11/08/2011 09h01 - Atualizado em
23/09/2015 13h31
Sesa promove oficina sobre hanseníase para profissionais de saúde da Grande Vitória
O Programa de Controle da Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promove no próximo dia 18 de agosto a oficina “Abordagem Geral e Acompanhamento automatizado de pacientes com úlceras Hansênicas”, voltada para profissionais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos que atuam na atenção ao paciente com hanseníase nas Unidades de Saúde da Grande Vitória.
O curso será ministrado pelo cirurgião vascular do Hospital São Lucas, Dr. Eliud Garcia Duarte, das 13 às 17 horas, no auditório do Diário de Imprensa Oficial (DIO). Serão abordados temas como “Aspectos clínicos e fisiopatológicos das úlceras crônicas”, “Diagnóstico diferencial de úlceras crônicas em membros inferiores”, “Abordagem precoce e acompanhamento da evolução clínica, com orientações via rede social”, e “Curativos especiais - indicação e manuseio num centro de tratamento de ulceras crônicas”.
Segundo a coordenadora do Programa da Sesa, Marizete Altoé Puppin, cerca de 40 profissionais participarão da oficina, que também será uma oportunidade de atualização quanto à organização do fluxo de atendimento nas unidades de referência.
Dados
O Espírito Santo registrou 1026 novos casos de hanseníase em 2010, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número mostra uma redução de 22 casos em relação ao ano anterior e confirma a tendência de queda e controle da doença que vem sendo observada no Estado desde 2003, quando foram detectadas 1.787 novas ocorrências.
A hanseníase é uma doença com tratamento e cura e o Espírito Santo apresenta um dos melhores índices de resolutividade do Brasil, com mais de 90% de cura. O bom desempenho explica-se, em parte, pelo baixo índice de abandono de tratamento, que se mantém abaixo de 5%, desde 2001. O percentual restante refere-se a pacientes que se mudaram do Estado ou foram a óbito por alguma outra causa.
Mesmo que o Programa Estadual de Controle da Hanseníase venha investindo na descoberta de novos casos, a endemia continua em declínio. Dentre as atividades desenvolvidas que influenciaram no comportamento da doença, Marizete destaca o treinamento dos profissionais das unidades básicas de saúde, incluindo as equipes de Estratégia de Saúde da Família, visando à descentralização das ações de controle da doença, com conseqüente melhora da acessibilidade ao tratamento, educação em saúde para a população e monitoramento sistemático da evolução da doença nos municípios.
“O Estado conta com, no mínimo, uma unidade de saúde com programa implantado em cada um de seus municípios”, informa. Ela acrescenta que 83% das unidades básicas desenvolvem algum tipo de ação de controle da hanseníase.
Outra contribuição importante foi a expansão do Projeto Saber Hanseníase, programa de ações educativas desenvolvido nas escolas públicas de ensino médio e fundamental para divulgação da informação sobre hanseníase. No final de 2010, o projeto contava com adesão de 100% das escolas da rede estadual em 67% dos municípios e 100% das escolas da rede municipal em 59% dos municípios, concentrados principalmente nas regiões Norte e Noroeste, as maiores incidências do Estado, juntamente com a Grande Vitória.
Apesar do alto índice de cura, a Sesa aposta no diagnóstico precoce como forma de controle da doença. O Exame de Contatos é uma das principais formas de prevenção. A partir de um caso identificado na família, são adotadas medidas de prevenção entre os demais moradores da casa, já que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa.
A incidência da doença no Espírito Santo foi de 29 casos para cada 100 mil habitantes ao final de 2010. Apesar da queda consecutiva do número de novos casos, a incidência ainda é considerada alta para os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A meta de eliminação da hanseníase é chegar a uma prevalência de menos de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes. O Estado encerrou o ano de 2010 com prevalência de 2,8 casos por 10 mil habitantes.
Saiba mais
A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois até mais de 10 anos.
A enfermidade pode causar lesões físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico rápido e tratamento imediato. Os primeiros registros datam de 600 A.C. na Ásia que, junto com a África, pode ser considerada o berço da doença. Atualmente, a Índia apresenta o maior número de casos, seguida pelo Brasil.
