26/01/2009 06h36 - Atualizado em
23/09/2015 13h23
Sesa orienta município de Castelo no atendimento às vítimas do alagamento
Uma equipe de especialistas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que esteve em Castelo, município da Região Sul capixaba, nesta sexta-feira (23), se reuniu com profissionais da área da saúde local para passar orientações sobre o atendimento às vítimas das fortes chuvas que acometeram a cidade durante a noite desta quinta-feira (22).
Os representantes da Sesa se encontraram com a secretária municipal de saúde, Magda Callegari, com profissionais da Vigilância Sanitária, Ambiental, Epidemiológica, da Assistência Farmacêutica e com a coordenação do Programa Saúde da Família (PSF).
De acordo com o coordenador do Centro de Informações Estratégicas e Respostas às Emergências em Saúde Pública (Cievs), Gilton Almada, após a realização da reunião ficou decidido que a Unidade de Saúde de Castelo funcionará neste sábado e domingo, em horário habitual, das 7 às 17 horas, e prestará atendimento de portas abertas, ou seja, sem marcação de consulta.
Além disso, o grupo, formado por sanitarista, farmacêutico, enfermeiro e assistente social, passou orientações quanto aos cuidados que devem ser observados para a manutenção do abrigo das vítimas, como a qualidade da água, cocção de alimentos e higiene local.
Os comerciantes da região afetada também foram orientados quanto ao descarte de alimentos contaminados e medicamentos que tiveram contato com a água do alagamento. Todos esses cuidados visam à prevenção de doenças relacionadas às enchentes, como leptospirose, hepatite A, febre tifóide e doenças diarreicas.
Não houve perda de medicamentos da secretaria municipal de Saúde, entretanto, a Sesa entregou ao município um kit disponibilizado pelo Ministério da Saúde (MS) com remédios – antibióticos, analgésicos, antiinflamatórios – e materiais hospitalares, como ataduras, gazes, esparadrapos e seringas, bem como 1.250 fracos de hipoclorito de sódio – usado na descontaminação de água potável.
Orientações
A Secretaria recomenda não utilizar ou ingerir água de poços, fontes ou minas que foram alagados. Além disso, a água não deve ser usada sem um prévio tratamento por fervura ou com hipoclorito de sódio a 2,5%. As pessoas que tiveram suas casas inundadas devem desinfetar o ambiente, ou seja, todas as paredes, pisos e utensílios, com água sanitária.
Nos alagamentos, o sistema doméstico de armazenamento de água pode ser contaminado, sendo necessária sua desinfecção. A limpeza dos reservatórios se faz necessária, mesmo quando os mesmos não são atingidos diretamente pela água da enchente.
Para limpar e desinfetar o reservatório (caixa d’água), recomenda-se:
- Esvaziar a caixa d’água e lavá-la, esfregando bem as paredes e o fundo. Não esquecer que é preciso usar botas de borracha e luvas nesta atividade;
- Esvaziar a caixa d’água completamente, retirando toda a sujeira, utilizando pá, balde e panos;
- Concluída a limpeza, colocar 1 litro de água sanitária para cada mil litros de água do reservatório;
- Abrir a entrada para encher a caixa com água limpa;
- Após 30 minutos, abrir as torneiras por alguns segundos, com vistas à entrada da água com solução na tubulação doméstica;
- Aguardar quatro horas para a desinfecção do reservatório e canalizações;
abrir as torneiras, podendo aproveitar a água para limpeza em geral de chão e paredes.
Cuidado com a água para consumo humano direto
Se o domicílio não estiver sendo abastecido com água do sistema público e esta água for proveniente de poço, cacimba, fonte, rio, riacho, açude, entre outras, deverá ser procedida a cloração no local utilizado para armazenamento (reservatório, tanque, tonel etc) utilizando-se o hipoclorito de sódio a 2,5%, nas seguintes dosagens:
Cuidados na limpeza da lama residual
A lama dos alagamentos tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida aos móveis, paredes e chão. Recomenda-se, então, retirá-la (sempre se protegendo com luvas e botas de borracha) e lavar o local que, a seguir, deve ser desinfetado com uma solução de água sanitária na seguinte proporção: para um balde de 20 litros de água, adicionar quatro xícaras de café (copinhos de 50ml) de água sanitária.
