04/06/2012 08h27 - Atualizado em
23/09/2015 13h33
Sesa reforça importância de realizar teste do pezinho na primeira semana de vida

Doenças congênitas que podem causar graves sequelas em bebês, como retardo intelectual, podem ser evitadas ou minimizadas com um simples teste realizado na primeira semana de vida da criança. A triagem neonatal, mais conhecida como teste do pezinho, é ofertada nas unidades de saúde de todo o Estado e tem alta cobertura entre os recém-nascidos. No entanto, no Dia Nacional do Teste do Pezinho, lembrado nesta quarta-feira (06), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta aos pais para que não deixem de levar seus bebês para realizá-lo até o sétimo dia de vida.
Segundo o médico geneticista do Hospital Estadual Infantil de Vitória e da Apae, Hector Yuri Conti Wanderley, cerca de 45 % dos bebês realizam o exame entre o 2º e 7º dia de vida, o que é o mais recomendado. Mais da metade dos bebês, porém, é levada pelos pais às unidades entre o 7º e 30º dia de vida, o que reduz as possibilidades de tratamento.
“O objetivo da campanha deste ano é aumentar as triagens na primeira semana de vida. Todas as doenças diagnosticadas durante o teste têm tratamento, mas este deve ser iniciado precocemente para uma melhor evolução”, ressalta o especialista.
A coleta de sangue do pezinho do bebê é feita nas unidades de saúde dos municípios e a amostra é enviada para exame laboratorial na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Vitória, órgão credenciado como serviço de referência do Ministério da Saúde no Estado.
Após a coleta do sangue, o resultado do exame fica pronto em aproximadamente 15 dias. Se houver alteração, a criança deverá ser encaminhada para a Apae de Vitória, onde serão realizados novos exames para confirmação do diagnóstico. Quando uma das doenças é confirmada, o paciente é direcionado à rede complementar de saúde para iniciar o tratamento, que inclui uso de medicamentos e dietas especiais.
De acordo com o médico, apesar das doenças serem raras, quando analisadas em conjunto, de cada 800 bebês que nascem, pelo menos um é diagnosticado com uma das quatro doenças. Atualmente, existem no Estado mais de 600 pacientes em acompanhamento após diagnosticados durante a triagem neonatal, implantada no Estado há 20 anos.
O Espírito Santo é um dos quatro Estados do país que estão na fase III, a mais avançada do teste do pezinho, contemplando os exames para diagnóstico de Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias e fibrose cística. A Sesa está avaliando a inclusão de mais duas outras doenças no serviço de triagem: a deficiência de biotinidase e a hiperplasia adrenal congênita.
Para orientar os profissionais de saúde sobre o tema, a Sesa realiza nesta quarta-feira (06), às 15 horas, uma videoconferência sobre os aspectos práticos do teste. Para participar, todos os interessados devem se cadastrar no site do Telessaúde, no endereço HTTP://telessaude.ifes.edu.br
Doenças
O Hipotireoidismo congênito é uma deficiência na glândula tireóide, que requer reposição hormonal, caso contrário acarreta lesões neurológicas irreversíveis já no primeiro mês de vida. Quando há confirmação do diagnóstico, a criança é encaminhada para acompanhamento com um endocrinologista.
Já a fenilcetonúria é uma desordem do metabolismo que causa problemas intelectuais e de desenvolvimento se não for tratada. Na fenilcetonúria, o corpo não consegue processar uma porção da proteína chamada fenilalanina, que está em quase todos os alimentos. Se o nível de fenilalanina ficar muito alto, o cérebro pode ser danificado levando ao retardo mental, com sintomas a partir do terceiro mês de vida.
Quem tem essa doença precisa de uma dieta especial e não pode comer nenhum tipo de carne, cereais, ovos e laticínios, somente sendo permitidas algumas frutas e verduras. O alimento principal dos portadores da fenilcetonúria é o suplemento alimentar à base de aminoácidos.
A fibrose cística é uma doença genética grave que leva a complicações pulmonares e na digestão de alimentos. Os pacientes têm baixa imunidade e, portanto, sofrem com infecções, afetando a qualidade de vida. Antes da triagem neonatal muitos eram diagnosticados tardiamente ou nem chegavam à idade adulta.
