27/06/2011 08h00 - Atualizado em
23/09/2015 13h30
Teste do pezinho auxilia no diagnóstico precoce de doenças

Um simples teste realizado nos primeiros dias de vida do bebê permite detectar algumas doenças que não apresentam sintomas inicialmente, mas que, se não tiverem o devido diagnóstico e acompanhamento médico podem causar sequelas graves ao desenvolvimento e crescimento. Para alcançar seu objetivo, a triagem neonatal, ou teste do pezinho, como é popularmente conhecido, deve ser realizado no momento e forma adequados.
Segundo a coordenadora de triagem neonatal da Secretaria de Estado da Saúde, Maria de Fátima Caretta Martins, o teste do pezinho deve ocorrer na primeira semana de vida do recém-nascido, a partir do segundo dia de nascimento. A coleta de sangue no pezinho do bebê é feita nas unidades de saúde dos municípios e a amostra é enviada para exame laboratorial na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Vitória, órgão credenciado como serviço de referência do Ministério da Saúde no Estado.
Maria de Fátima Caretta Martins explica que, ao comparecer ao posto de coleta, será feita uma ficha cadastral da criança com dados de identificação, que devem estar atualizados, principalmente o endereço, já que, se o resultado estiver alterado, esta criança precisará ser localizada para a realização de exames confirmatórios.
Após a coleta do sangue, o resultado do teste fica pronto em aproximadamente 15 dias. Se houver alteração no exame, os responsáveis pela criança deverão ser contactados pela unidade de saúde o mais a rápido possível e a criança deverá ser encaminhada para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Vitória) onde são realizados novos exames para confirmação do diagnóstico.
“Depois desta confirmação, o paciente é direcionado à rede complementar de saúde para iniciar o tratamento, pois em algumas doenças, como a fenilcetonúria e o hipotireoidismo, os agravos à saúde podem ocorrer em até 30 dias, podendo levar a sequelas neurológicas irreversíveis”, afirma Fátima.
Doenças
O Espírito Santo é um dos cinco Estados do País que estão na fase III, a mais avançada do teste do pezinho, contemplando os exames para diagnóstico de Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias e fibrose cística.
O Hipotireoidismo congênito é uma deficiência na glândula tireóide, que requer reposição hormonal, caso contrário acarreta lesões neurológicas irreversíveis já no primeiro mês de vida. Quando há confirmação do diagnóstico, a criança é encaminhada para acompanhamento com um endocrinologista.
Já a fenilcetonúria é uma desordem do metabolismo que causa problemas intelectuais e de desenvolvimento se não tratada. Na fenilcetonúria o corpo não consegue processar uma porção da proteína chamada fenilalanina, a qual está em quase todos os alimentos. Se o nível de fenilalanina ficar muito alto, o cérebro pode ser danificado levando a retardo mental, com sintomas a partir do terceiro mês de vida. A fenilcetonúria tem incidência baixa no Estado: 1 em cada 23 mil habitantes.
“Quem tem essa doença precisa uma dieta especial e não pode comer nenhum tipo de carne, cereais, ovos e laticínios, somente sendo permitidas algumas frutas e verduras. O alimento principal dos portadores da fenilcetonúria é o suplemento alimentar a base de aminoácidos”, esclarece Maria de Fátima. O centro de referência para tratamento e acompanhamento desta patologia é a Apae Vitória.
Maria de Fátima Caretta Martins ressalta que apenas cinco crianças por ano são diagnosticadas com essa patologia no Estado, mas destaca que a implantação do teste do pezinho no País foi importante por trazer mais divulgação sobre a doença e a importância do inicio da dieta precocemente.
A fibrose cística é uma doença genética grave que leva a complicações pulmonares e na digestão de alimentos. Os pacientes têm baixa imunidade e, portanto, sofrem com infecções, afetando a qualidade de vida. De acordo com a coordenadora, antes da triagem neonatal muitos eram diagnosticados tardiamente ou nem chegavam à idade adulta. Ela destaca que os centros de referência para o acompanhamento dos portadores da doença são o Hospital Infantil de Vitória e, para os adultos, o Hospital Dório Silva.
Por último, a anemia falciforme é uma doença que causa deformação das hemácias, que assumem forma de foices, causando deficiência do transporte de oxigênio. Atinge principalmente a população de raça negra e é a de maior incidência entre as quatro diagnosticadas no teste do pezinho.
“A anemia falciforme é uma doença com elevado grau de mortalidade, principalmente nos primeiros 5 anos de vida, como consequência de infecções e intercorrências graves. O tratamento precoce aumenta a sobrevida destes pacientes e melhora da sua qualidade de vida, entretanto sem possibilidade de cura clínica”, explica Fatima.
