26/03/2013 07h37 - Atualizado em
23/09/2015 13h36
Um ano e meio após zerar fila, ES ofertou 168 córneas para outros Estados
Quando não há receptores compatíveis ou não há demanda, um órgão ou tecido captado em determinado Estado pode ser ofertado para fora dele, seguindo o ranque nacional de transplantes. Foi isso que aconteceu no Espírito Santo. Depois de zerar a fila de pacientes que aguardam por córnea, em setembro de 2011, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) repetiu esse processo 168 vezes até fevereiro deste ano.
A fila capixaba de espera por uma córnea já ultrapassou 300 pessoas. Mas, há um ano e meio chegou a zero pela primeira vez. Com isso, o Estado integrou um seleto grupo com apenas três representantes no Brasil à época. “Além de atender a nossa média mensal, em torno de 15 a 20 pacientes, disponibilizamos o tecido para outros Estados quando não temos receptores”, diz a coordenadora da Central de Captação de Órgãos da Sesa (CNCDO), Rosemery Erlacher.
Melhorias
O feito, aponta a coordenadora, só foi possível graças a uma série de melhorias implantadas pela CNCDO. “Antigamente só tínhamos um banco de olhos, no Hospital das Clínicas. Mas, com a criação de mais um banco, no Hospital Evangélico de Vila Velha (filantrópico), que recebeu R$ 300 mil do Estado para a implantação, começamos a abranger todo o interior, aumentando a oferta” destaca.
Rosemery destaca também o aumento hospitais que aderiram à Política Estadual de Incentivo aos Transplantes de Órgãos. Essa iniciativa prevê repasse financeiro mensal para os hospitais com a finalidade de estruturar, capacitar e promover ações em prol da doação de órgãos. “A partir deste ano, todos os hospitais filantrópicos que mantém convênio com o Estado receberão o recurso”, lembra.
Para a coordenadora, a reorganização na estrutura de funcionários foi um ponto primordial. “A CNCDO se estruturou na questão dos funcionários para treinar, fazer visitas, promover campanha, reuniões mensais e notificar hospitais sem comissão intra-hospitalar de doação de órgãos. Todos os hospitais, públicos ou particulares, com mais de 80 leitos devem ter essa comissão”, afirma.
Captação
A captação de córnea, considerada um tecido, apresenta algumas peculiaridades se comparada à captação de órgãos. “Enquanto órgãos, como coração, fígado, pâncreas, rim só podem ser removidos de doador em morte encefálica, a córnea pode ser captada de doadores em morte encefálica ou até seis horas após o óbito causado por parada cardiorrespiratória”, explica a Rosemey Erlacher.
Além disso, o processo de captação pode ser feito por um técnico especializado, e não por um médico, como no caso dos órgãos. “Entretanto, segue todos os protocolos para garantir a segurança do receptor e só pode ser realizado mediante autorização de familiares do doador”, frisa a coordenadora. Quando o tecido é retirado, pode ficar até 14 dias armazenado no banco de olhos pronto para ser transplantado.
Hospitais credenciados para realizar transplante de córnea
- Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM)
- Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV)
- Centro de Cirurgia Ocular do Espírito Santo
- Hospital Mata da Praia
- Instituto Oftalmológico Santa Luzia
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br
A fila capixaba de espera por uma córnea já ultrapassou 300 pessoas. Mas, há um ano e meio chegou a zero pela primeira vez. Com isso, o Estado integrou um seleto grupo com apenas três representantes no Brasil à época. “Além de atender a nossa média mensal, em torno de 15 a 20 pacientes, disponibilizamos o tecido para outros Estados quando não temos receptores”, diz a coordenadora da Central de Captação de Órgãos da Sesa (CNCDO), Rosemery Erlacher.
Melhorias
O feito, aponta a coordenadora, só foi possível graças a uma série de melhorias implantadas pela CNCDO. “Antigamente só tínhamos um banco de olhos, no Hospital das Clínicas. Mas, com a criação de mais um banco, no Hospital Evangélico de Vila Velha (filantrópico), que recebeu R$ 300 mil do Estado para a implantação, começamos a abranger todo o interior, aumentando a oferta” destaca.
Rosemery destaca também o aumento hospitais que aderiram à Política Estadual de Incentivo aos Transplantes de Órgãos. Essa iniciativa prevê repasse financeiro mensal para os hospitais com a finalidade de estruturar, capacitar e promover ações em prol da doação de órgãos. “A partir deste ano, todos os hospitais filantrópicos que mantém convênio com o Estado receberão o recurso”, lembra.
Para a coordenadora, a reorganização na estrutura de funcionários foi um ponto primordial. “A CNCDO se estruturou na questão dos funcionários para treinar, fazer visitas, promover campanha, reuniões mensais e notificar hospitais sem comissão intra-hospitalar de doação de órgãos. Todos os hospitais, públicos ou particulares, com mais de 80 leitos devem ter essa comissão”, afirma.
Captação
A captação de córnea, considerada um tecido, apresenta algumas peculiaridades se comparada à captação de órgãos. “Enquanto órgãos, como coração, fígado, pâncreas, rim só podem ser removidos de doador em morte encefálica, a córnea pode ser captada de doadores em morte encefálica ou até seis horas após o óbito causado por parada cardiorrespiratória”, explica a Rosemey Erlacher.
Além disso, o processo de captação pode ser feito por um técnico especializado, e não por um médico, como no caso dos órgãos. “Entretanto, segue todos os protocolos para garantir a segurança do receptor e só pode ser realizado mediante autorização de familiares do doador”, frisa a coordenadora. Quando o tecido é retirado, pode ficar até 14 dias armazenado no banco de olhos pronto para ser transplantado.
Hospitais credenciados para realizar transplante de córnea
- Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM)
- Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV)
- Centro de Cirurgia Ocular do Espírito Santo
- Hospital Mata da Praia
- Instituto Oftalmológico Santa Luzia
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Texto: Marcos Bonn
marcosbonn@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776
asscom@saude.es.gov.br