02/10/2008 07h03 - Atualizado em 23/09/2015 13h22

Teste da Orelhinha completa um ano com aproximadamente 1.000 exames realizados

O Teste da Orelhinha, realizado no Hospital Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), completou um ano em setembro. Neste período, a parceria firmada com o Centro Universitário de Vila Velha (UVV) possibilitou o atendimento de aproximadamente mil recém-nascidos, uma média de 80 testes por mês.

O objetivo da realização do exame é avaliar a capacidade auditiva das crianças, principalmente dos bebês que estão ou estiveram internados nas Unidades de Tratamento Neonatal (Utins).

O teste é realizado em cinco minutos, antes da alta hospitalar da criança. Apesar de não ser obrigatório, o Teste da Orelhinha é importante para detectar possíveis perdas auditivas, ainda nos primeiros momentos da vida. De acordo com estatísticas, dois entre mil bebês podem apresentar deficiências auditivas.

Para as crianças que permaneceram internadas em Utins, a estatística é ainda mais grave: seis entre mil bebês podem ter problemas. A fonoaudióloga do Himaba, Janaína Nunes, ressalta a importância de se avaliar esses recém-nascidos. “O prematuro tem fator de risco para sofrer com uma deficiência auditiva, por isso deve-se realizar esse exame”.

Um recém-nascido que apresenta algum tipo de perda auditiva não descoberta pode enfrentar, quando criança, dificuldades na fala, na linguagem e na aprendizagem em geral. Por isso, é importante detectar desde cedo a insuficiência.

A UVV fornece o aparelho (portátil) de avaliação auditiva, seis alunos e um monitor, que são responsáveis pela realização do exame. Os atendimentos são realizados às segundas e sextas-feiras.

O teste

Uma das técnicas mais utilizadas para fazer o Teste da Orelhinha é o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAs), que deve ser feito preferencialmente nos primeiros três meses de vida. Durante o sono, os fonoaudiólogos colocam um fone de ouvido no neném e acionam o aparelho, que produz estímulos sonoros e capta seus retornos (ecos). Tudo isso leva, aproximadamente, cinco minutos.

As crianças que, por algum problema, apresentarem falhas no exame, devem retornar ao Hospital em um prazo de 15 dias, para fazer o teste novamente, explica a coordenadora do Curso de Fonoaudiologia da UVV, Carmem Barreira-Nielsen.

Ao final, os resultados são registrados no computador e apresentados em forma de gráficos. Se o bebê não apresentar nenhum problema, a mãe já sairá do Himaba com a avaliação do filho em mãos. Por outro lado, a parceria entre o Hospital e a UVV possibilitará que uma criança suspeita de deficiência seja encaminhada para uma avaliação audiológica completa no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes) e na UVV.

Os bebês que estiveram internados em Utins, além de fazer o EOAs, fazem também o exame Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico, que é realizado na clínica-escola da UVV. Essas crianças passam por avaliações cognitiva, motora e de linguagem, e geralmente são acompanhadas por algum período.

Informações à Imprensa:
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Ana Paula Costa/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Syria Luppi
Texto: Ana Paula Costa
anamiranda@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard