08/09/2008 06h40 - Atualizado em 23/09/2015 13h21

Sesa realiza II Fórum Estadual sobre Suicídio

Suicídio: é possível prever? O que leva a essa atitude? Essas serão algumas das abordagens do II Fórum Estadual sobre Suicídio que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio do Centro de Atendimento Toxicológico (Toxcen), vai promover no dia 10 de setembro, a partir das 8 horas, no auditório do Senac da Avenida Beira Mar, em Vitória.

Psicólogos, enfermeiros, estudantes e demais profissionais interessados vão discutir, até as 18 horas, o tema por meio de mesas-redondas, debates e conferência. Como preletores, devem participar representantes do Ministério da Saúde (MS), da Sesa e profissionais da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O objetivo central do Fórum, segundo o psicanalista Ítalo Campos, é falar sobre contemporaneidade, violência e suicídio, com um enfoque multidisciplinar. “A preocupação com o problema leva em conta dados do Toxcen que mostram que as intoxicações por medicamentos em adultos, média de 200 por mês, são motivadas por tentativas de suicídio. Anualmente, são mais de 2 mil notificações – em sua maioria, mulheres acima de 12 anos de idade. Consideramos o suicídio um problema de saúde pública”, disse Ítalo Campos.

Prevenção

Segundo Ítalo Campos, as ações de prevenção ao suicídio estão associadas a: acesso à educação, distribuição de renda, saúde mental, acesso aos serviços de saúde, controle dos fatores de risco ambientais, preservação da cultura e respeito às minorias.

Em 2004, segundo o Ministério da Saúde (MS), alguns estados e capitais brasileiras já apresentavam taxas de suicídio comparáveis aos países com índices preocupantes. No Brasil, a taxa de mortalidade por suicídio era de 4,5 mortes por 100 mil habitantes.

No mundo, conforme estimativas de estudiosos, o suicídio mata, por ano, cerca de um milhão de pessoas, provocando mais mortes do que as guerras, acidentes automobilísticos e homicídios somados.
Na visão da psicóloga Márcia Dall Orto, o número de tentativas de suicídio pode ser diminuído com projetos sociais. “É importante, também, incentivos para pesquisas científicas, capacitação de profissionais, mais recursos de assistência à comunidade".

O MS tem atuado na prevenção ao suicídio por meio da portaria GM nº 2.542 de 22/12/2005, que instituiu um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar e implantar a Estratégia Nacional de Prevenção ao Suicídio. Esse grupo é formado por órgãos de saúde e também instituições de ensino superior e organizações civis.

Outra portaria, a GM nº 1.876 de 14/08/2006, define as Diretrizes Nacionais para Prevenções do Suicídio. É proposto iniciativas de ação a serem desenvolvidas nos estados da Federação. São elas:

- Promoção de qualidade de vida, de educação, de proteção e de recuperação da saúde e de prevenção de danos;

- Informação a sociedade que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido;

- Organização da linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação) em todos os níveis de atenção, garantindo o acesso às diferentes modalidades terapêuticas;

- Identificação da prevalência dos determinantes e condicionantes do suicídio e tentativas, assim como os fatores protetores e o desenvolvimento de ações intersetoriais de responsabilidade pública, sem excluir a responsabilidade de toda a sociedade;

- Promoção da educação permanente dos profissionais de saúde das unidades de atenção básica, inclusive do Programa Saúde da Família, dos serviços de saúde mental, das unidades de urgência e emergência, de acordo com os princípios da integralidade e da humanização.

Vale considerar que uma grande preocupação do MS se refere a atenção aos familiares dos suicidas, no sentido de cuidar dos danos causados pelo impacto do comportamento suicida.


Programação:

8 horas – Recepção/Inscrições
9 horas – Abertura. Mesa Redonda
10 horas – Conferência: “Vidas Interrompidas”
12 horas – Debate
12h30 – Intervalo
13h30 – “A Realidade do Espírito Santo”
14h45 – Debate
15h15 - Intervalo
15h30 – “O Suicídio sob Diferentes Abordagens”
17h30 – Debate
18 horas – Encerramento

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Ana Paula Costa/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
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Texto: Syria Luppi syriabaptista@saude.es.gov.br
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