27/09/2007 17h27 - Atualizado em 23/09/2015 10h01

Sesa realiza ações para comemorar o Dia de Prevenção à Gravidez na Adolescência

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza nesta quinta (27) e sexta-feira (28) diversas ações referentes à prevenção da gravidez na adolescência. No Espírito Santo, somente em 2005, foram registradas mais de 10 mil gestantes com idade entre 10 a 19 anos.

O programa Materno-Infantil da Sesa participa nesta quinta (27) e sexta-feira (28) da VII Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, que acontece no Alice Vitória Hotel, em Vitória. Também na sexta-feira (28), haverá o lançamento do projeto “Na Real: gravidez na adolescência não é legal”, uma parceria das Secretarias de Educação e Saúde.

O Dia de Prevenção à Gravidez na Adolescência é comemorado em 26 de setembro. No Brasil, a cada ano, mais de 600 mil meninas de 10 a 19 anos ficam grávidas. Essa é a 4ª causa de evasão escolar no País. Isso, porque a adolescente que engravida e não tem a proteção da família e da sociedade tem grande possibilidade de abandonar a escola. No caso dos rapazes, sair da escola para assumir as responsabilidades paternas é outra conseqüência da gravidez nesse período.

Segundo dados da Unesco, as principais causas da gravidez na adolescência são: aumento da liberdade social e necessidade de auto-afirmação; pressão do grupo social e pensamento mágico; estímulo da mídia; dificuldade de acesso a métodos contraceptivos; pouca presença de programa de educação sexual nas escolas; aconselhamento sexual baseado em tabus.

Figuram na lista também a resistência dos pais em dialogar sobre sexualidade; a falta de informações sobre planejamento sexual e reprodutivo; a falta de conhecimento dos jovens sobre si mesmos e sobre a realidade que os cerca; e a falta de estímulos para que os jovens idealizem e mobilizem esforços em torno de um projeto de vida.

Conferência

O tema da VII Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente deste ano será “Concretizar Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes: Investimentos Obrigatórios” e será promovida pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Criad).

A coordenadora do programa Materno-Infantil da Sesa, Drª Laura Diniz, vai participar de uma das oficinas – Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária: marco regulatório da política de proteção – que objetiva garantir o direito a crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, favorecendo apoio e proteção às famílias.

A segunda oficina será relacionada ao Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), que visa a fornecer parâmetros para atendimento de adolescentes em conflito com a lei. O Sinase, que existe desde 2003, será discutido na Conferência com o objetivo de que ele seja implementado no Espírito Santo e no país.

O terceiro assunto debatido traz o tema Orçamento Criança e Adolescente: garantia de direitos. Durante essa oficina será defendida a inserção dessa faixa etária no orçamento das secretarias estaduais e municipais, para que haja o desenvolvimento das políticas públicas voltadas a elas.

Saúde e Prevenção nas escolas

Uma das formas de se evitar a gravidez na adolescência e a infecção por doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a Aids, é por meio da educação nas escolas. Nesse sentido, as Secretarias de Estado da Saúde (Sesa) e de Educação (Sedu), vêm implementando desde o início deste ano o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), que já têm apresentado resultados.

Nesta sexta-feira (28), a Escola Estadual de Ensino Médio Mário Gurgel, em Terra Vermelha, realizará atividades voltadas ao tema para os alunos e para a comunidade, das 15 às 18 horas.

Os alunos vão transformar as salas no “Labirinto da Prevenção”. No percurso serão apresentados temas ligados às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), vulnerabilidade, aids, auto-estima e preservativos como auxílio à prevenção.

O SPE tem o objetivo de aproveitar a estrutura do ensino da rede pública (espaço físico e profissional) para aproximar os estudantes de assuntos que nem sempre são fáceis de serem abordados, como saúde sexual e reprodutiva, gravidez na adolescência, DST, aids e o uso de drogas. A proposta é que essa discussão seja ampliada para toda a sociedade civil, universidades, por representantes de saúde e pelos próprios pais.

De acordo com a representante da Sesa no SPE, a assistente social Célia Mara Pauletti, a palavra-chave do projeto é prevenção. Segundo ela, é preciso que a informação chegue primeiro ao jovem para que ele possa contribuir, sobretudo, para a redução da incidência das DST, aids e gravidez na adolescência.

Informações à Imprensa:
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Texto: Lorena Fraga
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