22/10/2007 06h23 - Atualizado em 23/09/2015 10h01

Sesa realiza Curso de Capacitação sobre Poxivirose nesta segunda (22)

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza, nesta segunda-feira (22), uma atualização do Curso de Capacitação sobre Poxivirose.

Para coordenar o evento, a Sesa conta com o apoio das universidades federais do Espírito Santo (Ufes) e de Minas Gerais (UFMG), do Cento de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag) e da Universidade de Vila Velha (UVV), que cederá o auditório do Cine Teatro para a reunião.

A poxivirose ou pseudo-varíola é uma zoonose transmitida através do contato direto com pessoas ou animais infectados, principalmente os bovinos. Desde 2005, ela tem acometido principalmente os trabalhadores rurais, que lidam com animais no dia-a-dia. Os ordenhadores são os mais atingidos pela moléstia, já que freqüentemente entram em contato com as vacas para tirar o leite.

Segundo o coordenador do Centro de Informações Estratégicas da Sesa, Gilton Almada, a poxivirose é uma doença relativamente nova no Estado. Portanto, espera-se que o curso sirva para que os profissionais participantes sejam familiarizados com os aspectos da enfermidade e que, sobretudo, comecem a dirigir ações no sentido de vigiar e diagnosticar possíveis casos suspeitos.

Gilton explica que a falta de informação sobre a pseudo-varíola e os sintomas brandos (que não levam ao óbito) apresentados por ela impedem que os municípios endêmicos façam uma notificação específica. Isso acaba contribuindo para que a zoonose permaneça desconhecida.

“Ela é uma doença nova aqui no Espírito Santo, por isso temos que notificar para conhecer o seu universo e a sua prevenção”, diz Gilton. Por isso o foco do curso é conhecer para intervir.

Ficha de notificação

Para melhorar esse canal de informação sobre a moléstia, durante o encontro será apresentada uma ficha de notificação de poxivirose desenvolvida pela Secretaria e Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS) e pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). A Ficha de Investigação Individual (FII) foi adaptada aos moldes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ferramenta mais conhecida pelos técnicos municipais.

O método de vigilância proposto no Espírito Santo em dezembro do ano passado, durante a 5° Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas (Expoepi), realizada em Brasília, foi escolhido pelo Ministério como modelo para o Brasil inteiro.

É esperada a capacitação de profissionais das Vigilâncias Sanitárias e Epidemiológicas dos 78 municípios do Espírito Santo, bem como a dos representantes de todas as Superintendências Regionais. Os técnicos do Laboratório Central (Lacen) da Sesa voltarão a atenção para os aspectos do diagnóstico da zoonose. O Instituto de Defesa Agropecuária do Espírito Santo (Idaf) também participará.

No total, aproximadamente duzentas pessoas devem comparecer ao evento. Anteriormente, já foi feito um curso na Regional Colatina, que agrega cidades no norte do Estado, onde alguns casos de poxivirose foram notificados.

A poxivirose ou pseudo-varíola

Apesar da semelhança no nome, não se pode confundir pseudo-varíola com varíola. “Elas têm um quadro semelhante, mas a pseudo-varíola não causa aquele transtorno todo causado pela varíola”, conta Gilton Almada. A varíola, que foi uma das responsáveis pela Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, já foi erradicada no mundo desde a década de 1970.

Os sintomas da poxivirose ou pseudo-varíola são febre, dor no corpo e vesículas na mão que evoluem para uma crosta muito dolorida, o gera um transtorno para as pessoas que dependem da atividade braçal para a sobrevivência, tais como os trabalhadores rurais.

Programação:

- Segunda-feira (22)

8 horas – Recepção com café da manhã
9 horas – Poxivirose: situação epidemiológica. Profª. Drª. Erna Geessien Kroon (ICB, UFMG)
9h30 – Doenças causadas por Poxivirus. Profª. Drª. Erna Geessien Kroon
10 horas – A doença no gado. Prof. Dirlei Molinari Danatele (Ufes)
11 horas – Poxivirose: doença emergente ou reemergente? Drª. Giliane Trindade (CDC, EUA)
12 horas – Intervalo para o almoço
13 horas – Diagnóstico. Drª. Giliane Trindaded
14 horas – Manifestações clínicas e tratamentos no homem. Prof. Dr. Maurício Lacerda Nogueira (Famerp, SP)
14h50 – Intervalo
15h10 – Controle e prevenção da doença. Prof. Dr. Dirlei Molinari Donatele
16 horas – Encerramento

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Texto: Marcos Bonn
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