12/11/2007 11h58 - Atualizado em
23/09/2015 13h18
Trotes e ligações erradas representam 81% das chamadas para o Samu
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) recebeu 278.466 ligações erradas, entre trotes e pedidos de informação, de janeiro a outubro deste ano. Esse número representa 81% do total de 344.184 ligações recebidas pelo serviço.
Os trotes são responsáveis por 54% dos chamados feitos ao 192. Foram 186.816, cerca de 106.000 a mais do que no mesmo período de 2006. Em seguida aparecem os pedidos de informação, com 91.650 (27%) das ligações, aproximadamente 24.000 chamadas a mais.
Apenas 19% (65.768) das ligações feitas nos primeiros dez meses do ano estão dentro do perfil de atendimento do serviço. São pedidos de atendimento de saúde, no qual a pessoa é avaliada pelos médicos, que dependendo do caso, optam por enviar uma unidade de serviço móvel ou por fazer uma regulação médica via telefone.
Para a coordenadora do Samu, Engre Beilke, a grande quantidade de trotes é preocupante. “Precisamos diminuir isso para podermos atender melhor quem realmente precisa”, disse. Engre contou que as demandas equivocadas também chamam a atenção. “Já fomos chamados para casos de cólica menstrual”, contou.
A população, ressalta a coordenadora, é o foco e deve ser a grande parceira do Samu. “O problema é que muitas vezes as linhas estão ocupadas por causa de trotes e isso é muito sério. Se um caso for grave, qualquer minuto pode ser determinante para o salvamento de uma vida”, alerta a profissional.
Engre acredita que à medida que o Samu, lançado em 2006, se tornar mais conhecido, o problema dos trotes e de ligações equivocadas vai diminuir. “Agora que o serviço está mais conhecido, as pessoas têm menos dúvidas. Mas as brincadeiras continuam”, explicou.
De janeiro a outubro de 2006, o Samu registrou 200.345 ligações, sendo 40% de trotes e 34% de pedidos de informações. Entretanto, o percentual de pedidos de atendimento de saúde foi de 26%, maior do que em 2007.
Identificação de trotes
A identificação dos trotes é feita pelos próprios atendentes do Samu 192. Risadas, brincadeiras e palavras de baixo calão ajudam a detectar esse tipo de ligação. “Algumas vezes, os trotes são tão bem feitos que chegamos a enviar a ambulância, que poderia ter ido para um atendimento de verdade”, contou Engre.
Em 41% dos casos, o Samu envia uma ambulância ao local. No restante das ligações é feito o atendimento de telemedicina, no qual o médico regulador orienta a maneira como a pessoa que ligou deve proceder para ajudar o paciente. “Muitas pessoas podem ir a unidades de saúde ou pronto-atendimentos e não precisam de ambulâncias”, falou Engre Beilke.
Para melhorar o trabalho realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, é preciso que o solicitante saiba informar com clareza os sintomas do paciente e mantenha a calma para que o médico consiga identificar o problema.
Segundo a coordenadora, nessas horas o papel do solicitante é fundamental. “Se a pessoa estiver desesperada, ela não percebe direito como o doente está”, esclareceu. A descrição feita pela pessoa que ligou vai definir se é necessário e qual o tipo de ambulância deve ser enviada ao local.
O Samu 192 possui 18 ambulâncias para atender a região metropolitana, que envolve Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana e Fundão. Dessas, 14 são Unidades de Suporte Básico e quatro são Unidades de Suporte Avançado, destinadas aos casos mais graves.
Campanha
Para o próximo ano, o Samu 192 fará uma campanha educativa nas escolas de ensino fundamental em parceria com o Ciodes. A campanha “Trote Não é Legal” está em fase de elaboração. Passar trotes para o Samu é uma prática ilegal com pena de um a seis meses de detenção ou multa.
Saiba quando chamar o Samu
- Na ocorrência de problemas cardio-respiratórios;
- Em casos de Intoxicação exógena;
- Em casos de queimaduras graves;
- Na ocorrência de quadros infecciosos;
- Na ocorrência de maus tratos;
- Em trabalhos de parto com risco de saúde para a mãe ou o bebê;
- Em casos de tentativas de suicídio;
- Em crises hipertensivas;
- Quando houver acidentes/traumas com vítimas;
- Em casos de choque elétrico;
- Em acidentes com produtos perigosos;
- Na transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte;
- Transporte inter-hospitalar para pacientes graves;
- Transporte para exames de urgência.
Transportes oferecidos para pacientes que não são casos do Samu
Transporte ‘Mão na Roda’, telefone: 0800-39-4111. Atende deficientes físicos desde a Ponta da Fruta (Vila Velha) até Nova Almeida (Serra). É preciso agendar com dois dias de antecedência. Para pacientes moradores de rua existe o serviço ‘Abordagem de Rua de Vitória’. Tel.: (27) 3382-6161.
