19/03/2015 15h40 - Atualizado em
23/09/2015 13h43
Terapia ocupacional: tratamento essencial para recuperação após cirurgia de mão

Cortar um alimento, mudar o canal da TV ou simplesmente acenar para um colega são ações tão comuns no nosso dia a dia que nem percebemos a importância de nossas mãos. Sim, as mãos representam um grande passo na evolução do homem. Já imaginou não conseguir movimentá-las?
No Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, os pacientes que passaram por algum tipo de intervenção cirúrgica nas mãos têm à disposição um terapeuta ocupacional especializado em mãos, o que aumenta as chances de uma recuperação melhor e mais rápida.
O hospital é o primeiro no Espírito Santo a oferecer os dois serviços (a cirurgia de mão e a reabilitação) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) dentro do próprio estabelecimento. Em outros hospitais da rede pública estadual, o paciente faz a cirurgia e é encaminhado direto para o Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha, onde também recebe todo o tratamento necessário.
“Pacientes que operam as mãos precisam de um acompanhamento pós-operatório específico. Sem a reabilitação, a cirurgia não apresenta resultados satisfatórios, ainda que o procedimento cirúrgico tenha sido bem-sucedido”, explica a terapeuta ocupacional Caroline Fundão Freitas Lima, que trabalha no ambulatório de terapia ocupacional do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves.
No caso do pintor Maurílio Pereira de Almeida, 20 anos, o prognóstico não era nada bom. Num momento de estresse, ele levou um copo que estava na mão dele contra a parede. Resultado: teve lesão nos tendões extensores e rompeu o nervo mediano, prejudicando a função de pinça e oponência do polegar.
A terapeuta ocupacional Caroline Lima explica que Maurílio ficou com o que se chama mão de macaco. É quando a palma da mão fica aberta e os dedos semifechados, uma deformação que limita totalmente as funções da mão.
Especialista em reabilitação de membro superior e neuroreabilitação, Caroline Lima garante que o rapaz só retomou os movimentos porque iniciou a terapia logo após a cirurgia. Ainda com a mão do paciente imobilizada, ela começou a trabalhar as articulações não atingidas, fazendo movimentos para evitar o enrijecimento.
Ela conta que a mão do paciente estava muito inchada e foi preciso reduzir o edema massageando o local afetado. “Quando nos machucamos, as fibras do local afetado ficam emboladas. É como se fosse uma camisa apertada, que limita o movimento dos nossos braços. Num caso como esse, os tendões agarram na cicatriz, por isso é necessário começar massageando a região, para remodelar a pele. Quanto antes iniciar esse trabalho, maior é a chance de recuperação”, detalha.
Técnica
Segundo a terapeuta ocupacional, a terapia de mãos faz uso de várias técnicas no processo de reabilitação, e o planejamento do atendimento é feito conforme as necessidades de cada paciente. Segundo Caroline Lima, a terapia busca tratar a cicatriz para prevenir aderências e queloides, além de controlar a dor e o edema (inchaço).
Mas o trabalho vai além: envolve a realização de exercícios e atividades para ganho de amplitude de movimento e força, orientação para a reeducação sensorial, promoção e treino de motricidade fina (para recuperar a habilidade das mãos e da ponta dos dedos), orientação postural e de ergonomia, confecção de órteses e adaptações sob medida.“O objetivo da terapia ocupacional, nestes casos, é dar função para as mãos. Orientar e treinar o paciente para o retorno às atividades cotidianas, trabalho e lazer”, detalha.
Rosângela Silva prendeu o dedo na porta de casa e teve uma amputação traumática da polpa digital. Em dezembro, iniciou a terapia de mão e, em pouco tempo, ela já sente uma grande diferença. “Eu não conseguia mais mexer a mão. Pensei que nunca mais fosse conseguir fazer as coisas e aqui estou, em menos de um mês já consigo fazer quase tudo. Ainda sinto dor, é claro, mas eu sei que estou no caminho certo”, disse a dona de casa.
A terapeuta ocupacional Caroline Lima reconhece que o processo de reabilitação é dolorido e conta que alguns pacientes chegam a prejudicar a própria recuperação porque não querem enfrentar a dor. Mas ela afirma que o sucesso na recuperação é grande, na maioria dos casos, e ela se orgulha das conquistas. “A melhora de cada paciente é uma verdadeira conquista da equipe, ou seja, do médico e do terapeuta, e também do paciente, que precisa cooperar comparecendo às sessões e superando seus próprios limites para alcançar o melhor resultado”, comenta.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação – Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves
Ravane Denadai
(27) 99274-5245
comunicacaohejsn@gmail.com
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Texto: Juliana Rodrigues e Ravane Denadai
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776
No Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, os pacientes que passaram por algum tipo de intervenção cirúrgica nas mãos têm à disposição um terapeuta ocupacional especializado em mãos, o que aumenta as chances de uma recuperação melhor e mais rápida.
