e do interior que realizam os procedimentos passaram por investigação. As amostras de cânulas com resíduos recolhidas estão em análise no Laboratório Central (Lacen).

O Lacen estabeleceu um protocolo específico para exames de todas as amostras de instrumental cirúrgico recolhido e está fazendo estudos para descobrir se existem microorganismos nos equipamentos.

Apreensão

A ação de apreensão preventiva de materiais cirúrgicos foi determinada após a confirmação de um caso de contaminação por micobactéria (Mycobacterium abscessus do tipo 1) em um estabelecimento da Grande Vitória, diferente da que causou um surto em 2007, a Mycobacterium massiliense do tipo 2.

A Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) da Sesa está analisando os processos de limpeza e esterilização nos procedimentos de lipoaspiração e lipoenxertia.

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