18/08/2008 15h39 - Atualizado em 23/09/2015 13h21

Sesa realiza reunião com sociedades médicas do Espírito Santo

O secretário de Estado da Saúde do Estado, Anselmo Tozi, se reúne nesta terça-feira (19), às 10 horas, com as regionais capixabas de 10 sociedades médicas com o objetivo de compartilhar dados e repassar orientações relativas à infecção por micobactéria no Espírito Santo. O encontro, que é uma iniciativa de caráter preventivo da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), acontece no Laboratório Central (Lacen).

Foram convidados os presidentes das Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia, Urologia, Coloproctologia, Pneumologia, Ortopedia e Traumatologia, Endoscopia Digestiva, Angiologia e Cirurgia Vascular, Cirurgia Videolaparoscópica e Otorrinolaringologia.

O surto que atingiu estabelecimentos particulares do Estado em julho de 2007 e foi controlado pela Sesa em agosto do mesmo ano, infectou 195 pessoas que realizaram videocirurgias. Em 2008, estão confirmados seis casos de infecção, por um outro tipo de micobactéria, em cirurgias de lipoaspiração e lipoenxertia. Desses acontecimentos resultaram alterações nos protocolos de limpeza e esterilização dos instrumentais cirúrgicos e maior rigor nas fiscalizações sanitárias.

A micobactéria

A micobactéria de crescimento rápido (MCR) é um microorganismo encontrado no solo, na água e eventualmente no ser humano que pode gerar dificuldades na recuperação de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos, sobretudo as videocirurgias. Trata-se de um bacilo da família das bactérias que causam a tuberculose.

Existem mais de cem espécies de micobactérias catalogadas no mundo. No Brasil, o microorganismo já foi notificado na maioria dos estados desde 2003. No Espírito Santo, o fenômeno é mais recente ainda. Os primeiros casos suspeitos surgiram a partir de julho de 2007.

A transmissão da MCR pode estar relacionada ao mau reprocessamento dos instrumentais e aparelhos utilizados em procedimentos invasivos. Não há, portanto, relatos de contaminação entre pessoas até o momento. O período de incubação da bactéria pode variar de duas semanas a 12 meses.

As infecções podem envolver praticamente qualquer tecido, órgão ou sistema do corpo humano, e é mais freqüente o acometimento na camada interna da pele. Os infectados apresentam sintomas como dor intensa, vermelhidão, aparecimento de lesão e nódulos (pequenos caroços), dificuldade de cicatrização e secreção no local da incisão cirúrgica.

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