21/09/2007 12h59 - Atualizado em 23/09/2015 10h01

Sesa promove 1º seminário sobre controle de zoonoses e divulga campanha vacinação anti-rábica

Cerca de 100 pessoas participaram do 1º Seminário de Posse Responsável, Bem-estar Animal e Controle de Zoonoses, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com a Coordenação Estadual do Programa de Profilaxia da Raiva e o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). O evento foi realizado nesta quinta-feira (20), no auditório do Hospital da Polícia Militar (HPM).

Durante o evento foi anunciada a realização da Campanha Estadual de Vacinação Anti-rábica para cães e gatos, que será realizada no dia 27 de outubro em todo o Espírito Santo. A expectativa é de que sejam vacinados cerca de 390 mil cães e 70 mil gatos.

O secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tose, esteve pela manhã no seminário e destacou que os cidadãos precisam ter consciência dos problemas gerados pelo abandono animal. “É preciso que sociedade, municípios, Estado e Ongs se juntem em parceria para encontrar saídas eficientes no controle de zoonoses”.

O objetivo da campanha, segundo o responsável técnico estadual do Controle de Zoonoses, Augusto Marchon Zago, é discutir a posse responsável, o bem-estar animal e o controle de zoonoses. “O animal abandonado nas ruas pode transmitir doenças, agredir pessoas e até provocar acidentes”, comenta. Zago lembra que “se alguém pegar um animal para criar deve cuidar dele até o fim”.

A partir das discussões realizadas no seminário serão formuladas diretrizes para um controle animal humanitário. Além disso, será providenciado um curso de padronização para os agentes de controle de zoonoses.

Os temas abordados no seminário foram: Política de Controle de Zoonoses - Situação Atual e Perspectivas; Situação dos Centros de Controle de Zoonoses no Estado do Espírito Santo; Controle Populacional de Cães e Gatos; Educação para Posse Responsável e Bem Estar Animal e Eutanásia Animal.

Uma das palestras de destaque teve como tema Legislação e Políticas Públicas, ministrada por Maria de Lourdes Raichman, do Instituto Pasteur, de São Paulo. De acordo com a palestrante, é estritamente necessário trabalhar o controle de zoonoses. “Quando as secretarias municipais e estaduais começam a atuar, a população se revolta porque não aceita o combate de animais. Mas é preciso entender que quando há o abandono de animais há um desequilíbrio. A idéia é melhorar a qualidade de vida da população”, defende.

Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde, 67% das doenças que acontecem nas comunidades são da área de zoonoses, ou seja, transmitidas por animais. Lourdes Raichman afirma, que, por isso, é preciso estabelecer uma situação de equilíbrio para que haja saúde, conservação do meio ambiente e preservação do bem-estar animal. “Quando não há controle, os problemas são evidentes. Dispersão de lixos, proliferação de ratos e baratas, acidentes de trânsito, doenças e atropelamentos”.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma média de 420 mil pessoas, de 2002 até agora, estão sendo tratadas pelos serviços de saúde por agressões. Desse total, 90% são por cães.

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Texto: Lorena Fraga/Leandro Tedesco
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