14/05/2007 08h39 - Atualizado em 23/09/2015 09h44

Sesa promove semana de mobilização das Comissões de Controle de Infecção dos Hospitais do Estado

Dia 15 de maio é o Dia Nacional de Controle de Infecção Hospitalar. Para destacar a data, a Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar do Espírito Santo (CECIH/ES) e a Associação Capixaba de Profissionais de Controle de Infecção Hospitalar (ACAPCIH) realizam, a partir desta segunda (14), até sexta-feira (18), uma semana de mobilização e divulgação das ações da Comissão de Controle de Infecção dos Hospitais (CCHIs). A promoção do evento é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual do Controle de Infecção Hospitalar, Ângela Lourenço Rodrigues, durante esta semana, é esperado que sejam divulgados para a comunidade trabalhos desenvolvidos pelas Comissões de Controle de Infecção de todas as unidades de saúde do Estado. Um exemplo é a campanha nacional pelo direito à informação sobre o controle de infecções hospitalares, lançada em 2006 pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), com o título “Exijo saber informação sobre controle de infecções hospitalares”.

A CCIH é uma equipe de profissionais designada pela direção do hospital que, de acordo com a legislação brasileira, é obrigatória em todas as unidades de saúde do país. Esta equipe tem, basicamente, o objetivo de detectar casos de infecção hospitalar e conhecer as principais contaminações encontradas no serviço; elaborar normas de assepsia; treinar profissionais da saúde na prevenção e controle da doença; realizar controle da prescrição de antibióticos e recomendar medidas de isolamento de doenças transmissíveis.

Para tanto, é necessário que os envolvidos na CCIH possuam qualificação para a atuação. Há exigências legais para manutenção de pelo menos um médico e um enfermeiro em cada equipe. No entanto, outros profissionais também podem participar, basta terem formação de nível superior, como farmacêuticos, microbiologistas, epidemiologistas, enfermeiros, representantes médicos da área cirúrgica, clínica e obstétrica. Além deles, a administração do hospital também pode colaborar na implantação e recomendações das CCIHs.

A infecção hospitalar

A infecção hospitalar é causada pela presença e multiplicação de microrganismos (bactérias, fungos, vírus e protozoários) no corpo do paciente. Esses micróbios se encontram no próprio corpo humano, do paciente e dos profissionais médicos, em materiais e instrumentos contaminados (termômetros, máscaras de nebulização, sondas para endoscopias, pinças cirúrgicas), na água, alimentos e em medicamentos contaminados.

Ela se manifesta durante a internação ou até mesmo depois que o paciente recebe alta do hospital e ataca pessoas com condições de saúde mais delicadas, como é o caso de diabéticos, pacientes com baixa imunidade, recém-nascidos ou idosos. Os hábitos de vida e a gravidade da doença que motivou a internação também influenciam.

São vários os modos de transmissão, destacando-se procedimentos médicos invasivos, como cirurgias, cateterismo cardíaco, em veias ou artérias, sondas para alimentação e urina e aparelhos para respirar. Além desses, exames radiológicos com utilização de contraste, retirada de pequenas lesões da pele e nódulos de mama também são outros meios de difusão.

Os sintomas de uma infecção hospitalar são parecidos com os de uma infecção comum, entre outros, febre, dor no local afetado, alteração de exames laboratoriais, fraqueza. No entanto, para ser comprovada a contaminação hospitalar é necessária a consulta com profissionais médicos ou enfermeiros que trabalham no controle da doença.

Algumas dicas de como prevenir ou tornar menos graves as infecções hospitalares

- Evitar o uso desnecessário de antibióticos, não se automedicar; buscar orientação médica;

- Lavar as mãos com freqüência ao chegar ao hospital, antes de cumprimentar o paciente internado, após utilizar o toalete e antes de sair do hospital;

- Não levar alimentos ou flores para o paciente (elas podem transportar bactérias e outros microrganismos);

- Evitar levar crianças ao hospital para visitar pacientes;

- Quando for indicado para cirurgia ou estiver se preparando para o parto, nunca raspar os pêlos em casa. Deixar que o profissional do hospital o faça;

- Não visitar pacientes internados quando tiver uma doença infecto-contagiosa, como resfriado, gripe, diarréia, machucado com secreção, sarampo, catapora;

- Exigir que os profissionais de saúde lavem as mãos quando forem cuidar de você: é importante lavar as mãos ou fazer higienização com álcool gel antes e após o cuidado de qualquer paciente, utilização de luvas ao tocar em sangue ou secreções, e nos casos de pacientes com bactérias resistentes;

- Não fumar nas dependências do hospital;

- Respeitar os pacientes com precauções de isolamento, pois eles podem transmitir doenças com mais facilidade ou podem ter mais chance de adquirir doenças;

- Ao procurar assistência, escolher e exigir um hospital que possua uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e seguir as suas recomendações.


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