26/03/2009 08h30 - Atualizado em
23/09/2015 13h23
Sesa registra 16.559 notificações de dengue no Estado

O Núcleo de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou, em 2009, 16.559 notificações de dengue em todo o Espírito Santo. Os dados foram apurados até o dia 15 de março e correspondem à décima primeira semana epidemiológica deste ano.
Semana Período Notificações
Os municípios com maior quantidade de notificações absolutas são, na ordem: Nova Venécia, Serra, Vila Velha, Vitória e Baixo Guandu.
Municípios com maior número absoluto de notificações:
*Não notificou na décima primeira semana
Evolução das notificações por semana epidemiológica
Região Metropolitana
Outros municípios em análise
Incidência
Os municípios com maior incidência da dengue são, respectivamente: Ponto Belo, Nova Venécia, Mucurici, Montanha e Baixo Guandu. O número de ocorrências denota a intensidade com que acontece uma doença em uma população e mede a probabilidade de surgimento de casos novos em um determinado local.
Medir a incidência é importante para avaliar a situação da doença em um município em relação ao quadro geral do Estado. Um local com maior número absoluto de casos pode não ser o de maior risco, se relacionado ao seu número de habitantes.
Quanto maior a incidência, maior o risco coletivo de adoecimento em um determinado município. Para o cálculo, divide-se o número de notificações pelo número da população do município e multiplica-se este valor por 100 mil.
Municípios com maior incidência de notificações por habitante:
Óbitos
Em 2009 houve 15 mortes suspeitas por dengue grave. Destas, oito foram confirmadas pela Sesa e um óbito foi descartado. Seis estão sendo avaliadas pelo Comitê de Investigação de Óbito da Secretaria.
Dos oito óbitos confirmados, quatro foram em decorrência de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), registrados nos municípios de Serra, Vitória, Linhares e Vila Velha. As outras quatro mortes, enquadradas como Dengue com Complicações (DCC), aconteceram em Vila Velha (02), Cariacica (01) e Serra (01).
Dengue com Complicação é todo caso que não se enquadre nos critérios de FHD e a classificação de dengue clássica é insatisfatória, dada a gravidade do quadro clínico-laboratorial. Nessa situação, um dos itens a seguir caracteriza o quadro: alterações neurológicas, disfunção cardiorrespiratória, insuficiência hepática e hemorragia digestiva.
As análises dos casos em investigação são concluídas, geralmente, em até 90 dias, a contar da data do óbito.
Óbitos em investigação e confirmados (sem contar o caso descartado):
Central de Vagas
Em março, a Central de Internação de Urgência da Sesa já registrou, até esta quarta-feira (25), 1.950 solicitações de internação, 293 das quais para suspeitas de dengue ou febre hemorrágica, o que representa um aumento de 474% em relação a janeiro, quando foram contabilizados 51 pedidos para os casos da doença. Das 260 compras de leitos em instituições privadas neste mês, 176, ou seja, 67%, foram referentes a pacientes com dengue.
Números da Central de Vagas (março/2009):
- 1.950 solicitações de internação à Central
- 260 compras de leitos em instituições privadas
- 293 solicitações de leitos por suspeita de dengue ou febre hemorrágica
- 176 compras relacionadas à suspeita de dengue ou febre hemorrágica
Manejo clínico
Segundo protocolo do Ministério da Saúde (MS), o manejo clínico – acompanhamento dos sinais e sintomas do paciente – para suspeita de dengue deve seguir uma rotina de anamnese (histórico que vai desde os sintomas até o momento da observação clínica, realizado com base nas lembranças do paciente) e exame físico e laboratorial.
A conduta do profissional de saúde é realizada de acordo com a classificação do paciente e a gravidade do caso. A prova do laço – exame feito com aparelho de aferir pressão e que visa a detectar o primeiro sinal de sangramento leve, que mostra a fragilidade dos vasos sanguineos – deve ser feita obrigatoriamente em todos os casos de suspeita de dengue.
Sintomas da dengue clássica: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nos olhos e prostração.
