25/04/2013 06h29 - Atualizado em
23/09/2015 13h37
Transmissão vertical da Aids cai 88% no Espírito Santo

No período de doze anos, a transmissão vertical de HIV (quando vírus passa de mãe para filho) caiu 88% no Espírito Santo. Enquanto no ano 2000 haviam sido notificados 27 casos de crianças menores de cinco anos com Aids, em 2012 esse número passou para três. Essa diferença é fruto do trabalho de prevenção e tratamento conduzido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em parceria com os municípios.
“Existe uma meta moral que é não deixar nenhum bebê nascer com a doença, esse seria o cenário ideal. Entretanto, nossos dados hoje apontam que a incidência de transmissão vertical é de 2,49 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, taxa que se apresenta abaixo da média nacional, de 3,5”, ressalta a coordenadora do setor de DST/Aids da Sesa, Sandra Fagundes.
De acordo com ela, as ações que impactaram positivamente na área foram intensificadas nos últimos cinco anos. “Voltamos nossa atenção para o trabalho de pré-natal realizado nas unidades de saúde. Treinamos, em 2012, pelo menos um médico ou enfermeiro em todos os 78 municípios capixabas para que possam fazer o diagnóstico o mais rápido possível na gestante”, explica a médica.
Isso inclui realizar o teste rápido de HIV, sífilis e também o exame para comprovar a gestação em todas as mulheres com suspeita de gravidez logo na primeira consulta na unidade de saúde municipal. “Além de capacitarmos os profissionais, a Secretaria de Estado da Saúde distribui 30 mil testes rápidos mensais aos municípios e maternidades”, lembra Sandra.
Todos os filhos de mãe HIV positivo recebem tratamento em Serviços de Atendimento Especializados em Aids Pediátrica (SAEs) ao longo da infância. A referência é o Hospital Estadual Infantil de Vitória, mas os serviços foram descentralizados nos últimos anos para dar mais agilidade e comodidade às famílias. Além do Hospital, hoje há centros em Colatina, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim, na Santa Casa de Vitória e em Vila Velha. Esses SAEs recebem apoio logístico e insumos da Sesa.
Tratamento
O tratamento para gestantes com o HIV se dá em três etapas: na gestação, parto e pós-parto. “Durante a gravidez, a futura mãe toma três tipos de antirretrovirais para controlar a carga viral. Já no parto, o ideal é que o bebê nasça de uma cesariana eletiva, pois essa é uma das fases com maior risco de transmissão do vírus. Por isso, é ministrado antirretroviral injetável”, conta a coordenadora.
A partir do momento em que nasce e ao longo dos primeiros 42 dias, o bebê também recebe antirretroviral na forma de xarope e é acompanhado nos centros de referência infantis. “Os bebês não podem ser amamentados porque é uma forma de transmissão. Por isso as mães recebem um medicamento que inibe a produção de leite materno”, salienta.
Mesmo assim, a Secretaria de Estado da Saúde adquire e distribui cerca de 18 toneladas por ano de uma fórmula láctea infantil para os filhos de mãe HIV positivo. O substituto do leite materno é gratuito e garantido até os dois ou três anos de idade para que a criança possa crescer saudável. “Se todos esses passos forem seguidos, há 100% de chance de o bebê viver sem a doença”, afirma Sandra Fagundes.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
“Existe uma meta moral que é não deixar nenhum bebê nascer com a doença, esse seria o cenário ideal. Entretanto, nossos dados hoje apontam que a incidência de transmissão vertical é de 2,49 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, taxa que se apresenta abaixo da média nacional, de 3,5”, ressalta a coordenadora do setor de DST/Aids da Sesa, Sandra Fagundes.
De acordo com ela, as ações que impactaram positivamente na área foram intensificadas nos últimos cinco anos. “Voltamos nossa atenção para o trabalho de pré-natal realizado nas unidades de saúde. Treinamos, em 2012, pelo menos um médico ou enfermeiro em todos os 78 municípios capixabas para que possam fazer o diagnóstico o mais rápido possível na gestante”, explica a médica.
Isso inclui realizar o teste rápido de HIV, sífilis e também o exame para comprovar a gestação em todas as mulheres com suspeita de gravidez logo na primeira consulta na unidade de saúde municipal. “Além de capacitarmos os profissionais, a Secretaria de Estado da Saúde distribui 30 mil testes rápidos mensais aos municípios e maternidades”, lembra Sandra.
Todos os filhos de mãe HIV positivo recebem tratamento em Serviços de Atendimento Especializados em Aids Pediátrica (SAEs) ao longo da infância. A referência é o Hospital Estadual Infantil de Vitória, mas os serviços foram descentralizados nos últimos anos para dar mais agilidade e comodidade às famílias. Além do Hospital, hoje há centros em Colatina, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim, na Santa Casa de Vitória e em Vila Velha. Esses SAEs recebem apoio logístico e insumos da Sesa.
Tratamento
O tratamento para gestantes com o HIV se dá em três etapas: na gestação, parto e pós-parto. “Durante a gravidez, a futura mãe toma três tipos de antirretrovirais para controlar a carga viral. Já no parto, o ideal é que o bebê nasça de uma cesariana eletiva, pois essa é uma das fases com maior risco de transmissão do vírus. Por isso, é ministrado antirretroviral injetável”, conta a coordenadora.
A partir do momento em que nasce e ao longo dos primeiros 42 dias, o bebê também recebe antirretroviral na forma de xarope e é acompanhado nos centros de referência infantis. “Os bebês não podem ser amamentados porque é uma forma de transmissão. Por isso as mães recebem um medicamento que inibe a produção de leite materno”, salienta.
Mesmo assim, a Secretaria de Estado da Saúde adquire e distribui cerca de 18 toneladas por ano de uma fórmula láctea infantil para os filhos de mãe HIV positivo. O substituto do leite materno é gratuito e garantido até os dois ou três anos de idade para que a criança possa crescer saudável. “Se todos esses passos forem seguidos, há 100% de chance de o bebê viver sem a doença”, afirma Sandra Fagundes.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
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