17/09/2008 08h10 - Atualizado em
23/09/2015 13h21
Sesa registra redução no surgimento de novos casos de Aids nos últimos anos

Os números de casos de Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) notificados no Espírito Santo vêm diminuindo ao longo dos últimos anos. O fato foi constatado após análise dos dados compilados pela Coordenação Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
No período de 1985 – quando foi enviada a primeira notificação da doença ao Ministério da Saúde (MS) – até dezembro de 2007, a Coordenação Estadual registrou 5.893 casos de Aids. Nos últimos sete anos (2001-2007), a média anual de novos casos foi de 441.
Porém, a quantidade de casos notificados em 2007 deve ficar abaixo da média anual, segundo a coordenadora estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Aids, Sandra Fagundes. “O número preliminar do ano passado é 229, mas, no fechamento total, este número não deve chegar a 300”, explica.
A taxa de incidência por 100 mil habitantes no Estado em 2007 foi de 6,5, o que representou uma redução de 55% quando comparada com a de 2001 (14,67). A microrregião de Linhares (Linhares, Sooretama, Rio Bananal, João Neiva, Ibiraçu e Aracruz), por sua vez, apresenta o maior registro: 11,28. No Brasil, essa taxa é de 10,1, e na Região Sudeste, é de 11,5.
Os municípios capixabas que tiveram incidência superior a 10 em 2007 são: Piúma (25,36), Guaçuí (21,05), São José do Calçado (18,67), Linhares (18,46), Rio Novo do Sul (16,20), Dores do Rio Preto (14,34), Castelo (14,12), Cachoeiro de Itapemirim (13,88), Montanha (12,10), São Domingos do Norte (11,84), Marataízes (10,70) e Atílio Vivacqua (10,27). Apenas São Roque do Canaã jamais notificou casos de Aids até 2007.
Sexo
Do total de casos registrados desde 1985 até 2007, a distribuição por sexo é de 3.664 casos (62,2%) entre os homens e de 2.229 (37,8%) entre mulheres, sendo 322 casos em crianças menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência entre os homens, no ano de 2000, era de 15,31, e no ano de 2007, de 7,06, uma queda de 46,1% no período.
Entre as mulheres, a taxa de incidência em 2000 era de 11,58, e no ano de 2007, de 5,97, o que representou uma queda de 51,5% no período. Ao longo do tempo, a razão entre os sexos vem diminuindo de forma progressiva. Em 1988, havia 5 casos da doença em homens para 1 em mulher. No ano de 2007, a relação é de 1,2 para 1.
A faixa etária mais atingida é a de 20 a 49 anos, somando 81,5% dos casos notificados. A faixa etária com maior incidência entre os homens é de 30 a 34 anos (17,5 casos a cada 100 mil homens). Entre as mulheres é a faixa de 40 a 49 anos (15,8 casos a cada 100 mil mulheres).
Exposição
A categoria de exposição mais expressiva é a sexual, representando 67,6% dos casos notificados. Evidencia-se um aumento entre os heterossexuais – 77,7% em 2000 e 82,0% em 2007.
Entre os homens com mais de 13 anos de idade, a série histórica mostra crescimento da epidemia em heterossexuais (56,1% em 2000 e 64,4% em 2007); redução entre os bissexuais (15,8% em 2000 e 13,8% em 2007); redução entre os homossexuais (28,6% em 2000 e 21,8% em 2007); e redução entre os usuários de drogas injetáveis (14,6% em 2001 e 3,3% em 2007).
Em mulheres com mais de 13 anos de idade, houve um aumento progressivo de casos (80,5% em 2000 e 84,25% em 2007). Entre mulheres usuárias de drogas injetáveis o percentual caiu de 7,9%, em 2000, para 1,0%, em 2007.
Escolaridade
Segundo o nível de escolaridade, houve um aumento percentual nos homens com mais de oito anos de estudo: 22,8%, em 2000, e 31,3%, em 2007. Com relação às mulheres, houve uma elevação entre as que tinham mais de sete anos de estudo (30,5% em 2000 e 49,4% em 2007) e redução entre aquelas com menos de um a três anos de estudo (30,5% em 2000 e 19,5% em 2007).
No período após o ano de 2001 – data que em que as informações sobre raça foram incluídas no procedimento para notificação de casos de Aids – observa-se uma estabilização entre os homens brancos (37,8% em 2001 e 39,8% em 2007), negros (12,6% em 2001 e 11,0% em 2007) e pardos (48,9% em 2001 e 47,5% em 2007).
Já entre as mulheres, está ocorrendo redução entre brancas (de 45,8% em 2001 para 35,6% em 2007) e aumento entre as pardas (de 35,5% em 2001 para 47,4% em 2007).
Observou-se ainda queda acentuada na taxa de mortalidade entre 2000 e 2006: redução geral de 61,1%; de 57,1% entre os homens; e de 59,7% entre as mulheres.
