13/11/2007 06h59 - Atualizado em 23/09/2015 13h18

Técnicos da Sesa palestram no primeiro dia da Capacitação de monitoração de doenças diarréicas transmitidas por água e alimentos nesta segunda-feira

Técnicos municipais e das regionais de saúde do Espírito Santo participaram do primeiro dia da capacitação realizada pelo Programa Estadual de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) e Monitorização de Doenças Diarréicas Agudas (MDDA). O evento se estende até esta terça-feira (13) no auditório 1 da Assembléia Legislativa do Estado.

Na tarde desta segunda-feira (12), técnicos de diversos setores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) palestraram para as referências municipais presentes ao encontro.

A responsável pelo setor de Bromatologia do Laboratório Central (Lacen), Ormi Dobrovosky, mostrou aos presentes como deve ser feito o processo de coleta de alimentos e material clínico em surtos de DTHA. Segundo ela, alguns técnicos enfrentam algumas dúvidas durante esse procedimento.

Como o Lacen é o responsável por fazer as análises e recebe com freqüência muitos pedidos, foram esclarecidos questionamentos que envolvem desde o envio das amostras até a observação do quadro clínico do paciente, etapas necessárias para que as informações cheguem corretamente e as amostras sejam finalizadas. É importante que a coleta seja feita do modo correto porque isso impede que haja perda de amostras.

A referência técnica estadual do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Mônica Pereira, falou em seguida. Durante a palestra, Mônica deu uma explicação passo-a-passo de como essa ferramenta deve ser utilizada às vistas das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar.

O Sinan, que é um programa de informática responsável por captar as notificações dos agravos compulsórios nacionais e estaduais, ajuda as vigilâncias a desencadearem ações de controle sob determinadas doenças. “O Sinan dá um panorama do que está acontecendo em cada município”, afirma Mônica.

Por isso, explica ela, todas as vezes que o sistema sofre modificações, é feita uma reunião com os técnicos a fim de atualizá-los e evitar, sobretudo, as sub-notificações, que representam o maior problema registrado pelos profissionais da Sesa.

Na última apresentação do dia, a coordenadora estadual do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), Virgínia Silva, além de detalhar o funcionamento do programa, deu enfoque às ações, no âmbito municipal e estadual, desenvolvidos por ele.

“O Vigiagua tem o objetivo de garantir uma água de boa qualidade para o consumo humano, que não cause nenhum problema de saúde”, disse ela. Os técnicos municipais realizam ações rotineiras para assegurar a qualidade do líquido. Em casos particulares, como os de surtos, por exemplo, o programa concentra suas atividades sobre o local atingido.

Capacitação

O objetivo do evento é sensibilizar os municípios sobre a importância de monitorar as diarréias agudas ligadas a doenças transmitidas pela água e pela alimentação, como febre tifóide, hepatite A, rotavírus, botulismo, cólera, verminoses e outras.

Os participantes do evento poderão conferir palestras com representantes de programas de Monitorização de Doenças Diarréicas Agudas das prefeituras de Vitória e da Serra e de vários setores da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). A programação será das 8 horas às 17 horas.

Doença

A doença diarréica aguda é reconhecida como importante causa de morbimortalidade no Brasil e constitui um problema de saúde pública. Muitas pessoas adoecem e morrem de diarréia principalmente na Região Nordeste do País, onde ela é a principal causa de morte em menores de um ano. A diarréia também contribui para os altos níveis de desnutrição nesta faixa etária, pela perda freqüente de substâncias necessárias ao crescimento e desenvolvimento.

No nível local, a monitoração das doenças diarréicas agudas é importante para atuar em situações de surtos e manter ações de educação em saúde com o propósito de reduzir a incidência e a letalidade.

Esse trabalho de investigação epidemiológica depende, e muito, da participação dos municípios, seja no registro preciso das doenças, no repasse de informações para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e nos trabalhos de educação e investigação.

Informações sobre a capacitação podem ser obtidas pelos telefones (27) 3137-2311 e (27) 3137-2479 e pelo e-mail ambientaldtha@saude.es.gov.br.

Confira a programação:

13 de novembro

8 horas - Investigação de Surtos em DTHA - Gilton Luiz Almada - Coordenador do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em saúde)

- 12 horas - Intervalo para Almoço

- 13 horas - Estudo de Casos sobre investigação de Surtos de DTHA
Gilton Luiz Almada - Coordenador do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em saúde)

- 15 horas - Lanche

- 15h20 - Estudo de Casos sobre investigação de Surtos de DTHA (continuação)

- 17 horas - Encerramento

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