O hospital é o primeiro no Espírito Santo a oferecer os dois serviços (a cirurgia de mão e a reabilitação) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) dentro do próprio estabelecimento. Em outros hospitais da rede pública estadual, o paciente faz a cirurgia e é encaminhado direto para o Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha, onde também recebe todo o tratamento necessário.
“Pacientes que operam as mãos precisam de um acompanhamento pós-operatório específico. Sem a reabilitação, a cirurgia não apresenta resultados satisfatórios, ainda que o procedimento cirúrgico tenha sido bem-sucedido”, explica a terapeuta ocupacional Caroline Fundão Freitas Lima, que trabalha no ambulatório de terapia ocupacional do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves.
No caso do pintor Maurílio Pereira de Almeida, 20 anos, o prognóstico não era nada bom. Num momento de estresse, ele levou um copo que estava na mão dele contra a parede. Resultado: teve lesão nos tendões extensores e rompeu o nervo mediano, prejudicando a função de pinça e oponência do polegar.
A terapeuta ocupacional Caroline Lima explica que Maurílio ficou com o que se chama mão de macaco. É quando a palma da mão fica aberta e os dedos semifechados, uma deformação que limita totalmente as funções da mão.
Especialista em reabilitação de membro superior e neuroreabilitação, Caroline Lima garante que o rapaz só retomou os movimentos porque iniciou a terapia logo após a cirurgia. Ainda com a mão do paciente imobilizada, ela começou a trabalhar as articulações não atingidas, fazendo movimentos para evitar o enrijecimento.
Ela conta que a mão do paciente estava muito inchada e foi preciso reduzir o edema massageando o local afetado. “Quando nos machucamos, as fibras do local afetado ficam emboladas. É como se fosse uma camisa apertada, que limita o movimento dos nossos braços. Num caso como esse, os tendões agarram na cicatriz, por isso é necessário começar massageando a região, para remodelar a pele. Quanto antes iniciar esse trabalho, maior é a chance de recuperação”, detalha.
Técnica
Segundo a terapeuta ocupacional, a terapia de mãos faz uso de várias técnicas no processo de reabilitação, e o planejamento do atendimento é feito conforme as necessidades de cada paciente. Segundo Caroline Lima, a terapia busca tratar a cicatriz para prevenir aderências e queloides, além de controlar a dor e o edema (inchaço).
Mas o trabalho vai além: envolve a realização de exercícios e atividades para ganho de amplitude de movimento e força, orientação para a reeducação sensorial, promoção e treino de motricidade fina (para recuperar a habilidade das mãos e da ponta dos dedos), orientação postural e de ergonomia, confecção de órteses e adaptações sob medida.“O objetivo da terapia ocupacional, nestes casos, é dar função para as mãos. Orientar e treinar o paciente para o retorno às atividades cotidianas, trabalho e lazer”, detalha.
Rosângela Silva prendeu o dedo na porta de casa e teve uma amputação traumática da polpa digital. Em dezembro, iniciou a terapia de mão e, em pouco tempo, ela já sente uma grande diferença. “Eu não conseguia mais mexer a mão. Pensei que nunca mais fosse conseguir fazer as coisas e aqui estou, em menos de um mês já consigo fazer quase tudo. Ainda sinto dor, é claro, mas eu sei que estou no caminho certo”, disse a dona de casa.
A terapeuta ocupacional Caroline Lima reconhece que o processo de reabilitação é dolorido e conta que alguns pacientes chegam a prejudicar a própria recuperação porque não querem enfrentar a dor. Mas ela afirma que o sucesso na recuperação é grande, na maioria dos casos, e ela se orgulha das conquistas. “A melhora de cada paciente é uma verdadeira conquista da equipe, ou seja, do médico e do terapeuta, e também do paciente, que precisa cooperar comparecendo às sessões e superando seus próprios limites para alcançar o melhor resultado”, comenta.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação – Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves
Ravane Denadai
(27) 99274-5245
comunicacaohejsn@gmail.com
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Texto: Juliana Rodrigues e Ravane Denadai
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776