Por último, a doença falciforme causa deformação das hemácias, que assumem forma de foices, causando deficiência no transporte de oxigênio. É a de maior incidência entre as quatro diagnosticadas no teste do pezinho.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/ Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9983-3246/9969-8271/ 9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
Segundo o médico geneticista do Hospital Estadual Infantil de Vitória e da Apae, Hector Yuri Conti Wanderley, cerca de 45 % dos bebês realizam o exame entre o 2º e 7º dia de vida, o que é o mais recomendado. Mais da metade dos bebês, porém, é levada pelos pais às unidades entre o 7º e 30º dia de vida, o que reduz as possibilidades de tratamento.
“O objetivo da campanha deste ano é aumentar as triagens na primeira semana de vida. Todas as doenças diagnosticadas durante o teste têm tratamento, mas este deve ser iniciado precocemente para uma melhor evolução”, ressalta o especialista.
A coleta de sangue do pezinho do bebê é feita nas unidades de saúde dos municípios e a amostra é enviada para exame laboratorial na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Vitória, órgão credenciado como serviço de referência do Ministério da Saúde no Estado.
Após a coleta do sangue, o resultado do exame fica pronto em aproximadamente 15 dias. Se houver alteração, a criança deverá ser encaminhada para a Apae de Vitória, onde serão realizados novos exames para confirmação do diagnóstico. Quando uma das doenças é confirmada, o paciente é direcionado à rede complementar de saúde para iniciar o tratamento, que inclui uso de medicamentos e dietas especiais.
De acordo com o médico, apesar das doenças serem raras, quando analisadas em conjunto, de cada 800 bebês que nascem, pelo menos um é diagnosticado com uma das quatro doenças. Atualmente, existem no Estado mais de 600 pacientes em acompanhamento após diagnosticados durante a triagem neonatal, implantada no Estado há 20 anos.
O Espírito Santo é um dos quatro Estados do país que estão na fase III, a mais avançada do teste do pezinho, contemplando os exames para diagnóstico de Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias e fibrose cística. A Sesa está avaliando a inclusão de mais duas outras doenças no serviço de triagem: a deficiência de biotinidase e a hiperplasia adrenal congênita.
Para orientar os profissionais de saúde sobre o tema, a Sesa realiza nesta quarta-feira (06), às 15 horas, uma videoconferência sobre os aspectos práticos do teste. Para participar, todos os interessados devem se cadastrar no site do Telessaúde, no endereço HTTP://telessaude.ifes.edu.br
Doenças
O Hipotireoidismo congênito é uma deficiência na glândula tireóide, que requer reposição hormonal, caso contrário acarreta lesões neurológicas irreversíveis já no primeiro mês de vida. Quando há confirmação do diagnóstico, a criança é encaminhada para acompanhamento com um endocrinologista.
Já a fenilcetonúria é uma desordem do metabolismo que causa problemas intelectuais e de desenvolvimento se não for tratada. Na fenilcetonúria, o corpo não consegue processar uma porção da proteína chamada fenilalanina, que está em quase todos os alimentos. Se o nível de fenilalanina ficar muito alto, o cérebro pode ser danificado levando ao retardo mental, com sintomas a partir do terceiro mês de vida.
Quem tem essa doença precisa de uma dieta especial e não pode comer nenhum tipo de carne, cereais, ovos e laticínios, somente sendo permitidas algumas frutas e verduras. O alimento principal dos portadores da fenilcetonúria é o suplemento alimentar à base de aminoácidos.
A fibrose cística é uma doença genética grave que leva a complicações pulmonares e na digestão de alimentos. Os pacientes têm baixa imunidade e, portanto, sofrem com infecções, afetando a qualidade de vida. Antes da triagem neonatal muitos eram diagnosticados tardiamente ou nem chegavam à idade adulta.
Por último, a doença falciforme causa deformação das hemácias, que assumem forma de foices, causando deficiência no transporte de oxigênio. É a de maior incidência entre as quatro diagnosticadas no teste do pezinho.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/ Anny Giacomin/Jucilene Borges/Marcos Bonn
Texto: Alessandra Fornazier
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