Ambulâncias de Prefeituras
- Vitória (24h). Tel.: (9090) 3132-5050, pode ser ligação a cobrar;
- Vila Velha (24h) Tel.: 3388-4150, 3139-9034, 3139-9042, 3244-4424, 3244-5475 e 3136-3493;
- Serra (24h). Tel.: 0800-2828132;
- Viana (24h). Tel.: 3255-2976;
- Fundão (24h). Tel.: 3267-1123;
- Cariacica (8 às 17 horas). Tel: 3343-7390 e 3343-0907.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
danielebolonha@saude.es.gov.br
Texto: Rovena Storch
rovenadamasceno@saude.es.gov.br
Tels.: (27) 3137-2378 / 2307 / 9969-8271 / 9943-2776 / 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Os trotes são responsáveis por 54% dos chamados feitos ao 192. Foram 186.816, cerca de 106.000 a mais do que no mesmo período de 2006. Em seguida aparecem os pedidos de informação, com 91.650 (27%) das ligações, aproximadamente 24.000 chamadas a mais.
Apenas 19% (65.768) das ligações feitas nos primeiros dez meses do ano estão dentro do perfil de atendimento do serviço. São pedidos de atendimento de saúde, no qual a pessoa é avaliada pelos médicos, que dependendo do caso, optam por enviar uma unidade de serviço móvel ou por fazer uma regulação médica via telefone.
Para a coordenadora do Samu, Engre Beilke, a grande quantidade de trotes é preocupante. “Precisamos diminuir isso para podermos atender melhor quem realmente precisa”, disse. Engre contou que as demandas equivocadas também chamam a atenção. “Já fomos chamados para casos de cólica menstrual”, contou.
A população, ressalta a coordenadora, é o foco e deve ser a grande parceira do Samu. “O problema é que muitas vezes as linhas estão ocupadas por causa de trotes e isso é muito sério. Se um caso for grave, qualquer minuto pode ser determinante para o salvamento de uma vida”, alerta a profissional.
Engre acredita que à medida que o Samu, lançado em 2006, se tornar mais conhecido, o problema dos trotes e de ligações equivocadas vai diminuir. “Agora que o serviço está mais conhecido, as pessoas têm menos dúvidas. Mas as brincadeiras continuam”, explicou.
De janeiro a outubro de 2006, o Samu registrou 200.345 ligações, sendo 40% de trotes e 34% de pedidos de informações. Entretanto, o percentual de pedidos de atendimento de saúde foi de 26%, maior do que em 2007.
Identificação de trotes
A identificação dos trotes é feita pelos próprios atendentes do Samu 192. Risadas, brincadeiras e palavras de baixo calão ajudam a detectar esse tipo de ligação. “Algumas vezes, os trotes são tão bem feitos que chegamos a enviar a ambulância, que poderia ter ido para um atendimento de verdade”, contou Engre.
Em 41% dos casos, o Samu envia uma ambulância ao local. No restante das ligações é feito o atendimento de telemedicina, no qual o médico regulador orienta a maneira como a pessoa que ligou deve proceder para ajudar o paciente. “Muitas pessoas podem ir a unidades de saúde ou pronto-atendimentos e não precisam de ambulâncias”, falou Engre Beilke.
Para melhorar o trabalho realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, é preciso que o solicitante saiba informar com clareza os sintomas do paciente e mantenha a calma para que o médico consiga identificar o problema.
Segundo a coordenadora, nessas horas o papel do solicitante é fundamental. “Se a pessoa estiver desesperada, ela não percebe direito como o doente está”, esclareceu. A descrição feita pela pessoa que ligou vai definir se é necessário e qual o tipo de ambulância deve ser enviada ao local.
O Samu 192 possui 18 ambulâncias para atender a região metropolitana, que envolve Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana e Fundão. Dessas, 14 são Unidades de Suporte Básico e quatro são Unidades de Suporte Avançado, destinadas aos casos mais graves.
Campanha
Para o próximo ano, o Samu 192 fará uma campanha educativa nas escolas de ensino fundamental em parceria com o Ciodes. A campanha “Trote Não é Legal” está em fase de elaboração. Passar trotes para o Samu é uma prática ilegal com pena de um a seis meses de detenção ou multa.
Saiba quando chamar o Samu
- Na ocorrência de problemas cardio-respiratórios;
- Em casos de Intoxicação exógena;
- Em casos de queimaduras graves;
- Na ocorrência de quadros infecciosos;
- Na ocorrência de maus tratos;
- Em trabalhos de parto com risco de saúde para a mãe ou o bebê;
- Em casos de tentativas de suicídio;
- Em crises hipertensivas;
- Quando houver acidentes/traumas com vítimas;
- Em casos de choque elétrico;
- Em acidentes com produtos perigosos;
- Na transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte;
- Transporte inter-hospitalar para pacientes graves;
- Transporte para exames de urgência.
Transportes oferecidos para pacientes que não são casos do Samu
Transporte ‘Mão na Roda’, telefone: 0800-39-4111. Atende deficientes físicos desde a Ponta da Fruta (Vila Velha) até Nova Almeida (Serra). É preciso agendar com dois dias de antecedência. Para pacientes moradores de rua existe o serviço ‘Abordagem de Rua de Vitória’. Tel.: (27) 3382-6161.
Ambulâncias de Prefeituras
- Vitória (24h). Tel.: (9090) 3132-5050, pode ser ligação a cobrar;
- Vila Velha (24h) Tel.: 3388-4150, 3139-9034, 3139-9042, 3244-4424, 3244-5475 e 3136-3493;
- Serra (24h). Tel.: 0800-2828132;
- Viana (24h). Tel.: 3255-2976;
- Fundão (24h). Tel.: 3267-1123;
- Cariacica (8 às 17 horas). Tel: 3343-7390 e 3343-0907.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Sesa
Daniele Bolonha
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Texto: Rovena Storch
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