Sintomas da dengue grave: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hemorragias importantes, sonolência e irritabilidade, diminuição da diurese, diminuição repentina da temperatura corpórea, queda abrupta de plaquetas e desconforto respiratório, sensação de desmaio, pele fria e pintas pelo corpo.
Sinais de choque: hipotensão postural, pressão arterial convergente, extremidades frias, pulso rápido e fino, enchimento capilar lento e hipotensão arterial.
* Crianças, gestantes, idosos, cardiopatas, hipertensos, diabéticos e pessoas portadoras de outras enfermidades devem ter cuidados especiais.
A fim de se detectar a dengue com precisão, é feita a sorologia pelo método Elisa. Para isto, o sangue deve ser coletado preferencialmente a partir do sétimo dia da doença. Este exame é preconizado pelo MS e, em períodos normais, é feito em 100% dos casos. Em períodos epidêmicos, é realizado em 10% dos casos.
É importante ressaltar que o agravamento da doença pode ocorrer no período em que o paciente não apresenta mais febre. Na criança, a doença pode se agravar no quarto, quinto ou sexto dia. Já no adulto, no quinto, sexto ou sétimo dia da doença. No entanto, nem todos os casos evoluem para uma forma mais grave da doença.
Hidratação
Aos primeiros sinais de sintomas da dengue – febre, dor de cabeça, dor no corpo e nos olhos e prostração – a pessoa com suspeita deve começar a se hidratar ainda em casa.
Para a hidratação, o paciente deve aumentar a ingestão de líquidos, como água, sucos, chás, água de coco, soro caseiro (uma colher de sopa rasa de açúcar, uma colher de café rasa de sal para um copo pequeno de água) e ainda por soro de pacotinho, vendido nas farmácias. Este último deve ser diluído conforme instruções na embalagem.
Um paciente bem hidratado vai ao banheiro várias vezes e apresenta urina clara, saliva fluida e lágrimas. Mesmo assim, a ingestão de líquidos não deve ser cessada.
Nos casos de paciente com FHD, durante o atendimento, a hidratação deve ser feita com soro intravenoso. Além de salvar vidas, a hidratação ameniza os sintomas da dengue.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Semana Período Notificações
Os municípios com maior quantidade de notificações absolutas são, na ordem: Nova Venécia, Serra, Vila Velha, Vitória e Baixo Guandu.
Municípios com maior número absoluto de notificações:
*Não notificou na décima primeira semana
Evolução das notificações por semana epidemiológica
Região Metropolitana
Outros municípios em análise
Incidência
Os municípios com maior incidência da dengue são, respectivamente: Ponto Belo, Nova Venécia, Mucurici, Montanha e Baixo Guandu. O número de ocorrências denota a intensidade com que acontece uma doença em uma população e mede a probabilidade de surgimento de casos novos em um determinado local.
Medir a incidência é importante para avaliar a situação da doença em um município em relação ao quadro geral do Estado. Um local com maior número absoluto de casos pode não ser o de maior risco, se relacionado ao seu número de habitantes.
Quanto maior a incidência, maior o risco coletivo de adoecimento em um determinado município. Para o cálculo, divide-se o número de notificações pelo número da população do município e multiplica-se este valor por 100 mil.
Municípios com maior incidência de notificações por habitante:
Óbitos
Em 2009 houve 15 mortes suspeitas por dengue grave. Destas, oito foram confirmadas pela Sesa e um óbito foi descartado. Seis estão sendo avaliadas pelo Comitê de Investigação de Óbito da Secretaria.
Dos oito óbitos confirmados, quatro foram em decorrência de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), registrados nos municípios de Serra, Vitória, Linhares e Vila Velha. As outras quatro mortes, enquadradas como Dengue com Complicações (DCC), aconteceram em Vila Velha (02), Cariacica (01) e Serra (01).
Dengue com Complicação é todo caso que não se enquadre nos critérios de FHD e a classificação de dengue clássica é insatisfatória, dada a gravidade do quadro clínico-laboratorial. Nessa situação, um dos itens a seguir caracteriza o quadro: alterações neurológicas, disfunção cardiorrespiratória, insuficiência hepática e hemorragia digestiva.