Além de manchas na pele, com perda ou alteração de sensibilidade, a hanseníase pode apresentar áreas de pele seca e com falta de suor; sensação de formigamento, dor e choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, diminuição da força muscular, úlceras e nódulos no corpo, entre outros.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
O curso será ministrado pelo cirurgião vascular do Hospital São Lucas, Dr. Eliud Garcia Duarte, das 13 às 17 horas, no auditório do Diário de Imprensa Oficial (DIO). Serão abordados temas como “Aspectos clínicos e fisiopatológicos das úlceras crônicas”, “Diagnóstico diferencial de úlceras crônicas em membros inferiores”, “Abordagem precoce e acompanhamento da evolução clínica, com orientações via rede social”, e “Curativos especiais - indicação e manuseio num centro de tratamento de ulceras crônicas”.
Segundo a coordenadora do Programa da Sesa, Marizete Altoé Puppin, cerca de 40 profissionais participarão da oficina, que também será uma oportunidade de atualização quanto à organização do fluxo de atendimento nas unidades de referência.
Dados
O Espírito Santo registrou 1026 novos casos de hanseníase em 2010, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número mostra uma redução de 22 casos em relação ao ano anterior e confirma a tendência de queda e controle da doença que vem sendo observada no Estado desde 2003, quando foram detectadas 1.787 novas ocorrências.
A hanseníase é uma doença com tratamento e cura e o Espírito Santo apresenta um dos melhores índices de resolutividade do Brasil, com mais de 90% de cura. O bom desempenho explica-se, em parte, pelo baixo índice de abandono de tratamento, que se mantém abaixo de 5%, desde 2001. O percentual restante refere-se a pacientes que se mudaram do Estado ou foram a óbito por alguma outra causa.
Mesmo que o Programa Estadual de Controle da Hanseníase venha investindo na descoberta de novos casos, a endemia continua em declínio. Dentre as atividades desenvolvidas que influenciaram no comportamento da doença, Marizete destaca o treinamento dos profissionais das unidades básicas de saúde, incluindo as equipes de Estratégia de Saúde da Família, visando à descentralização das ações de controle da doença, com conseqüente melhora da acessibilidade ao tratamento, educação em saúde para a população e monitoramento sistemático da evolução da doença nos municípios.
“O Estado conta com, no mínimo, uma unidade de saúde com programa implantado em cada um de seus municípios”, informa. Ela acrescenta que 83% das unidades básicas desenvolvem algum tipo de ação de controle da hanseníase.
Outra contribuição importante foi a expansão do Projeto Saber Hanseníase, programa de ações educativas desenvolvido nas escolas públicas de ensino médio e fundamental para divulgação da informação sobre hanseníase. No final de 2010, o projeto contava com adesão de 100% das escolas da rede estadual em 67% dos municípios e 100% das escolas da rede municipal em 59% dos municípios, concentrados principalmente nas regiões Norte e Noroeste, as maiores incidências do Estado, juntamente com a Grande Vitória.
Apesar do alto índice de cura, a Sesa aposta no diagnóstico precoce como forma de controle da doença. O Exame de Contatos é uma das principais formas de prevenção. A partir de um caso identificado na família, são adotadas medidas de prevenção entre os demais moradores da casa, já que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa.
A incidência da doença no Espírito Santo foi de 29 casos para cada 100 mil habitantes ao final de 2010. Apesar da queda consecutiva do número de novos casos, a incidência ainda é considerada alta para os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A meta de eliminação da hanseníase é chegar a uma prevalência de menos de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes. O Estado encerrou o ano de 2010 com prevalência de 2,8 casos por 10 mil habitantes.
Saiba mais
A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois até mais de 10 anos.
A enfermidade pode causar lesões físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico rápido e tratamento imediato. Os primeiros registros datam de 600 A.C. na Ásia que, junto com a África, pode ser considerada o berço da doença. Atualmente, a Índia apresenta o maior número de casos, seguida pelo Brasil.
Além de manchas na pele, com perda ou alteração de sensibilidade, a hanseníase pode apresentar áreas de pele seca e com falta de suor; sensação de formigamento, dor e choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, diminuição da força muscular, úlceras e nódulos no corpo, entre outros.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9983-3246 / 9969-8271 / 9943-2776
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