30/01/2008 16h13 - Atualizado em 23/09/2015 13h19

Sesa pede atenção e cuidados com plantas tóxicas

Nas férias, as famílias aproveitam o período para levar as crianças para brincar em jardins e descansar e passear em sítios, chácaras e fazendas, o que aumenta o risco e o registro de acidentes com plantas tóxicas. De acordo com o Centro de Atendimento Toxicológico do Espírito Santo (Toxcen-ES), em 2006 foram registrados 203 casos de intoxicação por plantas no Estado.

Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) indicam que 60% dos casos de intoxicação por plantas ocorrem com crianças menores de nove anos, sendo que 80% deles são acidentais. Esses números servem como alerta para os pais, que devem ficar atentos a espécies perigosas comuns em residências, praças e jardins, onde as crianças brincam.

No Espírito Santo, a faixa etária mais atingida é de um a quatro anos, com 79 ocorrências em 2006. Já com crianças entre cinco e nove anos, foram registradas 37 ocorrências. Os pequenos têm o costume de pegar as folhas, flores e talos para brincar. Por isso, é bom orientá-los e os pais devem ficar atentos.

Entre as principais causadoras estão comigo-ninguém-pode, com 61 casos; pinhão, com 20; boleira com 14 e bucha-paulista com 10. As plantas desconhecidas foram responsáveis por 35 ocorrências. Copo-de-leite, bico-de-papagaio, espirradeira, lírio, coroa-de-cristo e cacto, que são muito comuns nos jardins, também são tóxicos.

Perigo nos jardins e em casa

Muitas plantas usadas em brincadeiras de crianças possuem partes tóxicas. As bolinhas de mamona, por exemplo, deixam nas mãos uma proteína tóxica chamada de ricina, que causa náuseas, vômito, cólica e diarréia.

A folhagem de comigo-ninguém-pode, comum na ornamentação, tem um líquido viscoso que, se ingerido, pode provocar edema na garganta, levando à asfixia e, em casos extremos, até à morte. A coroa-de-cristo, planta espinhosa com flor vermelha comum em jardins, também tem uma espécie de látex que provoca queimadura.

As folhas e a raiz da mandioca, muito utilizada na culinária brasileira, quando não preparada corretamente, podem causar vômitos, cólica intestinal, sonolência e falta de ar, entre outros sintomas.

Já todas as partes da Taioba e da Cheflera, muito comuns em jardins, são tóxicas. Entre os sintomas de intoxicação por estas plantas estão queimação, irritação e edema de mucosas, salivação e dificuldade de engolir, diarréia, vômitos e náusea.

Em todos os casos de envenenamento é preciso procurar a unidade de saúde mais próxima para a orientação adequada. Quando for possível, levar o causador ou o nome do produto que causou o envenenamento junto com a vítima.

Em casos de dúvidas, tanto da comunidade como da classe médica, é possível entrar em contato com o Toxcen-ES pelos telefones (27) 3137 2400 ou 0800 283 9904. O atendimento é feito 24 horas.

Cuidados com plantas:

* Mantenha plantas longe do alcance das crianças;
* Ensine às crianças a apreciar as plantas sem tocá-las;
* Mesmo que sejam lindas, não cultive plantas comprovadamente tóxicas no jardim ou dentro da sua casa;
* Conheça as plantas que tem em casa e arredores pelo nome e características;
* Não coma plantas desconhecidas. Lembre-se que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas;
* Lembrar que aquecimento ou cozimento nem sempre destrói a substância tóxica de uma planta;
* Quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas ou lave bem as mãos após esta atividade;
* Não faça remédios ou chás caseiros preparados com plantas, sem orientação médica;
* Não fazer brinquedos ou apitos de talos de plantas desconhecidas.

Plantas tóxicas:

* Filodendro;
* Banana-de-macaco;
* Imbê;
* Tracoá;
* Curuba;
* Costela-de-adão;
* Comigo-ninguém-pode;
* Cheflera;
* Monstera;
* Banana-do-mato;
* Copo-de-leite;
* Bucha-paulista;
* Mandioca;
* Bico-de-papagaio;
* Avelós;
* Roxinha;
* Cacto;
* Coroa-de-cristo;
* Urtiga;
* Jequiriti;
* Pinhão-paraguaio;
* Mamãozinho;
* Mamona;
* Chapéu-de-napoleão;
* Espirradeira;
* Estramônio;
* Lírio;
* Saia-branca.

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Texto: Rovena Storch
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