25/10/2013 09h34 - Atualizado em
23/09/2015 13h39
Unidade de AVC do Hospital Estadual Central será apresentada em congresso brasileiro
Os bons resultados que vem sendo obtidos pela Unidade de AVC (UAVC) do Hospital Estadual Central serão apresentados em novembro no IX Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares, que será realizado em Fortaleza (CE).
A unidade, inaugurada há um ano e quatro meses, é a primeira e única instalação dessa natureza na rede pública de saúde do Estado do Espírito Santo – uma das primeiras do Brasil – e já beneficiou 900 pacientes com os tratamentos que oferece.
Três neurologistas do hospital farão apresentações orais no congresso. Entre elas, merece destaque a que vai mostrar os resultados conquistados com a trombólise, um procedimento moderno, menos invasivo e que aumenta as chances de o paciente ter uma vida sem sequelas após a recuperação.
O coordenador da Unidade de AVC do Hospital Estadual Central, o neurologista José Antonio Fiorot Júnior, diz que dos cerca de 900 pacientes atendidos na unidade, 80 (9%) puderam receber o tratamento com trombólise. Segundo ele, um número muito bom, considerando que em países como Estados Unidos e Alemanha a média é de 4% e 15% respectivamente.
A trombólise é indicada para pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), ou seja, quando alguma artéria está obstruída por um trombo (coágulo). Porém, nem todo paciente que chega ao hospital com AVC pode receber esse tratamento. Segundo o neurologista, há uma série de restrições, e a principal delas é o tempo: a trombólise deve ser realizada no máximo quatro horas e meia após o início dos sintomas.
Fiorot explica que a trombólise consiste na dissolução do trombo através da administração venosa de um medicamento chamado rt-PA (Alteplase), que ao circular pelos vasos sanguíneos consegue, em 30 a 50% dos casos, dissolver o coágulo, permitindo a recuperação da função neurológica. Em alguns casos selecionados – diz o médico –, também é realizada a trombólise mecânica, por meio de um cateterismo dos vasos cerebrais.
Estrutura
Uma unidade de AVC precisa ter um espaço físico adequado, aparelhos e exames específicos, uma equipe multidisciplinar – com neurologista, enfermagem especializada, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social, psicólogo, nutricionista, além da colaboração de equipes de neurocirurgia, cardiologia, cirurgia vascular, entre outras – treinada para lidar com doenças cerebrovasculares. E todo esse aparato tem que ser orientado por um protocolo de atendimento ao paciente com AVCI bem estruturado.
“Uma equipe preparada e acostumada a tratar AVC minimiza o risco de complicações do paciente e consegue esclarecer o motivo do AVC, o que reduz o risco de reincidência”, explica o coordenador da UAVC do Hospital Estadual Central, José Antonio Fiorot Júnior.
Ele explica que antes da implantação da unidade no Hospital Estadual Central, os pacientes com AVC eram encaminhados para os hospitais estaduais de referência em traumatismo crânioencefálico, mas que não contavam com o protocolo para o atendimento do AVC agudo e a realização do tratamento trombolítico.
“Vale informar que a Unidade de AVC do Hospital Estadual Central recebe apenas casos de AVC agudo e que todos os pacientes dão entrada no hospital por meio do SAMU, conforme recomenda o protocolo do Ministério da Saúde. Em caso de suspeita de AVC, o cidadão deve ligar para 192”, enfatiza Fiorot.
A neurologista Rubia Rasseli Sfalsini, também coordenadora da UAVC, ressalta que o serviço prestado pela unidade está crescendo e demonstrando bons resultados, com impacto em toda a rede de saúde.
“Está melhorando a qualidade de vida da população com tratamentos que reduzem, por exemplo, a taxa de reinternação e o número de pacientes com incapacidade após o AVC, o que evita que eles sejam encaminhados para os centros estaduais de reabilitação física”, complementa a neurologista.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Hospital Estadual Central
Juliana Rodrigues
Tel.: (27) 9227-1031
comunicacao@hec.org.br
A unidade, inaugurada há um ano e quatro meses, é a primeira e única instalação dessa natureza na rede pública de saúde do Estado do Espírito Santo – uma das primeiras do Brasil – e já beneficiou 900 pacientes com os tratamentos que oferece.
Três neurologistas do hospital farão apresentações orais no congresso. Entre elas, merece destaque a que vai mostrar os resultados conquistados com a trombólise, um procedimento moderno, menos invasivo e que aumenta as chances de o paciente ter uma vida sem sequelas após a recuperação.
O coordenador da Unidade de AVC do Hospital Estadual Central, o neurologista José Antonio Fiorot Júnior, diz que dos cerca de 900 pacientes atendidos na unidade, 80 (9%) puderam receber o tratamento com trombólise. Segundo ele, um número muito bom, considerando que em países como Estados Unidos e Alemanha a média é de 4% e 15% respectivamente.
A trombólise é indicada para pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), ou seja, quando alguma artéria está obstruída por um trombo (coágulo). Porém, nem todo paciente que chega ao hospital com AVC pode receber esse tratamento. Segundo o neurologista, há uma série de restrições, e a principal delas é o tempo: a trombólise deve ser realizada no máximo quatro horas e meia após o início dos sintomas.
Fiorot explica que a trombólise consiste na dissolução do trombo através da administração venosa de um medicamento chamado rt-PA (Alteplase), que ao circular pelos vasos sanguíneos consegue, em 30 a 50% dos casos, dissolver o coágulo, permitindo a recuperação da função neurológica. Em alguns casos selecionados – diz o médico –, também é realizada a trombólise mecânica, por meio de um cateterismo dos vasos cerebrais.
Estrutura
Uma unidade de AVC precisa ter um espaço físico adequado, aparelhos e exames específicos, uma equipe multidisciplinar – com neurologista, enfermagem especializada, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social, psicólogo, nutricionista, além da colaboração de equipes de neurocirurgia, cardiologia, cirurgia vascular, entre outras – treinada para lidar com doenças cerebrovasculares. E todo esse aparato tem que ser orientado por um protocolo de atendimento ao paciente com AVCI bem estruturado.
“Uma equipe preparada e acostumada a tratar AVC minimiza o risco de complicações do paciente e consegue esclarecer o motivo do AVC, o que reduz o risco de reincidência”, explica o coordenador da UAVC do Hospital Estadual Central, José Antonio Fiorot Júnior.
Ele explica que antes da implantação da unidade no Hospital Estadual Central, os pacientes com AVC eram encaminhados para os hospitais estaduais de referência em traumatismo crânioencefálico, mas que não contavam com o protocolo para o atendimento do AVC agudo e a realização do tratamento trombolítico.
“Vale informar que a Unidade de AVC do Hospital Estadual Central recebe apenas casos de AVC agudo e que todos os pacientes dão entrada no hospital por meio do SAMU, conforme recomenda o protocolo do Ministério da Saúde. Em caso de suspeita de AVC, o cidadão deve ligar para 192”, enfatiza Fiorot.
A neurologista Rubia Rasseli Sfalsini, também coordenadora da UAVC, ressalta que o serviço prestado pela unidade está crescendo e demonstrando bons resultados, com impacto em toda a rede de saúde.
“Está melhorando a qualidade de vida da população com tratamentos que reduzem, por exemplo, a taxa de reinternação e o número de pacientes com incapacidade após o AVC, o que evita que eles sejam encaminhados para os centros estaduais de reabilitação física”, complementa a neurologista.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Hospital Estadual Central
Juliana Rodrigues
Tel.: (27) 9227-1031
comunicacao@hec.org.br