Cuidados com os alimentos
É essencial a atenção aos alimentos que entraram em contato com as águas de alagamento, pois poderão ser contaminados. O ideal como prevenção é armazená-los em locais elevados, acima do nível das águas. Mas se isto não for possível, recomenda-se:
- Manter os alimentos devidamente acondicionados, fora do alcance de roedores, insetos ou outros animais;
- Lavar freqüentemente as mãos com água tratada antes de manipular os alimentos;
Alimentos em estado natural:
- Itens como frutas em geral, verduras, legumes, arroz, feijão, soja e ervilha devem ser inutilizados, pois sofrem transformações quando em contato com as águas de enchente.
- Já produtos como carnes, peixes, leite, ovos, pão, açúcar, café e manteiga devem ser inutilizados, pois se contaminam facilmente pelas águas, além da natureza de suas embalagens, que geralmente são de plástico ou papel; portanto, é perigosa qualquer tentativa de aproveitamento dos mesmos.
Alimentos preparados:
- Lingüiça, mortadela, queijos e similares deverão ser também inutilizados após o contato com as águas, pois sua contaminação é total, devido ao tipo de embalagem, geralmente de plástico ou papel.
Alimentos enlatados:
- As latas que estiverem amassadas, enferrujadas ou semi-abertas deverão ser inutilizadas, porém, as que permanecerem em bom estado e que não tiveram contato com as águas, poderão ser lavadas com uma solução de água sanitária na proporção de 1/100, preparada do seguinte modo: 1 litro de água sanitária para 100 litros de água, ou ½ litro de água sanitária para 50 litros de água, ou ¼ litro de água sanitária para 25 litros de água.
Confira alguns cuidados necessários para evitar as doenças:
- Não jogue lixo ou objetos nos rios, pois eles represam as águas e, com a chuva, podem causar enchentes;
- Evite contato com água e lama de enchentes e impeça que as crianças nadem ou brinquem nesses ambientes;
- Evite contato com água e lama, usando sempre botas e luvas de borracha, ou sacos plásticos amarrados nos pés e nos braços;
- Mantenha os quintais sempre limpos, evitando o acúmulo de entulhos que favoreçam a presença de ratos;
- Coloque o lixo em sacos plásticos e em recipientes tampados, para evitar a proliferação de ratos. Além disso, envie-o para a coleta pouco antes de o lixeiro passar.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Os representantes da Sesa se encontraram com a secretária municipal de saúde, Magda Callegari, com profissionais da Vigilância Sanitária, Ambiental, Epidemiológica, da Assistência Farmacêutica e com a coordenação do Programa Saúde da Família (PSF).
De acordo com o coordenador do Centro de Informações Estratégicas e Respostas às Emergências em Saúde Pública (Cievs), Gilton Almada, após a realização da reunião ficou decidido que a Unidade de Saúde de Castelo funcionará neste sábado e domingo, em horário habitual, das 7 às 17 horas, e prestará atendimento de portas abertas, ou seja, sem marcação de consulta.
Além disso, o grupo, formado por sanitarista, farmacêutico, enfermeiro e assistente social, passou orientações quanto aos cuidados que devem ser observados para a manutenção do abrigo das vítimas, como a qualidade da água, cocção de alimentos e higiene local.
Os comerciantes da região afetada também foram orientados quanto ao descarte de alimentos contaminados e medicamentos que tiveram contato com a água do alagamento. Todos esses cuidados visam à prevenção de doenças relacionadas às enchentes, como leptospirose, hepatite A, febre tifóide e doenças diarreicas.
Não houve perda de medicamentos da secretaria municipal de Saúde, entretanto, a Sesa entregou ao município um kit disponibilizado pelo Ministério da Saúde (MS) com remédios – antibióticos, analgésicos, antiinflamatórios – e materiais hospitalares, como ataduras, gazes, esparadrapos e seringas, bem como 1.250 fracos de hipoclorito de sódio – usado na descontaminação de água potável.
Orientações
A Secretaria recomenda não utilizar ou ingerir água de poços, fontes ou minas que foram alagados. Além disso, a água não deve ser usada sem um prévio tratamento por fervura ou com hipoclorito de sódio a 2,5%. As pessoas que tiveram suas casas inundadas devem desinfetar o ambiente, ou seja, todas as paredes, pisos e utensílios, com água sanitária.