Análise
A coordenadora Sandra Fagundes aponta que a redução na taxa de incidência de Aids em 2007 é um reflexo da mudança de atitude da população, que é constantemente abordada pelas campanhas de prevenção e esclarecimento de dúvidas, desenvolvidas inclusive pela Sesa.
Além disso, a redução também é fruto da assistência dada aos soropositivos pelo SUS, permitindo que, agora, essas pessoas tenham mais qualidade de vida. “O diagnóstico precoce é fundamental para fazer um tratamento adequado. As pessoas precisam ficar sabendo se possuem o vírus da Aids. Isso tem que ocorrer antes da pessoa adoecer de fato”, esclarece.
Sandra também aponta que o público mais atingido pela Aids, de uma forma geral, é o da faixa etária de 25 a 45 anos, com um menor grau de escolaridade. “Todos os públicos devem se conscientizar de que é preciso haver uma prevenção adequada, já que a Aids está presente na sociedade”, observou a coordenadora.
Diagnóstico
Estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem hoje no Brasil aproximadamente 600 mil pessoas vivendo com o HIV. Dessas, 400 mil não sabem de sua condição sorológica. Portanto, do ponto de vista epidemiológico, o diagnóstico é fundamental para o controle da epidemia de Aids.
Em todo o Brasil é realizada a campanha “Fique Sabendo”, para que as pessoas façam o teste de HIV. A Sesa coordena as ações da campanha no Espírito Santo.
É indicado que as pessoas façam o exame, pois o diagnóstico precoce é muito importante para a realização de um tratamento que garanta a qualidade de vida da pessoa infectada.
O diagnóstico também pode fazer a diferença na gravidez. Mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado. O teste e o tratamento são gratuitos.
Prevenção
Adotar medidas de prevenção ainda é a única forma de se evitar o contágio pelo HIV. É preciso ressaltar que há estudos para desenvolver mecanismos de defesa contra a Aids, mas a doença ainda não tem cura.
O HIV pode ser transmitido:
• Por relações sexuais desprotegidas (sem o uso do preservativo), anais, vaginais e orais;
• Pelo compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas;
• Por transfusão de sangue infectado;
• De mãe para filho, inclusive pela amamentação.
Mas é bom lembrar que o HIV não é transmitido pelo beijo, toque, abraço, aperto de mão, compartilhamento de toalhas, talheres, pratos, suor ou lágrimas.
Informações à Imprensa:
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Assessoria de Comunicação da Sesa
Ana Paula Costa/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Texto: Ana Paula Costa
anamiranda@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
No período de 1985 – quando foi enviada a primeira notificação da doença ao Ministério da Saúde (MS) – até dezembro de 2007, a Coordenação Estadual registrou 5.893 casos de Aids. Nos últimos sete anos (2001-2007), a média anual de novos casos foi de 441.
Porém, a quantidade de casos notificados em 2007 deve ficar abaixo da média anual, segundo a coordenadora estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Aids, Sandra Fagundes. “O número preliminar do ano passado é 229, mas, no fechamento total, este número não deve chegar a 300”, explica.
A taxa de incidência por 100 mil habitantes no Estado em 2007 foi de 6,5, o que representou uma redução de 55% quando comparada com a de 2001 (14,67). A microrregião de Linhares (Linhares, Sooretama, Rio Bananal, João Neiva, Ibiraçu e Aracruz), por sua vez, apresenta o maior registro: 11,28. No Brasil, essa taxa é de 10,1, e na Região Sudeste, é de 11,5.
Os municípios capixabas que tiveram incidência superior a 10 em 2007 são: Piúma (25,36), Guaçuí (21,05), São José do Calçado (18,67), Linhares (18,46), Rio Novo do Sul (16,20), Dores do Rio Preto (14,34), Castelo (14,12), Cachoeiro de Itapemirim (13,88), Montanha (12,10), São Domingos do Norte (11,84), Marataízes (10,70) e Atílio Vivacqua (10,27). Apenas São Roque do Canaã jamais notificou casos de Aids até 2007.
Sexo
Do total de casos registrados desde 1985 até 2007, a distribuição por sexo é de 3.664 casos (62,2%) entre os homens e de 2.229 (37,8%) entre mulheres, sendo 322 casos em crianças menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência entre os homens, no ano de 2000, era de 15,31, e no ano de 2007, de 7,06, uma queda de 46,1% no período.
Entre as mulheres, a taxa de incidência em 2000 era de 11,58, e no ano de 2007, de 5,97, o que representou uma queda de 51,5% no período. Ao longo do tempo, a razão entre os sexos vem diminuindo de forma progressiva. Em 1988, havia 5 casos da doença em homens para 1 em mulher. No ano de 2007, a relação é de 1,2 para 1.