As análises dos casos em investigação são concluídas, geralmente, em até 90 dias, a contar da data do óbito.
Óbitos em investigação e confirmados (sem contar o caso descartado):
Central de Vagas
Em março, a Central de Internação de Urgência da Sesa já registrou, até esta quarta-feira (25), 1.950 solicitações de internação, 293 das quais para suspeitas de dengue ou febre hemorrágica, o que representa um aumento de 474% em relação a janeiro, quando foram contabilizados 51 pedidos para os casos da doença. Das 260 compras de leitos em instituições privadas neste mês, 176, ou seja, 67%, foram referentes a pacientes com dengue.
Números da Central de Vagas (março/2009):
- 1.950 solicitações de internação à Central
- 260 compras de leitos em instituições privadas
- 293 solicitações de leitos por suspeita de dengue ou febre hemorrágica
- 176 compras relacionadas à suspeita de dengue ou febre hemorrágica
Manejo clínico
Segundo protocolo do Ministério da Saúde (MS), o manejo clínico – acompanhamento dos sinais e sintomas do paciente – para suspeita de dengue deve seguir uma rotina de anamnese (histórico que vai desde os sintomas até o momento da observação clínica, realizado com base nas lembranças do paciente) e exame físico e laboratorial.
A conduta do profissional de saúde é realizada de acordo com a classificação do paciente e a gravidade do caso. A prova do laço – exame feito com aparelho de aferir pressão e que visa a detectar o primeiro sinal de sangramento leve, que mostra a fragilidade dos vasos sanguineos – deve ser feita obrigatoriamente em todos os casos de suspeita de dengue.
Sintomas da dengue clássica: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nos olhos e prostração.
Sintomas da dengue grave: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hemorragias importantes, sonolência e irritabilidade, diminuição da diurese, diminuição repentina da temperatura corpórea, queda abrupta de plaquetas e desconforto respiratório, sensação de desmaio, pele fria e pintas pelo corpo.
Sinais de choque: hipotensão postural, pressão arterial convergente, extremidades frias, pulso rápido e fino, enchimento capilar lento e hipotensão arterial.
* Crianças, gestantes, idosos, cardiopatas, hipertensos, diabéticos e pessoas portadoras de outras enfermidades devem ter cuidados especiais.
A fim de se detectar a dengue com precisão, é feita a sorologia pelo método Elisa. Para isto, o sangue deve ser coletado preferencialmente a partir do sétimo dia da doença. Este exame é preconizado pelo MS e, em períodos normais, é feito em 100% dos casos. Em períodos epidêmicos, é realizado em 10% dos casos.
É importante ressaltar que o agravamento da doença pode ocorrer no período em que o paciente não apresenta mais febre. Na criança, a doença pode se agravar no quarto, quinto ou sexto dia. Já no adulto, no quinto, sexto ou sétimo dia da doença. No entanto, nem todos os casos evoluem para uma forma mais grave da doença.
Hidratação
Aos primeiros sinais de sintomas da dengue – febre, dor de cabeça, dor no corpo e nos olhos e prostração – a pessoa com suspeita deve começar a se hidratar ainda em casa.
Para a hidratação, o paciente deve aumentar a ingestão de líquidos, como água, sucos, chás, água de coco, soro caseiro (uma colher de sopa rasa de açúcar, uma colher de café rasa de sal para um copo pequeno de água) e ainda por soro de pacotinho, vendido nas farmácias. Este último deve ser diluído conforme instruções na embalagem.
Um paciente bem hidratado vai ao banheiro várias vezes e apresenta urina clara, saliva fluida e lágrimas. Mesmo assim, a ingestão de líquidos não deve ser cessada.
Nos casos de paciente com FHD, durante o atendimento, a hidratação deve ser feita com soro intravenoso. Além de salvar vidas, a hidratação ameniza os sintomas da dengue.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
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