Nos alagamentos, o sistema doméstico de armazenamento de água pode ser contaminado, sendo necessária sua desinfecção. A limpeza dos reservatórios se faz necessária, mesmo quando os mesmos não são atingidos diretamente pela água da enchente.
Para limpar e desinfetar o reservatório (caixa d’água), recomenda-se:
- Esvaziar a caixa d’água e lavá-la, esfregando bem as paredes e o fundo. Não esquecer que é preciso usar botas de borracha e luvas nesta atividade;
- Esvaziar a caixa d’água completamente, retirando toda a sujeira, utilizando pá, balde e panos;
- Concluída a limpeza, colocar 1 litro de água sanitária para cada mil litros de água do reservatório;
- Abrir a entrada para encher a caixa com água limpa;
- Após 30 minutos, abrir as torneiras por alguns segundos, com vistas à entrada da água com solução na tubulação doméstica;
- Aguardar quatro horas para a desinfecção do reservatório e canalizações;
abrir as torneiras, podendo aproveitar a água para limpeza em geral de chão e paredes.
Cuidado com a água para consumo humano direto
Se o domicílio não estiver sendo abastecido com água do sistema público e esta água for proveniente de poço, cacimba, fonte, rio, riacho, açude, entre outras, deverá ser procedida a cloração no local utilizado para armazenamento (reservatório, tanque, tonel etc) utilizando-se o hipoclorito de sódio a 2,5%, nas seguintes dosagens:
Cuidados na limpeza da lama residual
A lama dos alagamentos tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida aos móveis, paredes e chão. Recomenda-se, então, retirá-la (sempre se protegendo com luvas e botas de borracha) e lavar o local que, a seguir, deve ser desinfetado com uma solução de água sanitária na seguinte proporção: para um balde de 20 litros de água, adicionar quatro xícaras de café (copinhos de 50ml) de água sanitária.
Cuidados com os alimentos
É essencial a atenção aos alimentos que entraram em contato com as águas de alagamento, pois poderão ser contaminados. O ideal como prevenção é armazená-los em locais elevados, acima do nível das águas. Mas se isto não for possível, recomenda-se:
- Manter os alimentos devidamente acondicionados, fora do alcance de roedores, insetos ou outros animais;
- Lavar freqüentemente as mãos com água tratada antes de manipular os alimentos;
Alimentos em estado natural:
- Itens como frutas em geral, verduras, legumes, arroz, feijão, soja e ervilha devem ser inutilizados, pois sofrem transformações quando em contato com as águas de enchente.
- Já produtos como carnes, peixes, leite, ovos, pão, açúcar, café e manteiga devem ser inutilizados, pois se contaminam facilmente pelas águas, além da natureza de suas embalagens, que geralmente são de plástico ou papel; portanto, é perigosa qualquer tentativa de aproveitamento dos mesmos.
Alimentos preparados:
- Lingüiça, mortadela, queijos e similares deverão ser também inutilizados após o contato com as águas, pois sua contaminação é total, devido ao tipo de embalagem, geralmente de plástico ou papel.
Alimentos enlatados:
- As latas que estiverem amassadas, enferrujadas ou semi-abertas deverão ser inutilizadas, porém, as que permanecerem em bom estado e que não tiveram contato com as águas, poderão ser lavadas com uma solução de água sanitária na proporção de 1/100, preparada do seguinte modo: 1 litro de água sanitária para 100 litros de água, ou ½ litro de água sanitária para 50 litros de água, ou ¼ litro de água sanitária para 25 litros de água.
Confira alguns cuidados necessários para evitar as doenças:
- Não jogue lixo ou objetos nos rios, pois eles represam as águas e, com a chuva, podem causar enchentes;
- Evite contato com água e lama de enchentes e impeça que as crianças nadem ou brinquem nesses ambientes;
- Evite contato com água e lama, usando sempre botas e luvas de borracha, ou sacos plásticos amarrados nos pés e nos braços;
- Mantenha os quintais sempre limpos, evitando o acúmulo de entulhos que favoreçam a presença de ratos;
- Coloque o lixo em sacos plásticos e em recipientes tampados, para evitar a proliferação de ratos. Além disso, envie-o para a coleta pouco antes de o lixeiro passar.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
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