A faixa etária mais atingida é a de 20 a 49 anos, somando 81,5% dos casos notificados. A faixa etária com maior incidência entre os homens é de 30 a 34 anos (17,5 casos a cada 100 mil homens). Entre as mulheres é a faixa de 40 a 49 anos (15,8 casos a cada 100 mil mulheres).
Exposição
A categoria de exposição mais expressiva é a sexual, representando 67,6% dos casos notificados. Evidencia-se um aumento entre os heterossexuais – 77,7% em 2000 e 82,0% em 2007.
Entre os homens com mais de 13 anos de idade, a série histórica mostra crescimento da epidemia em heterossexuais (56,1% em 2000 e 64,4% em 2007); redução entre os bissexuais (15,8% em 2000 e 13,8% em 2007); redução entre os homossexuais (28,6% em 2000 e 21,8% em 2007); e redução entre os usuários de drogas injetáveis (14,6% em 2001 e 3,3% em 2007).
Em mulheres com mais de 13 anos de idade, houve um aumento progressivo de casos (80,5% em 2000 e 84,25% em 2007). Entre mulheres usuárias de drogas injetáveis o percentual caiu de 7,9%, em 2000, para 1,0%, em 2007.
Escolaridade
Segundo o nível de escolaridade, houve um aumento percentual nos homens com mais de oito anos de estudo: 22,8%, em 2000, e 31,3%, em 2007. Com relação às mulheres, houve uma elevação entre as que tinham mais de sete anos de estudo (30,5% em 2000 e 49,4% em 2007) e redução entre aquelas com menos de um a três anos de estudo (30,5% em 2000 e 19,5% em 2007).
No período após o ano de 2001 – data que em que as informações sobre raça foram incluídas no procedimento para notificação de casos de Aids – observa-se uma estabilização entre os homens brancos (37,8% em 2001 e 39,8% em 2007), negros (12,6% em 2001 e 11,0% em 2007) e pardos (48,9% em 2001 e 47,5% em 2007).
Já entre as mulheres, está ocorrendo redução entre brancas (de 45,8% em 2001 para 35,6% em 2007) e aumento entre as pardas (de 35,5% em 2001 para 47,4% em 2007).
Observou-se ainda queda acentuada na taxa de mortalidade entre 2000 e 2006: redução geral de 61,1%; de 57,1% entre os homens; e de 59,7% entre as mulheres.
Análise
A coordenadora Sandra Fagundes aponta que a redução na taxa de incidência de Aids em 2007 é um reflexo da mudança de atitude da população, que é constantemente abordada pelas campanhas de prevenção e esclarecimento de dúvidas, desenvolvidas inclusive pela Sesa.
Além disso, a redução também é fruto da assistência dada aos soropositivos pelo SUS, permitindo que, agora, essas pessoas tenham mais qualidade de vida. “O diagnóstico precoce é fundamental para fazer um tratamento adequado. As pessoas precisam ficar sabendo se possuem o vírus da Aids. Isso tem que ocorrer antes da pessoa adoecer de fato”, esclarece.
Sandra também aponta que o público mais atingido pela Aids, de uma forma geral, é o da faixa etária de 25 a 45 anos, com um menor grau de escolaridade. “Todos os públicos devem se conscientizar de que é preciso haver uma prevenção adequada, já que a Aids está presente na sociedade”, observou a coordenadora.
Diagnóstico
Estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem hoje no Brasil aproximadamente 600 mil pessoas vivendo com o HIV. Dessas, 400 mil não sabem de sua condição sorológica. Portanto, do ponto de vista epidemiológico, o diagnóstico é fundamental para o controle da epidemia de Aids.
Em todo o Brasil é realizada a campanha “Fique Sabendo”, para que as pessoas façam o teste de HIV. A Sesa coordena as ações da campanha no Espírito Santo.
É indicado que as pessoas façam o exame, pois o diagnóstico precoce é muito importante para a realização de um tratamento que garanta a qualidade de vida da pessoa infectada.
O diagnóstico também pode fazer a diferença na gravidez. Mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado. O teste e o tratamento são gratuitos.
Prevenção
Adotar medidas de prevenção ainda é a única forma de se evitar o contágio pelo HIV. É preciso ressaltar que há estudos para desenvolver mecanismos de defesa contra a Aids, mas a doença ainda não tem cura.
O HIV pode ser transmitido:
• Por relações sexuais desprotegidas (sem o uso do preservativo), anais, vaginais e orais;
• Pelo compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas;
• Por transfusão de sangue infectado;
• De mãe para filho, inclusive pela amamentação.
Mas é bom lembrar que o HIV não é transmitido pelo beijo, toque, abraço, aperto de mão, compartilhamento de toalhas, talheres, pratos, suor ou lágrimas.
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Texto: Ana Paula Costa
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