20/08/2009 14h38 - Atualizado em
23/09/2015 13h25
Sesa repassa orientações do Ministério da Saúde sobre atendimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave
Após quase dois meses da entrada do vírus da Influenza H1N1 no Brasil - estima-se que tenha sido no início de julho – ainda há muitas dúvidas principalmente no momento de buscar atendimento médico. Por ser uma doença nova houve diversas mudanças nos protocolos do Ministério da Saúde (MS) em relação à assistência e ao manejo clínico. Novas mudanças e orientações não estão descartadas, entretanto, é importante que as orientações atuais sejam de conhecimento de todos: quem busca atendimento médico e quem presta assistência.
Como a doença pode se apresentar sob diversas formas de gravidade, os atendimentos também são diferenciados. Os casos leves, os graves e os que fazem parte do grupo de risco têm seus próprios protocolos de atendimento e, em cada caso, os locais mais indicados para o atendimento médico.
“Saber esta diferença é fundamental para que aqueles que correm maior risco sejam atendidos prontamente”, afirmou o coordenador do Centro de Emergências em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), Gilton Almada. Segundo ele, o que está havendo hoje no Brasil e aqui no Espírito Santo é um pânico desnecessário, provocado talvez pela falta de informação.
“A gente está trabalhando para garantir o atendimento para os casos de suspeita da nova gripe, mas é imprescindível que a população faça a sua parte, ou seja, que tome as medidas de prevenção da gripe e que, principalmente, coopere com os serviços de saúde, bastando, para isso, procurar atendimento médico nos locais mais adequados, ou seja, de acordo com a gravidade em que a doença se apresenta em cada indivíduo”, orienta Gilton.
E para que isso seja colocado em prática pela população é preciso que todos tenham mais conhecimento sobre a Influenza A (H1N1) e acesso às principais informações. A Sesa preparou então um resumo com as orientações do Ministério da Saúde - a partir das principais dúvidas observadas até o momento - para que todos possam buscar o atendimento adequado.
Confira:
É importante ressaltar que tanto a Influenza A (H1N1) quanto a Influenza Sazonal (gripe comum) estão sendo tratadas da mesma maneira, ou seja, não importa, neste momento, saber se o que se tem é gripe comum ou a Influenza A (H1N1). Isso porque, além de ambas serem causadas por subtipos do vírus Influenza, os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Todos estes podem estar descrevendo uma síndrome gripal.
Quando um indivíduo, de qualquer idade, é acometido por febre repentina superior a 38ºC, tosse e dispnéia (falta de ar) – podendo ser acompanhados de dor de garganta, ou manifestações gastroentestinais – é caracterizado como “sinal de alerta”, ou seja, pode evoluir para um quadro grave.
As crianças menores de dois anos, os idosos, as gestantes e as pessoas imunodeprimidas (diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, pacientes com câncer ou em tratamento para Aids) fazem parte do grupo com fatores de risco. Apenas para as pessoas que se enquadram nestes dois últimos grupos – sinal de alerta ou fator de risco – após avaliação médica, pode haver indicação para internação hospitalar e para o uso do medicamento fosfato de oseltamivir (Tamiflu).
Quando a pessoa apresentar os sintomas da síndrome gripal - febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza –, como já se faz com a gripe comum.
A pessoa com síndrome gripal deve procurar uma unidade básica de saúde ou, se preferir, procurar um consultório médico. Não é necessário exame laboratorial.
Este paciente também deve ser atendido na Unidade Básica de Saúde ou por médico de sua confiança. Apenas o médico, após avaliação clínica, pode constatar se o paciente apresenta sinal de alerta, ou seja, se ele pode evoluir para uma Síndrome Respiratória Aguda Grave. Neste caso, o médico deve encaminhar o paciente para internação hospitalar.
Da mesma forma. O paciente que faz parte do grupo com fatores de risco também deve procurar atendimento médico em unidade básica de saúde, pronto-atendimento ou médico de confiança. O médico deve avaliar a necessidade de internação hospitalar.
Neste caso, o paciente possui os sintomas da síndrome gripal, mas de forma acentuada e obrigatoriamente acompanhado de dispnéia (falta de ar), além de outros. Ou seja, é um caso grave. E os casos graves devem ser internados em leito hospitalar. Estas pessoas também têm prioridade de atendimento nos prontos-socorros dos hospitais. Mas, se atendidos nas unidades básicas, nos prontos atendimentos ou consultório, o médico deve encaminhá-lo para internação
Para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e que apresentem sinais de alerta. Para os pacientes que fazem parte do grupo de risco, a internação fica a critério médico.
É indicado para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave, que apresentem sinal de alerta e para os grupos de risco, sempre a critério médico.
A máscara evita a disseminação do vírus. Ela é indicada para pacientes suspeitos de síndrome gripal ou Síndrome Respiratória Aguda Grave. Os profissionais de saúde que lidam diretamente com os pacientes suspeitos também devem fazer uso da máscara.
A Sesa recebe apenas notificação dos casos de síndrome respiratória aguda grave. Estes casos são investigados por meio de exame laboratorial. O material coletado é enviado à Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz), no Rio de Janeiro.
Pessoas com suspeita de contaminação
- Higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível álcool gel 70%) após tossir, espirrar, usar o banheiro e antes das refeições;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal e alimentos;
- Permanecer sempre que possível em sua residência;
- Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos;
Familiares e cuidadores
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados);
- Higienizar as mãos frequentemente;
- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas;
População em geral
- Não há necessidade de usar máscara;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados).
- Evitar o uso de objetos coletivos;
- Não compartilhar alimentos mordidos;
- Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz e após tossir, espirrar ou usar o banheiro;
- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
- Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
- Indivíduos com síndrome gripal devem evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis aglomerações e ambientes fechados;
- Manter os ambientes ventilados. Na medida do possível, desligar os aparelhos de ar condicionado;
- Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9969-8271/ 9943-2776/ 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Como a doença pode se apresentar sob diversas formas de gravidade, os atendimentos também são diferenciados. Os casos leves, os graves e os que fazem parte do grupo de risco têm seus próprios protocolos de atendimento e, em cada caso, os locais mais indicados para o atendimento médico.
“Saber esta diferença é fundamental para que aqueles que correm maior risco sejam atendidos prontamente”, afirmou o coordenador do Centro de Emergências em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), Gilton Almada. Segundo ele, o que está havendo hoje no Brasil e aqui no Espírito Santo é um pânico desnecessário, provocado talvez pela falta de informação.
“A gente está trabalhando para garantir o atendimento para os casos de suspeita da nova gripe, mas é imprescindível que a população faça a sua parte, ou seja, que tome as medidas de prevenção da gripe e que, principalmente, coopere com os serviços de saúde, bastando, para isso, procurar atendimento médico nos locais mais adequados, ou seja, de acordo com a gravidade em que a doença se apresenta em cada indivíduo”, orienta Gilton.
E para que isso seja colocado em prática pela população é preciso que todos tenham mais conhecimento sobre a Influenza A (H1N1) e acesso às principais informações. A Sesa preparou então um resumo com as orientações do Ministério da Saúde - a partir das principais dúvidas observadas até o momento - para que todos possam buscar o atendimento adequado.
Confira:
Síndrome gripal
É importante ressaltar que tanto a Influenza A (H1N1) quanto a Influenza Sazonal (gripe comum) estão sendo tratadas da mesma maneira, ou seja, não importa, neste momento, saber se o que se tem é gripe comum ou a Influenza A (H1N1). Isso porque, além de ambas serem causadas por subtipos do vírus Influenza, os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Todos estes podem estar descrevendo uma síndrome gripal.
Sinais de alerta
Quando um indivíduo, de qualquer idade, é acometido por febre repentina superior a 38ºC, tosse e dispnéia (falta de ar) – podendo ser acompanhados de dor de garganta, ou manifestações gastroentestinais – é caracterizado como “sinal de alerta”, ou seja, pode evoluir para um quadro grave.
Grupo de risco
As crianças menores de dois anos, os idosos, as gestantes e as pessoas imunodeprimidas (diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, pacientes com câncer ou em tratamento para Aids) fazem parte do grupo com fatores de risco. Apenas para as pessoas que se enquadram nestes dois últimos grupos – sinal de alerta ou fator de risco – após avaliação médica, pode haver indicação para internação hospitalar e para o uso do medicamento fosfato de oseltamivir (Tamiflu).
Quando procurar atendimento?
Quando a pessoa apresentar os sintomas da síndrome gripal - febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza –, como já se faz com a gripe comum.
Onde procurar atendimento?
A pessoa com síndrome gripal deve procurar uma unidade básica de saúde ou, se preferir, procurar um consultório médico. Não é necessário exame laboratorial.
E se a pessoa apresentar sinais de alerta?
Este paciente também deve ser atendido na Unidade Básica de Saúde ou por médico de sua confiança. Apenas o médico, após avaliação clínica, pode constatar se o paciente apresenta sinal de alerta, ou seja, se ele pode evoluir para uma Síndrome Respiratória Aguda Grave. Neste caso, o médico deve encaminhar o paciente para internação hospitalar.
E os grupos de risco?
Da mesma forma. O paciente que faz parte do grupo com fatores de risco também deve procurar atendimento médico em unidade básica de saúde, pronto-atendimento ou médico de confiança. O médico deve avaliar a necessidade de internação hospitalar.
Síndrome Respiratória Aguda Grave
Neste caso, o paciente possui os sintomas da síndrome gripal, mas de forma acentuada e obrigatoriamente acompanhado de dispnéia (falta de ar), além de outros. Ou seja, é um caso grave. E os casos graves devem ser internados em leito hospitalar. Estas pessoas também têm prioridade de atendimento nos prontos-socorros dos hospitais. Mas, se atendidos nas unidades básicas, nos prontos atendimentos ou consultório, o médico deve encaminhá-lo para internação
Internação
Para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e que apresentem sinais de alerta. Para os pacientes que fazem parte do grupo de risco, a internação fica a critério médico.
Medicamento
É indicado para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave, que apresentem sinal de alerta e para os grupos de risco, sempre a critério médico.
Máscara
A máscara evita a disseminação do vírus. Ela é indicada para pacientes suspeitos de síndrome gripal ou Síndrome Respiratória Aguda Grave. Os profissionais de saúde que lidam diretamente com os pacientes suspeitos também devem fazer uso da máscara.
Notificação e exame laboratorial
A Sesa recebe apenas notificação dos casos de síndrome respiratória aguda grave. Estes casos são investigados por meio de exame laboratorial. O material coletado é enviado à Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz), no Rio de Janeiro.
Prevenção em casa
Pessoas com suspeita de contaminação
- Higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível álcool gel 70%) após tossir, espirrar, usar o banheiro e antes das refeições;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal e alimentos;
- Permanecer sempre que possível em sua residência;
- Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos;
Familiares e cuidadores
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados);
- Higienizar as mãos frequentemente;
- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas;
População em geral
- Não há necessidade de usar máscara;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados).
Prevenção em locais públicos
- Evitar o uso de objetos coletivos;
- Não compartilhar alimentos mordidos;
- Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz e após tossir, espirrar ou usar o banheiro;
- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
- Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
- Indivíduos com síndrome gripal devem evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis aglomerações e ambientes fechados;
- Manter os ambientes ventilados. Na medida do possível, desligar os aparelhos de ar condicionado;
- Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Fernanda Porcaro
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