A incidência da anemia falciforme é a maior do Estado - de 1 para 1.800 habitantes - sendo que existem aproximadamente 500 casos registrados no Hemocentro da Sesa.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/ Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Alessandra Fornazier
alessandrafornazier@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9969-8271/ 9943-2776/ 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Segundo a coordenadora de triagem neonatal da Secretaria de Estado da Saúde, Maria de Fátima Caretta Martins, o teste do pezinho deve ocorrer na primeira semana de vida do recém-nascido, a partir do segundo dia de nascimento. A coleta de sangue no pezinho do bebê é feita nas unidades de saúde dos municípios e a amostra é enviada para exame laboratorial na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Vitória, órgão credenciado como serviço de referência do Ministério da Saúde no Estado.
Maria de Fátima Caretta Martins explica que, ao comparecer ao posto de coleta, será feita uma ficha cadastral da criança com dados de identificação, que devem estar atualizados, principalmente o endereço, já que, se o resultado estiver alterado, esta criança precisará ser localizada para a realização de exames confirmatórios.
Após a coleta do sangue, o resultado do teste fica pronto em aproximadamente 15 dias. Se houver alteração no exame, os responsáveis pela criança deverão ser contactados pela unidade de saúde o mais a rápido possível e a criança deverá ser encaminhada para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Vitória) onde são realizados novos exames para confirmação do diagnóstico.
“Depois desta confirmação, o paciente é direcionado à rede complementar de saúde para iniciar o tratamento, pois em algumas doenças, como a fenilcetonúria e o hipotireoidismo, os agravos à saúde podem ocorrer em até 30 dias, podendo levar a sequelas neurológicas irreversíveis”, afirma Fátima.
Doenças
O Espírito Santo é um dos cinco Estados do País que estão na fase III, a mais avançada do teste do pezinho, contemplando os exames para diagnóstico de Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias e fibrose cística.
O Hipotireoidismo congênito é uma deficiência na glândula tireóide, que requer reposição hormonal, caso contrário acarreta lesões neurológicas irreversíveis já no primeiro mês de vida. Quando há confirmação do diagnóstico, a criança é encaminhada para acompanhamento com um endocrinologista.
Já a fenilcetonúria é uma desordem do metabolismo que causa problemas intelectuais e de desenvolvimento se não tratada. Na fenilcetonúria o corpo não consegue processar uma porção da proteína chamada fenilalanina, a qual está em quase todos os alimentos. Se o nível de fenilalanina ficar muito alto, o cérebro pode ser danificado levando a retardo mental, com sintomas a partir do terceiro mês de vida. A fenilcetonúria tem incidência baixa no Estado: 1 em cada 23 mil habitantes.
“Quem tem essa doença precisa uma dieta especial e não pode comer nenhum tipo de carne, cereais, ovos e laticínios, somente sendo permitidas algumas frutas e verduras. O alimento principal dos portadores da fenilcetonúria é o suplemento alimentar a base de aminoácidos”, esclarece Maria de Fátima. O centro de referência para tratamento e acompanhamento desta patologia é a Apae Vitória.
Maria de Fátima Caretta Martins ressalta que apenas cinco crianças por ano são diagnosticadas com essa patologia no Estado, mas destaca que a implantação do teste do pezinho no País foi importante por trazer mais divulgação sobre a doença e a importância do inicio da dieta precocemente.
A fibrose cística é uma doença genética grave que leva a complicações pulmonares e na digestão de alimentos. Os pacientes têm baixa imunidade e, portanto, sofrem com infecções, afetando a qualidade de vida. De acordo com a coordenadora, antes da triagem neonatal muitos eram diagnosticados tardiamente ou nem chegavam à idade adulta. Ela destaca que os centros de referência para o acompanhamento dos portadores da doença são o Hospital Infantil de Vitória e, para os adultos, o Hospital Dório Silva.
Por último, a anemia falciforme é uma doença que causa deformação das hemácias, que assumem forma de foices, causando deficiência do transporte de oxigênio. Atinge principalmente a população de raça negra e é a de maior incidência entre as quatro diagnosticadas no teste do pezinho.
“A anemia falciforme é uma doença com elevado grau de mortalidade, principalmente nos primeiros 5 anos de vida, como consequência de infecções e intercorrências graves. O tratamento precoce aumenta a sobrevida destes pacientes e melhora da sua qualidade de vida, entretanto sem possibilidade de cura clínica”, explica Fatima.
A incidência da anemia falciforme é a maior do Estado - de 1 para 1.800 habitantes - sendo que existem aproximadamente 500 casos registrados no Hemocentro da Sesa.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Alessandra Fornazier/ Jucilene Borges/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila
Texto: Alessandra Fornazier
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Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9969-8271/ 9943-2776/ 9983-3246
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