28/05/2007 06h31 - Atualizado em 23/09/2015 09h44

Sesa reúne profissionais para discutir a meningite eosinofílica nesta segunda (28)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza, nesta segunda-feira (28), por meio da Unidade de Resposta Rápida (URR) e da Coordenação Estadual de Meningite, uma reunião técnica sobre meningite eosinofílica. O encontro será na sede do Conselho Regional de Medicina a partir das 8h30.

Segundo o coordenador da URR, Gilton Luiz Almada, o evento foi planejado devido aos dois casos de meningite eosinofílica que foram notificados no Espírito Santo, mais precisamente em Cariacica, na segunda quinzena de março. Ele explica que estes foram os primeiros registros da doença na América Latina.

Portanto, no evento, os participantes terão a oportunidade de conhecer mais profundamente sobre a enfermidade e como serão as novas condutas de vigilância da meningite a partir da notificação deste caso. Uma parte do encontro será destinada à explicação do funcionamento da URR, que foi responsável pelo diagnóstico da doença.

Os participantes serão todos os profissionais da vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental. Além deles, representantes dos hospitais, chefes das Comissões de Infecção Hospitalar (CIH) e dos laboratórios da Regional Vitória preencherão as 60 vagas disponíveis.

As palestras ficarão por conta de profissionais da Sesa, como a infectologista Daniela Mayumi, o coordenador da URR, Gilton Almada, e a coordenadora estadual das meningites, Silvana Almeida.

A meningite eosinofílica

A meningite eosinofílica é uma infecção do sistema nervoso central, causada principalmente por um verme, ao contrário das meningites virais e bacterianas, que são ocasionadas por vírus e bactérias, respectivamente.

Os homens podem ser infectados acidentalmente por esse tipo de meningite se tiverem contato direto com as secreções de caramujos e lesmas ou se ingerirem estes moluscos, como foi o caso das duas pessoas de Cariacica que manifestaram a doença.

Ainda não foi comprovado no Brasil, mas está sob investigação, a contaminação por meio da ingestão de vegetais e frutas in natura infestadas pela larva dos vermes ou pela ingestão de outros hospedeiros, como o camarão e o caranguejo. É comum este tipo de transmissão em países orientais.

Os sinais da doença são os mesmos da meningite viral e bacteriana, como dor de cabeça, náuseas, rigidez na nuca, febre, dor abdominal. A diferença das demais meningites e a eosinofílica é que esta é diagnosticada pela análise do líquido cefalorraquidiano (que envolve o cérebro) e dos eosinófilos dos pacientes. Ainda não há tratamento específico, sendo o paciente medicado de acordo com os sintomas.

Todos os casos suspeitos de meningite eosinofílica devem ser notificados imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde, à Secretaria Estadual (por meio da URR) ou ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Basta acessar o site notifica@saude.gov.br.

Programação

08h30 – Abertura
09h – Relato de casos
09h30 – Como abordar o problema do ponto de vista da vigilância ambiental
10h – Cofee Break
10h30 – Vigilância epidemiológica das meningites eosinofílicas
11h – Discussão
11h30 – Conclusão dos trabalhos

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Daniele Bolonha
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Texto: Marco Bonn
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